Lombardos: diferenças entre revisões

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| Volumes = 1
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| ID = }}</ref> O rei lhes governava, e administrava todo o território através de emissários chamados ''gastaldi''.<ref name=GAETA/> Esta subdivisão, no entanto, aliada à indocilidade independentista dos ducados, não conferiu unidade ao reino, tornando-o fraco se comparado aos bizantinos, especialmente depois que estes puderam se recuperar da invasão inicial. Esta fraqueza se tornou ainda mais evidente quando os lombardos tiveram de confrontar o poder crescente dos [[francos]]. Como resposta a esse problema, os reis gradualmente tentaram centralizar o poder. Acabaram, no entanto, perdendo definitivamente o controle sobre os ducados de [[Ducado de SpoletoEspoleto|SpoletoEspoleto]] e [[Ducado de Benevento|Benevento]] no processo.
 
====Lombardia Maior====
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====Lombardia Menor====
{{Artigo principal|Lombardia Menor}}
*[[Ducado de SpoletoEspoleto]] e [[Lista de duques de SpoletoEspoleto]]
*[[Ducado de Benevento]] e [[Lista de duques e príncipes de Benevento]]
* [[Principado de Cápua]]
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===Monarquia católica===
[[Imagem:0492 - Pavia - S. Pietro - Tomba di Liutprando - Foto Giovanni Dall'Orto, Oct 17 2009.jpg|thumb|upright=0.9|Tumba de [[Liutprando (rei lombardo)|Liutprando]], na Basílica de São Pedro, em [[Pavia]]]]
As disputas religiosas permaneceram sendo uma fonte de conflito nos anos seguintes. O reino lombardo começou a se recuperar apenas sob [[Liutprando, o Lombardo|Liutprando]] (rei a partir de {{DC|712|x}}, filho de [[Ansprando]] e sucessor do brutal [[Ariperto II]]. Liutprando conseguiu reconquistar um centro controle sobre SpoletoEspoleto e Benevento, e, aproveitando-se das desavenças entre o papa e [[Império Bizantino|Bizâncio]] em relação à [[Iconoclasmo|reverência aos ícones]], anexou o [[Exarcado de Ravena]] e o ducado de [[Roma]]. Também ajudou o marechal franco, [[Carlos Martel]], a rechaçar os [[árabes]]. Seu sucessor, [[Aistolfo]], conquistou Ravena para os lombardos pela primeira vez, porém foi derrotado subsequentemente pelo rei dos francos, [[Pepino III]], convocado pelo papa, e teve de abandoná-la. Com a morte de Aistolfo, [[Rachis]] tentou novamente ser rei da Lombardia, sendo deposto no mesmo ano.
 
Após a derrota de Rachis, o último lombardo a governar como rei foi [[Desidério]], duque da Toscana, que conseguiu conquistar Ravena definitivamente, pondo um fim à presença bizantina no norte da Itália. Desidério decidiu reiniciar os conflitos com o papa, que estava apoiando os duques de [[Ducado de SpoletoEspoleto|SpoletoEspoleto]] e [[Ducado de Benevento|Benevento]] contra ele, e invadiu Roma em {{DC|772|x}}, o primeiro rei lombardo a fazê-lo. Quando o [[Papa Adriano I]] convocou a ajuda do poderoso rei [[Carlos Magno]], Desidério foi derrotado em [[Susa (Itália)|Susa]] e sitiado em [[Pavia]], enquanto seu filho [[Adalgis]] foi obrigado a abrir as portas de [[Verona]] para as tropas francas. Desidério se rendeu em {{DC|774|x}}, e Carlos Magno, numa decisão sem precedentes, adotou o título de "Rei dos Lombardos"; até então os reinos germânicos frequentemente conquistavam-se uns aos outros, porém nenhum conquistador havia adotado o título de rei de outro povo. Carlos Magno então separou parte do território lombardo e transformou-o nos [[Estados Papais]].
 
A região italiana da [[Lombardia]], que inclui as cidades de Bréscia, [[Bérgamo]], Milão e antiga capital, Pavia, é um lembrete da presença dos lombardos na região.