Agente provocador: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
TheVulcan (discussão | contribs)
→‎No Brasil: lig interna
Linha 1:
{{ver desambig|redir=[[Provocador]]|o franco-atirador finlandês|Simo Häyhä}}
{{Política}}
 
{{Política}}
Um '''agente provocador''' (em [[língua francesa|francês]], '''''agent provocateur''''', ''agents provocateurs'' no [[plural]]), é uma pessoa secretamente empregada por um determinado grupo para incentivar membros do grupo-alvo a cometer ou ser associado a atos ilícitos. O termo também pode se referir a pessoas que infiltram grupos com o objetivo de diminuir sua credibilidade incentivando membros a cometerem atos radicais, ou cometendo atos radicais em nome do grupo, a fim de justificar o uso de força armada.
 
Linha 6 ⟶ 7:
 
== Tipos ==
{{sem-fontes}}
Uma utilização comum dos agentes provocadores é na investigação de [[crime consentido|crimes consentidos]] ou "[[crime contra a ordem pública|crimes sem vítimas]]"; visto que os participantes destes crimes tem o desejo de praticá-lo, é bastante difícil para as autoridades descobrirem tais crimes sem o uso de agentes infiltrados.
 
Agentes provocadores também são usados contra [[prisioneiro político|prisioneiros políticos]]. Aqui,{{onde?}} tem sido bem documentado que os "provocadores" executam ou incitam a(c)tosactos contraproducentes ou inadequados, com o objetivo de alimentar o desprezo do público pelo grupo e prover um pretexto para agressão e para agravar as punições a que os seus membros estão sujeitos. [[Terrorismo|Terroristas]] a(c)tuamactuam algumas vezes como agentes provocadores quando buscam provocar auma ação [[repressão política|repressãorepressiva]] do governo cuja representatividade desejam questionar e assim incrementar o apoio a sua própria causa (como oponentes do governo em pauta). Neste sentido, a provocação pode ser combinada com o [[apoio ao terrorismo]].
 
Historicamente, a a(c)tividadeactividade do agente provocador têm sido uma [[táctica]] operacional dos [[agente infiltrado|agentes infiltrados]] que podem ser pagos para se imiscuir, monitorar, destruir e/ou subverter entidades [[sindicato|sindicais]].
 
== No Brasil ==
No [[Brasil]], os dois casos mais célebres da açãoacção de agentes provocadores foram:
 
Do major Jorge Elias Ajus, que se infiltrou na [[Insurreição anarquista de 1918]], durante a [[Brasil na Primeira Guerra Mundial|I Guerra Mundial]], cuja meta era derrubar o governo e realizar uma [[revolução]] social. Afirmando apoiar a causa como representante de uma parcela dos setores baixos do [[Exército Brasileiro|exército]] e incitando os demais a ação, Ajus na verdade trabalhava como [[espião]] para o governo federal delatando todos seus movimentos e levando a prisão seus principais articuladores, entre eles o [[filólogo]] libertário [[José Oiticica]] e
Linha 28 ⟶ 30:
[[Imagem:Azef ef.jpg|thumb|direita|250px|Yevno Azef, agente provocador do [[czarismo]].]]
 
As actividades de agentes provocadores contra os revolucionários no [[Império Russo]] constituem exemplos notórios. As a(c)tividadesactividades dos agentes provocadores contra dissidentes na [[Rússia Imperial]] foi um dos agravantes que levaram a [[Revolução Russa de 1917]]. [[Yevno Azef]] é um exemplo de agente provocador. Evidências indicam que [[Josef Stálin]] seria um agente provocador a serviço da [[Okhrana]] ([[polícia secreta]] [[tsar]]ista).<ref>[http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/stalin_uma_lenda_fabricada_sob_medida.html História Viva] - Stalin: Uma lenda fabricada sob medida. Página visitada em 20 deOutubro de 2012.</ref>
 
=== Alemanha ===
Linha 39 ⟶ 41:
 
== Nos Estados Unidos ==
Nos [[Estados Unidos]], o programa [[COINTELPRO]] do [[Federal Bureau of Investigation]] possui agentes que se fazem passar por políticos radicais a fim de destruir as a(c)tividadesactividades de grupos políticos radicais [[estadunidense]]s, tais como os [[Panteras Negras]], a [[Ku Klux Klan]] e o ''[[Student Nonviolent Coordinating Committee]]''.
 
Agentes policiais de [[Nova Iorque]] foram acusados em [[2004]] de agir como agentes provocadores durante protestos contra a Convenção Nacional do [[Partido Republicano dos Estados Unidos da América|Partido Republicano]], realizado naquela cidade.<ref name="NYC Protest">{{cite news
Linha 53 ⟶ 55:
}}</ref>
 
As a(c)tividadesactividades dos agentes provocadores levantam várias questões [[ética]]s e [[lei|legais]]. No âmbito da [[jurisdição]] da ''[[common law]]'', a lei de ''[[entrapment]]'' busca discernir se o alvo da "provocação" pretendia cometer o crime do qual participou com o agente provocador, ou se a sugestão para cometer o crime partiu do provocador. É também motivo de discussão se a fraude institucionalizada que o uso de agentes provocadores implica, não é, ''[[de facto]]'', mais daninha para a ordem social do que os vários delitos consentidos tipicamente investigados pelos provocadores.
 
== Ver também ==