Teste de Turing: diferenças entre revisões
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O "Teste de Turing" testa a capacidade de uma [[máquina]] exibir comportamento inteligente equivalente a um ser humano, ou indistinguível deste. No exemplo ilustrativo original, um julgador humano entra em uma conversa, em linguagem natural, com outro humano e uma máquina projetada para produzir respostas indistinguíveis de outro ser humano. Todos os participantes estão separados um dos outros. Se o juíz não for capaz de distinguir com segurança a máquina do humano, diz-se que a máquina passou no teste. O teste não checa a capacidade de dar respostas corretas para as perguntas; mas sim o quão próximas as respostas são das respostas dados por um ser humano típico. A conversa é restrita a um canal de texto, como um [[Teclado(informática)| teclado]] e uma [[Monitor_de_vídeo|tela]] para que o resultado não dependa da capacidade da máquina de renderizar áudio. <ref>Turing sugeriu o uso de um [[teletipo]], um dos poucos sistemas de comunição restritos a texto existentes em 1950. {{Harv|Turing|1950|p=433}}</ref>
O teste foi introduzido por [[Alan Turing]] em seu artigo de 1950 "[[Computing Machinery and Intelligence]]", que começa com as palavras: "Eu proponho considerar a questão "As máquinas podem pensar?". Já que "pensar" é difícil de definir, Turing preferiu "trocar a pergunta por outra, a qual é está relacionada a anterior e é expressa em palavras menos ambíguas"{{sfn | Turing | 1950 | p = 433}}. A nova pergunta de Turing é: "Há como imaginar um computador digital que faria bem o "jogo da imitação?".<ref> {{Harv | Turing | 1950 | p = 442}} Turing não chama sua ideia de "Teste de Turing", mas de "Jogo da Imitação"; porém, a literatura posterior reservou este termo para uma versão específica do teste. Veja [[# As versões do teste de Turing]], abaixo. Turing dá uma versão mais precisa da questão mais tarde no mesmo artigo: "Estas questões são equivalentes a esta: "Vamos fixar nossa atenção um computador digital em particular, vamos chamá-lo de C. É possível que, modificando o computador para que tenha uma capacidade de armazenamento adequado, aumento substancial de velocidade e dando a programação adequada, C possa realizar a parte A do jogo da imitação, se a parte B for feita por um humano?"{{Harv | Turing | 1950 | p = 442}}</ref> Turing cria que esta questão poderia ser respondida. No restante do artigo, ele argumenta contra
Desde 1950, o teste provou ser, ao mesmo tempo, altamente influenciante e criticado, e é um conceito fundamental da [[filosofia da inteligência artificial]]. {{sfn|Saygin|2000}}{{sfn|Russell|Norvig|2003|pp= 2–3 and 948}}
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===Contexto filosófico===
A questão da inteligência das máquinas possui uma longa história, que está
Aqui Descartes observa que [[Autômato|autômatos]] são capazes de responder a interações com humanas, mas argumenta que autômatos não podem responder apropriadamente coisas ditas em sua presença do modo que qualquer humano pode. Descartes, assim, prefigura o Teste de Turing quando indentifica a insuficiência de responstas linguísticas apropriadas como as que separam humanos de autômatos. Descartes falha em considerar a possibilidade que a insuficiência de respostas linguísticas apropriadas possa ser superada por futuros autômatos e assim não propõe o Teste de Turing, mesmo que ele prefigure seu quadro conceitual e critério.
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