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[[File:Rugendas indiobotocudo.gif|thumb|Índio botocudo retratado por [[Johann Moritz Rugendas]] (1802-1858)]]
'''Aimorés''' ou '''Aymorés''' era o nome por meio do qual os portugueses, no início da colonização, denominavam os nativos que habitavam a região da [[Bahia]], [[Minas Gerais]] e [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], principalmente no vale do [[rio Jequitinhonha]] e vale do [[Rio Doce]].
Os '''aimorés''', '''aimbirés''', '''aimborés''' ou '''[[botocudos]]''' eram uma [[Povos indígenas do Brasil|etnia indígena brasileira]] que habitava o sul da [[Bahia]] e o norte do [[Espírito Santo]] nos séculos 16 e 17.<ref>BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.</ref><ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 70.</ref> Falavam uma língua pertencente ao [[tronco linguístico]] [[macro-jê]]. Com seus constantes ataques aos colonos portugueses e seus [[Escravidão indígena no Brasil|escravos índios]], foram os responsáveis pelos fracassos das [[Capitanias hereditárias|capitanias]] de [[Capitania de Ilhéus|Ilhéus]], [[Capitania de Porto Seguro|Porto Seguro]] e [[Capitania do Espírito Santo|Espírito Santo]].<ref>BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.</ref> Eram em número de 30 000. Só foram vencidos no início do século 20.<ref>BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.</ref>
 
== Antropofagia ==
Os grupos de índios [[tupi-guarani]]s costumavam chamá-los "[[tapuias]]". Posteriormente, principalmente no [[século XIX]], a maioria desses grupos passou a ser denominados [[botocudos]].{{carece de fontes}} Sua língua pertencia ao grupo [[Macro-jê]].
Ao contrário dos [[tupis]] que habitavam a maior parte do litoral brasileiro na época, os aimorés praticavam a [[antropofagia]] por motivos alimentares e não por motivo de vingança; ou seja, os aimorés não precediam o sacrifício da vítima com elaborados rituais celebrando a vingança, como faziam os tupis.<ref>GÂNDAVO, P. M. ''A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2004. p. 166.</ref>
 
== Etimologia ==
"Chamam-se Aymorés, a língua deles é diferente dos outros indios, ninguém os entende, são eles tão altos e tão largos de corpo que quase parecem gigantes; são mui alvos, não têm parecer dos outros indios na terra".{GÂNDAVO, Pero de Magalhães Tratado da terra do Brasil- História da Província de Santa Cruz. Belo Horizonte : Ed. Itatiaia; São Paulo : Ed. Da Universidade de São Paulo, 1980. p. 04.}
"Aimoré" é um termo [[Língua tupi|tupi]] que designa uma espécie de macaco.<ref>GÂNDAVO, P. M. ''A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor. 2004. p. 164.</ref>
 
A nação Aimoré foi uma das únicas etnias não-tupi que habitavam a costa antes da chegada dos europeus.
 
Hoje (2010), os últimos remanescentes dos aimorés são os 350 vivendo em Minas Gerais.
 
"{{quote2|Chamam-se Aymorés, a língua deles é diferente dos outros indios, ninguém os entende, são eles tão altos e tão largos de corpo que quase parecem gigantes; são mui alvos, não têm parecer dos outros indios na terra".{}}<ref>GÂNDAVO, Pero de Magalhães Tratado da terra do Brasil- História da Província de Santa Cruz. Belo Horizonte : Ed. Itatiaia; São Paulo : Ed. Da Universidade de São Paulo, 1980. p. 044.}</ref>
{{Referências}}
=={{Ver também}}==
*[[Batalha do Cricaré|Massacre dos Aimorés]]