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Desenvolvido no [[Brasil]] em meados da década de 30, o chuveiro elétrico procurou substituir nesse país a fonte principal de calor – uma vez que redes de [[gás]] eram praticamente inexistentes nas grandes cidades – ao contrário da energia elétrica. Com a rápida urbanização assistida no Brasil desde então, esta solução foi sendo a principal adotada, embora convivesse com outras formas de aquecimento da água.
 
De concepção bastante simples, o chuveiro elétrico era constituído de um elemento de aquecimento (resistor), chamado de "resistência" no Brasil (não confundir com [[resistor]]),; feito de um fio espiralado composto de metais com alto ponto de fusão, como o [[níquel]], o [[cromo]] ou uma liga dos dois metais, que ao aquecer, esquenta imediatamente a água, além do espalhador com inúmeros orifícios, sempre parecido com os tradicionais chuveiros. Durante o período da Segunda Guerra Mundial, com a escassez de níquel, utilizou-se também um sistema alternativo, composto por uma série de pequenas placas de aço inoxidável alternadas entre os pólos da rede elétrica que atuavam como eletrodos de aquecimento no interior do chuveiro, onde a própria água que o abastecia gerava resistência elétrica, aquecendo-se. Porém este sistema era instável, conforme o teor de minerais e cloro na água, podia levar ao curto-circuito bem como a grande quantidade de potência reativa gerada nos eletrodos prejudicava os medidores de energia e os transformadores.
 
Os primeiros chuveiros elétricos eram perigosos, pois havia negligência por parte de fabricantes e instaladores quanto à [[isolamento elétrico|isolação]] eficaz de condutores elétricos, elementos energizados e a carcaça metálica do aparelho, ocasionando choques elétricos. O fenômeno eletrolítico gerado na água pela resistência elétrica e a carcaça de chuveiros metálicos também produzia pequenos [[choque elétrico|choques]] e [[formigamento]]s ao tocar no registro de água. Estes chuveiros elétricos necessitavam de uma chave corta-circuito para ligar/desligar a energia elétrica, tornando o uso do chuveiro perigoso. No início dos anos 40 uma empresa situada em um bairro tradicional da grande [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] chamada FAME (Fábrica de Aparelhos e Materiais Elétricos), iniciou suas atividades fazendo ferros de solda, torneiras elétricas e chuveiros elétricos, entre eles, alguns modelos onde a câmara de aquecimento era de vidro, o que reduzia o risco de choques elétricos durante o banho.