Batalha de Evesham: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 11:
| combatente2 = Tropas Reais
| comandante1 = [[Simão de Montfort, 6° conde de Leicester|Simão de Montfort]] †<br />[[Pedro de Montfort]] †
| comandante2 = [[Eduardo I de Inglaterra|Príncipe Eduardo I]]<br />[[Gilberto de Clare, 6° conde de Hertford|Gilberto de Clare]]
| for1 = c. 5,000
| for2 = c. 10,000
Linha 19:
| campanha =
}}
A '''Batalha de Evesham''' foi uma das duas principais batalhas da [[Segunda Guerra dos Barões]], que ocorreu na [[Inglaterra]] no [[século XIII]]. Ela marca a derrota de [[Simão de Montfort, 6° conde de Leicester|Simão de Montfort]] e a rebelião dos barões pelo [[Eduardo I de Inglaterra|Príncipe Eduardo I]] - depois rei Eduardo I - que liderou as tropas de seu pai, [[Henrique III da Inglaterra]]. Ela ocorreu no dia 4 de agosto de 1265 em [[Evesham]], [[Worcestershire]].
 
Com a [[Batalha de Lewes]] Montfort havia ganho o controle do governo real, mas após a desistência de vários aliados próximos e a fuga do do Príncipe Eduardo I, ele se encontrou na defensiva. Forçado a enfrentar as tropas reais em Evesham, ele lutou com um exército que o dobro que o seu. A batalha logo se tornou em um massacre; Montfort foi morto e seu corpo multilado. A batalha restaurou a autonomia monárquica, intimidando o que sobrou da resistência até o [[Dictum de Kenilworth]], que foi assinado em 1267.
 
== Contexto ==
Simão de Montfort, 6.° condeConde de Leicester, tinha ganhado uma posição dominante no governo do [[Reino da Inglaterra]] após sua vitória na [[Batalha de Lewes]] um ano antes. Ele também havia aprisionado o Rei, Príncipe Eduardo e o irmão do Rei, [[Ricardo da Cornualha]].<ref name=autogenerated5>Prestwich, Michael (1988), Edward I, London: Methuen London</ref> No entanto, sua esfera de influência rapidamente começou a deteriorar, devido á perda de importantes aliados. Em Fevereiro, [[Roberto de Ferrers, 6° conde de Derby]] foi preso e levado á [[Torre de Londres]].<ref name=autogenerated1>Powicke, F. M. (1953), The Thirteenth Century: 1216-1307, Oxford: Clarendon.</ref> E o mais importante aliado, [[Gilberto de Clare, 6° conde de Hertford|Gilberto de Clare]], resolveu romper sua colaboração e se aliou para o lado do Rei em Maio do mesmo ano.<ref name=autogenerated4>Maddicott, J. R. (1994), Simon de Montfort, Cambridge: Cambridge University Press</ref> Com o auxílio de Gilberto, o Príncipe Eduardo conseguiu fugir de seu cativeiro.<ref name="autogenerated5"/>
 
Com os Lordes da [[Marca Galesa]] em rebelião, Montfort pediu auxilio de [[Llywelyn ap Gruffydd]], o [[Príncipe de Gales]]. Llywelyn concordou em ajudar em troca de total reconhecimento de seu título e a promessa de que ele poderia ficar com todos os ganhos da batalha. Independente do qual benefício Montfort teria com essa aliança, as grandes concessões lhe custou a popularidade no país<ref name=autogenerated4 /> . Enquanto isso, Eduardo fazia o cerco na cidade de [[Gloucester]], que se rendeu em 29 de junho.<ref>op. cit.</ref> A única saída de Montfort era unir suas forças com o seu filho [[Simão VI de Montfort|Simão VI]] e ir de frente com as tropas monárquicas, mas o seu filho se moveu muito lentamente de [[Londres]]. Eventualmente, Simão tentou enfrenta-los de seu forte baronês de [[Kenilworth]], mas Eduardo conseguiu fazer com que as tropas de Montfort tivessem grandes perdas, principalmente porque muitos estavam do lado de fora do muro do castelo.<ref name=autogenerated3>Op. cit.</ref> Dali, o Príncipe se moveu mais para o sul, onde, no dia 4 de agosto, ele articulou uma armadilha no [[Rio Avon (Warwickshire)|rio Avon]], bloqueando a única ponte de travessia e forçando as tropas de Montfort a enfrenta-los sem o reforço do filho<ref name=autogenerated3 /> . Quando Montfort percebeu a armadilha, ele apenas comentou: ''"Que o Senhor tenha piedade de nossas almas, assim como eles tenham de nossos corpos"''.