Oposição à ditadura portuguesa: diferenças entre revisões

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A partir da década de 60, os estudantes universitários começaram a opôr-se ao regime e um dos principais conflitos foi a [[Crise académica de 1962]]. Esta crise teve início em Fevereiro de 1962, quando o Governo proibiu as comemorações do [[Dia do Estudante]]. Um grande número de estudantes da [[Universidade de Lisboa]] reagiu ocupando a cantina universitária, vindo a ser reprimido pelas forças policiais. Perante a recusa definitiva do Governo em autorizar as celebrações do Dia do Estudante, e ainda como forma de protesto contra a violência da polícia, as Academias de [[Lisboa]] e de [[Coimbra]] decretaram conjuntamente o luto académico. Colocados perante a violência e a recusa do diálogo do regime e na impossibilidade de assegurarem a coordenação do movimento em conjunto com os outros que os apoiam, nomeadamente a oposição democrática, os estudantes acabaram por desistir da contestação, acabando o regime por retomar o controlo da situação no final do ano. De qualquer forma, esta longa crise assinalou o despertar para a actividade política de uma geração que, nos anos seguintes, mostraria ser um dos sectores mais vivos da resistência ao Estado Novo.
 
Em Março de 59, várias figuras militares e civis planeamplaneiam um golpe de Estado em Lisboa, conhecido como "Golpe da Sé", com objectivo de derrubar Salazar, na sequência da fraude eleitoral das presidenciais de 58. A intentona, de inspiração sobretudo católica, acabou travada á nascença, sem que algum dos envolvidos pegasse em armas. A causa do fracasso está nas fugas de informação, que foram parar á PIDE.
 
No dia 31 de Dezembro de 1961, dá-se uma revolta militar e civil no quartel de Beja (regimento de infantaria 3), comandada pelo capitão Varela Gomes e [[Manuel Serra]] (líder civil). O general [[Humberto Delgado]] regressou clandestinamente ao país para participar nesta revolta, que apesar de ter quebrado um ciclo de 30 anos em que a oposição não pegou em armas, acabou fracassada.