Perspectiva espírita sobre Jesus: diferenças entre revisões

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Segundo a doutrina espírita Jesus veio com a missão divina de cumprir a lei, que fora anteriormente revelada por Moisés (primeira e segunda revelações); ele, contudo, não disse tudo, muitas vezes se limitando a desvelar o "''gérmen da verdade''", que foi completada pela "''terceira revelação''": o Espiritismo.<ref>{{citar livro|URL=http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/es/es-01.html#es1a2 |autor=Allan Kardec (trad.: Guillon Ribeiro)|título=O Evangelho Segundo o Espiritismo, 89ª ed. |editora=FEB |ano=1944 |página=58, item “4”|id=|acessodata=10/3/2014}}</ref> Uma divisão profunda no movimento espírita brasileiro, contudo, ocorreu acerca da natureza corpórea de Jesus, colocando em confronto as ideias de Kardec e as defendidas por [[Jean-Baptiste Roustaing]], seu contemporâneo, que defendia ter o Cristo um corpo diverso dos demais, de natureza fluídica ([[docetismo]]), ponto este que fora refutado pelo próprio Kardec em um artigo de 1866; a obrigatoriedade da obra de Rousteing, contudo, é indicada nos estatutos da Federação Espírita Brasileira e uma tentativa de retirar este item foi contestada judicialmente.<ref>{{citar web|url=http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf/st8/Amorim,%20Pedro%20Paulo.pdf |título=Roustaing: a cisão no interior da Federação Espírita Brasileira (1920-1922) |data= |publicado=Revista Brasileira de História das Religiões |autor=Pedro Paulo Amorim |acessodata=10/3/2014}}</ref>
 
Kardec diz, em [[A Gênese]], que “''Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, natureza cujo exame não entra no quadro desta obra, considerando-o apenas um Espírito superior...''”, ressaltando que dada a missão que cumpriu foi um mensageiro direto de Deus, mais que um profeta e que “''como homem, tinha a organização dos seres carnais; porém, como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corporal''”; Jesus não agia como “médium”, atuando por si mesmo e por conta de seu poder pessoal – a não ser aquele advindo do poder de Deus.<ref>{{citar livro|URL=http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/ge/ge-15.html#ge151 |autor=Allan Kardec (trad.: Guillon Ribeiro)|título=A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo, 32ª ed. |editora=FEB |ano=1944 |página=310-311, item “2”|id=|acessodata=10/3/2014}}</ref> Este exame da natureza do Cristo, de fato, só veio a público após sua morte, na obra que reúne seus escritos publicados na ’’Revista Espírita’’ e outros inéditos – [[Obras Póstumas]]; ali, Kardec é taxativo: as discussões sobre a natureza corpórea do Cristo foi causa dos principais cismas da Igreja e refuta, no capítulo “''Estudo sobre a natureza do Cristo''”, todos os fundamentos da Igreja para o dogma da divindade de Jesus, razão pela qual a crença na “trindade” não tem qualquer embasamento, no Espiritismo.<ref>{{citar livro|URL=http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-12.html |autor=Allan Kardec (trad.: Guillon Ribeiro)|título=Obras Póstumas, 22ª ed. |editora=FEB |ano=1944 |página=121 e seg.|id=|acessodata=10/3/2014}}</ref> O médium [[Francisco Cândido Xavier]], na obra "''[[Emmanuel (livro)|Emmanuel]]''", resume: "''Jesus foi a manifestação do amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita''".<ref>{{citar livro|autor=Francisco C. Xavier (médium)/[[Emmanuel (espírito)|]] |título=Emmanuel, 15ª ed. |editora=FEB |ano=1938 |página=28 |id=}}</ref>
 
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