Mamona: diferenças entre revisões

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'''Mamona''' ou '''rícino''' é o [[fruto]] da mamoneira (''Ricinus communis'' L.), uma [[euforbiácea]].
 
Recebe outras designações, conforme a região: no [[Nordeste brasileiro]], ''carrapateira''; em algumas regiões da [[África]], é ''abelmeluco''; na [[língua inglesa]], como ''castor bean ''(ou simplesmente castor porque esta planta não é ''bean''); na língua espanhola como ''ricino'', ''higuerilla'', ''higuereta'' e ''tártago''.
 
O seu principal produto derivado é o óleo de mamona, também chamado [[óleo de rícino]]. Embora seja usado na medicina popular como [[purgativo]], este óleo possui largo emprego na indústria química devido a uma característica peculiar: possui uma hidroxila (OH) ligada na cadeia de carbono. Não existe outro óleo vegetal produzido comercialmente com esta propriedade, embora plantas do gênero ''Lesquerella'' também produzam óleo hidroxilado. Isto lhe confere uma alta [[viscosidade]] e solubilidade em álcool a baixa [[temperatura]]. Pode também ser utilizado como matéria prima para o [[biodiesel]], mas a quase totalidade do óleo de produzido no mundo tem sido utilizado pela indústria química para produtos de maior valor agregado.
 
A semente é [[toxicidade|tóxica]] devido principalmente a uma [[proteína]] chamada [[ricina]], que quando purificada é mortal mesmo em pequenas doses<ref>Soto-Blanco B, Sinhorini IL, Gorniak SL, Schumaher-Henrique B. 2002. Ricinus communis cake poisoning in a dog. Vet Hum Toxicol. Jun 44(3):155-6.</ref>. O óleo é de difícil [[digestão]] (provoca diarréia), mas o maior risco na ingestão da semente é a [[toxina]] ricina. Mais de três sementes podem matar uma criança; mais de oito, um adulto. Possui ainda uma potente proteína alergênica chamada CB-1A ou Albuminas 2S presente nas sementes e no pólen.
 
Os principais países produtores de mamona são a Índia (7374%), a China (1813%) e, o Brasil (86,1%) e Moçambique (20072,5%) (2011, FAO), sendo os principais consumidores: China, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão. No Brasil, a produção está concentrada no Estado da Bahia (67%), seguida do Ceará (15%), Minas Gerais (11%) e Pernambuco (3%).
 
O nome mamona provavelmente foi adotado devido à semelhança de suas folhas com aquelas do [[mamão]] (Carica papaya), embora estas duas plantas sejam muito diferentes e pertençam a diferentes famílias.