Cairuão: diferenças entre revisões

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{{Sem-fontes||geo-af|data=junho de 2010}}
{{Info/Património Mundial
|nome = Kairouan / Cairuão
|imagem = [[Imagem:TUNISIE KAIROUAN 03.jpg|250px]]
|imagem_legenda =
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'''Kairouan'''<ref>{{citar livro|url=http://books.google.com.br/books?id=HTJpAAAAMAAJ&q=kairouan+portugues&dq=kairouan+portugues&hl=en&sa=X&ei=BtkbU7LJL5PxkQezjoGABQ&ved=0CDgQ6AEwAQ| título = Archaeólogo português | editor = José Leite Vasconcellos | local = Lisboa, Museu Nacional de Arqueología e Etnologia | editora = Museu Ethnologico do Dr. Leite de Vasconcellos | data = 1998 }}</ref><ref>{{citar livro | url = http://books.google.com.br/books?id=Pq4zAQAAIAAJ&q=kairouan+brasil&dq=kairouan+brasil&hl=en&sa=X&ei=_tgbU_-HFpKgkQelzICgCA&ved=0CFIQ6AEwBQ | título = Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil | edição = 4-7 | editora = Instituto de Geografia e História Militar do Brasil | obra = Instituto | data = 1943 | página = 51}}</ref><ref>{{citar livro | url = http://books.google.com.br/books?id=MIssAQAAMAAJ&q=kairouan+portugues&dq=kairouan+portugues&hl=en&sa=X&ei=BtkbU7LJL5PxkQezjoGABQ&ved=0CFsQ6AEwBw | título = Poesia sempre | edição = 26 | editora = Biblioteca Nacional (Brazil), Departamento Nacional do Livro, Ministério da Cultura, Fundação Biblioteca Nacional | data = 2007 | página = 237 }}</ref><ref>{{citar livro | url = http://books.google.com.br/books?id=vpk0AQAAIAAJ&q=kairouan+portugues&dq=kairouan+portugues&hl=en&sa=X&ei=BtkbU7LJL5PxkQezjoGABQ&ved=0CGAQ6AEwCA | título = Finisterra | volume = 3-4 | editora = [[Universidade de Lisboa]], Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Alta Cultura | local = Portugal | data = 1968 | página = 22}}</ref> ou '''Cairuão'''<ref name=adal /><ref name=roche /><ref name=senko /> ({{langx|ar|القيروان||''Al Qairawān''}}; {{langx|fr|''Kairouan''}}) é uma cidade da [[Tunísia]] localizada cerca de 160 quilómetros ao sul de [[Tunes]]. É a capital da [[Cairuão (província)|província homónima]], e sua população em 2003 era de aproximadamente {{formatnum:150000}} habitantes. Também é conhecida como "a cidade das 50 [[mesquita]]s".
 
O seu rico património [[arquitectura|arquitectónico]] inclui a [[Grande Mesquita de Cairuão|Grande Mesquita]], com belas portas talhadas em madeira e arabescos de estuque e as 400 colunas de [[mármore]] e [[pórfiro]] da sala de orações, com inscrições [[fenícia]]s, [[Antiga Roma|romanas]] e [[árabes]] e a Mesquita das Três Portas, entre outras. A [[almedina]], com as suas muralhas imponentes e portas monumentais, abriga belas mesquitas, um antigo poço e centenas de lojas onde as famosas carpetes de CairuãoKairouan, de lã pura, são tecidas e vendidas, para além do artesanato em [[cobre]], [[latão]] e [[couro]] e dos trajes tradicionais, a ''jebba'' e o ''burnous'', com ou sem ricos ornamentos.
 
Apesar da transferência da capital política para Tunes no {{séc|XII]]}}, CairuãoKairouan continuou a desempenhar o papel de capital espiritual do [[Magrebe]], com os seus treze séculos de [[cultura islâmica]]. A cidade foi inscrita pela [[UNESCO]] em 1988 na lista do [[Património da Humanidade]].
 
== História ==
[[Imagem:Grossmoschee, Qairawan-05.jpg|thumb|255px|Postal antigo da [[Grande Mesquita de CairuãoKairouan]].]]
 
CairuãoKairouan foi fundada cerca de 670, quando o general árabe [[Uqba ibn Nafi]] escolheu o local, então no meio de uma floresta densa, infestada de animais selvagens e répteis,{{Carece de fontes|hist-af|data=março de 2014}} para instalar um posto militar, com o objetivo de refrear as hordas [[berberes]]. No lugar, desenvolveu-se rapidamente uma cidade, com jardins luxuriantes e arvoredos de oliveiras. Uqba ibn Nafi morreu em combate com os berberes, cerca de quinze anos após o estabelecimento do posto militar.
 
No século X, a cidade foi embelezada pelos [[aglábidas]], que governaram a partir dali o [[norte de África]] muçulmana (''[[Ifriqiya]]''), entre 800 e 909.
 
No século XI, também era a capital, famosa por sua prosperidade. Em meados daquele século, os [[Califado Fatímida|fatímidas]] ([[xiitas]] [[ismaelitas]]) do [[Egipto]] instigaram os [[beduínos]] egípcios a invadir aquela parte da África. Estes destruíram tão completamente a cidade em 1057 que CairuãoKairouan jamais recuperou a sua importância anterior. Com a chegada dos [[Império Otomano|otomanos]], Tunes tornou-se a capital da região, residência do [[dei]] e do [[bei]]. Os [[Protetorado Francês da Tunísia|franceses tomaram]] Cairuão em 1881, quando então os não-[[muçulmanos]] tiveram acesso à cidade.
 
== Carpetes ==
 
O desenho típico das carpetes ([[tapete]]s grandes) de CairuãoKairouan chama-se ''Alloucha'' e é feito com as cores naturais da [[lã]], com uma bordadura de riscas paralelas em padrões geométricos e um losango central com um padrão floral. As carpetes são graduadas pela espessura do fio usado e pelo número de nós por metro quadrado, sendo o "normal" de 10 a 40&nbsp;mil nós, "fino" de 65 a 90&nbsp;mil e "extra-fino" de 160 a 500&nbsp;mil. As carpetes de [[seda]] podem ter mais de 500 mil nós por metro quadrado.
 
Em CairuãoKairouan também se produz uma carpete tecida, sem nós, a ''margoum'', com os típicos desenhos geométricos da cultura [[Berberes|berbere]], mais leves e numa grande quantidade de cores.
 
== Ver também ==