Tomás de Almeida: diferenças entre revisões

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Dom '''Tomás de Almeida''' ([[Lisboa]], [[11 de Setembro]] ou [[5 de Outubro]] de [[1670]] — [[Lisboa]], [[27 de Fevereiro]] de [[1754]]) foi o primeiro [[patriarca de Lisboa]] com o nome de '''D. Tomás I''' (aquando da elevação da sé arquiepiscopal a essa dignidade, em [[1716]], pelo [[Papa Clemente XI]]). Antes fora [[bispo de Lamego]] ([[1706]]) e mais tarde do [[bispo do Porto|Porto]] ([[1709]]). [[Papa Clemente XII|Clemente XII]] elevou-o ao [[cardeal|cardinalato]] em [[20 de Dezembro]] de [[1737]].
 
==Biografia==
Filho de D. [[António de Almeida Portugal]], 2º [[Conde de Avintes]] e Governador do Algarve, e de sua mulher D. Maria Antónia de Bourbon, foi irmão do 3º conde de Avintes. Estudou no [[Colégio de Santo Antão]] de Lisboa com os jesuítas os preparatórios de latim, filosofia e retórica. Com 18 anos, tomou em [[20 de dezembro]] de [[1688]] beca como porcionista no Real Colégio de São Paulo onde se doutourou em pouco tempo.
 
Em [[1695]] deputado da Inquisição de Lisboa, em [[27 de agosto]] de [[1695]] foi despachado desembargador na Relação do Porto. Em [[22 de abril]] de [[1698]] passou para a Casa da Suplicação com o exercício de serventia na casa dos agravos. Em [[1 de junho]] de [[1702]] tomou posse como procurador e deputado da Fazenda do Conselho da Rainha, mais o priorado da igreja de São Lourenço de Lisboa. Em [[13 de abril]] de [[1703]], nomeado deputado da [[Mesa da Consciência e Ordens]], já condecorado com a insignia da Ordem de Cristo e armado cavaleiro professo.
 
Em [[28 de maio]] de [[1704]], como o Rei partiu para a Beira, deixando seu irmão como regente, foi escolhido substituto de [[Diogo de Mendonça Corte Real]], que o acompanhava, na Secretaria das Mercês, Expediente e Assinatura.
 
==Episcopado==
Feito por [[Pedro II de Portugal]] [[sumilher da cortina]], juiz do fisco real, chanceler-mor do Reino, tomando posse em [[24 de novembro]] de [[1704]]. Bula de [[Clemente XI]] (confirmada pelo Rei em [[6 de dezembro]] de [[1706]]) o faz [[Bispo]] de [[Lamego]], sagrado em [[Lisboa]] na igreja do convento da Graça em [[3 de abril]] de [[1707]], celebrante o capelão-mor e Bispo titular de Torga Dom Frei Nuno da Cunha e Ataíde. Entrou na diocese em [[2 de maio]]. Como entre o cabido e o [[Bispo]] de [[Viseu]] havia discordias, conseguiu pacificar os ânimos e foi feito pelo Rei, já doente e a quem assistiu nos ultimas horas, tabelião-mor do Reino.
 
A [[1 de julho]] de [[1707]], no dia da aclamação, o rei [[D. João V]] o nomeia Escrivão da Puridade, dos cargos de maior importância.
 
Em [[3 de maio]] de [[1708]], foi para [[Coimbra]] em comissão no Real Colégio de São Paulo. Morto Dom frei José de Santa Maria Saldanha, foi nomeado bispo do Porto por decreto de [[30 de abril]] e carta régia de [[26 de maio]] de [[1709]] e na mesma data Governador da Relação e Armas da mesma cidade.
 
Entrou em sua [[diocese]] com grande cerimonial em [[3 de novembro]]. Em [[7 de novembro]] de [[1716]] expedida a Bula Aurea ''in supremo apostolatus solio'': Clemente, atendendo a seus serviços e de acordo com o [[Colégio dos Cardeais]] em [[consistório]] concedeu a especialíssima graça de ser a Real capela colegiada de São Tomé nos paços da Ribeira elevada à categoria de catedral metropolitana com título de '''Santa Igreja Patriarcal'''.
 
Nomeado capelão-mor patriarca em carta-Régia de [[4 de dezembro]] de [[1713]] confirmada em [[7 de dezembro]] pela [[Santa Sé]]. É, então, o primeiro Patriarca da Igreja da Sé de Lisboa, ou Lisboa Ocidental.
 
Em [[13 de fevereiro]] de [[1717]] Dom Tomás entrou em [[Lisboa]] em majestosa solenidade assistida pelo [[clero]] secular e regular, o Estado civil, cortejo da corte, tropa formada em alas. O Padre Francisco de Santa Maria descreve no ''Ano Historico'': «entrada iniciada na [[igreja de São Sebastião da Pedreira]], esperava-o a cavalo a nobreza da corte. Tomou o coche e veio marchando com acompanhamento luzidio até a igreja de Santa Marta; apeou, tomou a Capa Consistorial, continuou a cavalo a marcha até as portas de Santo Antão, onde se levantava altar. Deixou a Capa, revestiu-se pontificalmente com a capa e mitra branca, montou mula ruça coberta com gualdrapa de tela branca, rédea dada ao irmão Dom Luís, [[Conde de Avintes]]. Ao sair das portas, receberam-no sob um pálio de preciosa tela os vereadores dos senados de ambas as câmaras de Lisboa e entre duas alas que formavam as comunidades regulares, [[confraria]]s e [[irmandade]]s da cidade, chegou à [[Santa Basilica Patriarcal]], e se deu fim ao ato com o hino ''Te Deum laudamus'', cantado com solenidade.»
 
Visitou seu patriarcado, crismando gente, o que terminou em [[1722]] e só no lado ocidental houve mais de 13.140 crismados. Em [[17 de novembro]] de [[1717]] teve a honra de lançar a bênção à primeira pedra, medalha e alicerces da Real basílica de [[Mafra (Portugal)|Mafra]] e o sagrar em [[22 de outubro]] de [[1730]].
 
Batizou os infantes D Pedro e D. Alexandre, e os quatro filhos do [[Príncipe do Brasil]].
 
Em [[11 de janeiro]] de [[1728]] celebrou na Santa Igreja Patriarcal o casamento da Infanta Dona Maria Bárbara com o [[Príncipe de Astúrias]]; em [[20 de janeiro]] de [[1729]], em Elvas, o do Príncipe do Brasil com a princesa Dona Mariana Vitória.
 
==Cardinalato==
Em [[20 de dezembro]] de [[1737]] ascendeu ao [[Cardeal|cardinalato]]. Recebeu o [[chapéu vermelho]] no Oratorio do Palácio onde habitava perto da igreja de São Roque. Veio a Lisboa para o assistir, em [[3 de março]] de [[1738]], enviado da [[Santa Sé]] o [[cônego]] de São Pedro no Vaticano e camareiro-mor do Papa, Julio Sacchetti. Em [[13 de novembro]] de [[1746]] sagrou a Santa Igreja Patriarcal que o Rei mandou edificar depois de ser extinta a diocese oriental por [[Benedito XIV]], depois destruida pelo terremoto.
 
Em [[7 de setembro]] de [[1750]] assistiu à sagração de Dom [[José I de Portugal]]. Em [[27 de outubro]] de [[1753]] ofereceu à Irmandade de Santa Isabel (para ajudar nas obras de reconstrução da Igreja) grande parte de sua rica baixela de prata lavrada dourada, e por sua morte lhe legou o resto no valor ainda superior a 4 contos.
 
Gastou avultadas quantias com a fundação do convento das freiras trinas no Rato, a igreja dos clérigos regulares da Missão em [[Rilhafolhes]], e mais corpos religiosos. Manteve polêmica com [[Alexandre de Gusmão]] e com [[Diogo de Mendonça Corte Real]].
 
O sobrinho, Dom '''Tomás de Almeida''' como ele, seria o principal decano da Santa Igreja Patriarcal e o primeiro Diretor geral dos Estados públicos em Portugal e domínios por Carta Régia de [[6 de maio]] de [[1759]].
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*{{link|en|2=http://www.catholic-hierarchy.org/bishop/balmeit.html|3=Catholic Hierarchy}}
*{{link|en|2=http://www2.fiu.edu/~mirandas/bios1737.htm#Almeida|3=The Cardinals of the Holy Roman Church}}
 
 
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