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[[Ficheiro:Hatt.jpg|thumbnail|direita|250px|Típico chapéu de feltro, no qual foi aplicada uma "gebada"]]
Vaz em outro site![[Categoria:Chapéus| ]]
O '''chapéu''' (vocábulo que deriva do [[língua francesa|francês]] antigo ''chapel'', atual ''chapeau'') é um item do [[vestuário]], com inúmeros variantes, que tem a função principal de proteger ou enfeitar a [[cabeça]].
== Terminologia ==
[[Ficheiro:Hat Tin Open.jpg|thumbnail|esquerda|150px|Chapeleira antiga]]
Várias palavras estão relacionadas ao chapéu e seu uso, confecção e tipos. ''Chapeleiro'' é aquele que confecciona o chapéu, ao passo que a ''chapelaria'' é o local onde este é feito ou vendido. Já ''chapeleira'' é a caixa onde o mesmo é acondicionado. O hábito antigo de saudar alguém tirando-se o chapéu era denominado ''chapelada''.
 
Nas casas, no comércio e em repartições públicas até meados do [[século XX]] o ''porta-chapéus'' era um móvel presente e indispensável - uma vez que as regras de [[etiqueta]] não permitiam o uso do adereço em lugares cobertos.
 
''Copa'' é a parte superior do ornamento, cujo lado interno tem a ''boca'', ao passo que ''aba'' é o rebordo proeminente, externo. Na parte interna tem-se o ''forro'' e a ''carneira''; são ainda partes do chapéu a ''faixa'' e a ''pala'', respectivamente a faixa externa e o "corpo" da aba. Muitos formatos, entretanto, não possuem esses componentes.
 
Para a confecção do chapéu usava-se o '''arcão''', máquina destinada a dar o formato curvo (em ''arco'', donde o nome) à [[lã]] com que se fazem chapéus de [[feltro]] (uma camada desse material é usada como reforço, chamada, por sua vez de ''capada''). A copa é feita em ''fôrmas'', em diversos tamanhos, obedecendo a numerações que são variáveis, até mesmo entre fábricas. As abas eram feitas num instrumento denominado ''formilhão'', ao passo que a boca da copa é determinada pela ''formilha''.
 
A tira de [[couro]], usada para reforço nos chapéus masculinos, é chamada de ''carneira'', e é colocada na parte interna, próximo à aba.
 
O ''casco'' é como se chama, nos chapéus femininos, à armadura que recebem para dar-lhe o formato.
''Cinteiro'' é o laço que orna o chapéu; já o ''cocar'' eram os adereços, como penachos, que os distinguiam. Chapéus antigos chegavam a ter [[fivela]]s).
 
Diz-se ''gebada'' à pancada que se dá, no chapéu, para que se amasse, apresentando curvaturas (vide foto acima).
 
[[Ficheiro:Chapeaux en peau de castor.jpg|direita|310px|thumbnail|Evolução do chapéu em pele de [[castor]] [[Canadá|canadense]]]]
A ''propriagem'' é o trabalho de acabamento, feito pelo chapeleiro, depois de tinto o chapéu. A ''pelota'' é a [[almofada]] usada por estes a fim de alisarem o chapéu, depois da engomação.
 
O ''egrete'' (ou ''egreta''), era o ornato confeccionado em penas finas e compridas, inspirado em penachos da cabeça de algumas aves, especialmente das [[garça]]s, foi um enfeite bastante usado em chapéus femininos no século XX. O ''tope'' é o nome do laço de fita, que por vezes enfeitava tais modelos.
 
O uso do chapéu variava conforme a moda. Assim, por exemplo, usá-lo ''à zamparina'' era o modo de inclinar o adereço para frente e à direita, entre os séculos [[século XVIII|XVIII]] a [[século XIX|XIX]].
 
=== Bonés e gorros ===
Tem-se, para tais ornamentos, partes específicas, que podem ou não estar presentes, a depender do seu uso ou modelo.
 
Assim, a ''pala'' estará na parte inferior frontal da barretina ou boné militar, e outros. A ''orelheira'' é o apêndice que protege as orelhas, e o ''tapa-nuca'' o destinado à proteção do pescoço. A ''viseira'' é a pala prolongada dos bonés.
 
=== O drible ===
No futebol, um drible onde o jogador conduz a bola e dá um tapa na redonda fazendo-a passar por cima da cabeaça de seu marcador, em seguida controla a bola novamente completando o drible. Esse drible é conhecido como chapéu, lençol, touca, sombreiro (caso esse drible for muito bem executado) ou carretilha, chaleira (uma variação mais difícil deste mesmo drible)
 
== Histórico ==
O chapéu surgiu para a proteção da cabeça, ainda nos povos primitivos da pré-história, das intempéries climáticas (sol escaldante, frio, chuva), como prerrogativa masculina - sendo o homem o responsável pela defesa da tribo ou do clã, sendo depois estendido para a caracterização dos níveis sociais: os reis usavam coroas, os sacerdotes a mitra e os guerreiros o elmo.<ref name="A">''Dicionário Enciclopédico Conhecer'', vol. 1, Abril Cultural, São Paulo, 1969, pp. 121-124</ref>
 
Teriam, assim, nos mais primitivos formatos, uma espécie de gorro feito em [[couro]], ou em tecido, nos antigos turbantes já presentes cerca de 4.500 anos a.C..<ref name="A"/>
 
Cerca de 3000 a.C., na [[Mesopotâmia]], surgem os chapéus que trazem um misto de elmo com capuz, que uns mil anos depois (2.000 a.C.) evolui para um formato mais aprimorado. Torna-se, neste mesmo período, um adereço de dignidade, nobiliárquica, militar e sacerdotal do [[Antigo Egipto]].<ref name="A"/> O primeiro chapéu que encontra em suas formas mais semelhantes com o formato "clássico" (ou seja, contendo as partes principais do adorno), é o ''pétaso grego'', cuja origem remonta ao [[século IV a.C.]], junto ao píleo. O primeiro encontrou sua forma [[Roma Antiga|romana]], junto ao ''capucho'', sendo este povo o primeiro a criar um ''capacete''.<ref name="B">http://www.califas.com.br/histbone.htm, pesquisado em 19 de abril de 2007, às 20:33</ref> e.<ref name="A"/>
 
Até a década de 1940, os automóveis tinham o teto alto, de forma que o uso de chapéus dentro dos utilitários era possível, mas com a modernização dos veículos já não era possível usar o acessório. Com o tempo, passou-se a ser aceitável a visão de um homem sem chapéu. Em 20 de janeiro de 1961, [[John Kennedy]] foi o primeiro presidente estadunidense a recusar o objeto, tornando-o opcional. Durante as décadas de 1960 e 70, os [[hippie]]s usavam cabelos compridos como expressão de rebeldia - recusando escondê-los. Os chapéus passaram a serem vistos como uma formalidade ultrapassada.<ref name="AH">{{Citar periódico | ano = 2013 | mes = Julho | titulo = Por que se parou de usar chapéu? | jornal = [[Aventuras na História]] | numero = 120 | paginas = 08 | editora = [[Editora Abril]] | local = São Paulo}}</ref>
 
== Lista de chapéus ou acessórios para a cabeça ==
{|
|valign="top"|
* [[Alvanega]]
* [[Bandana]]
* [[Barrete (chapéu)|Barrete]]
* [[Barrete frígio]]
* [[Barretina]]
* [[Bicorne]]
* [[Bibico]]
* [[Boina]]
* [[Boné]]
|valign="top"|
* [[Borsalino]]
* [[Camauro]]
* [[Camelauco]]
* [[Capacete]]
* [[Capelo (chapéu)|Capelo]]
* [[Capuz]]
* [[Carapuça]]
* [[Cartola]]
* [[Casquete]]
|valign="top"|
* [[Capacete|Chapéu de bombeiro]]
* [[Chapéu de cangaceiro]]
* [[Chapéu-palheta]]
* [[Chapéu-panamá|Chapéu-do-chile]] (chapéu-panamá)
* [[Chapéu-coco]]
* [[Chapéu de couro (chapéu)|Chapéu de couro]]
* [[Chapéu de cowboy]]
* [[Chapéu de cozinheiro]]
* [[Chapéu Stetson]]
|valign="top"|
* [[Chapéu de palha]]
* [[Chapéu-panamá]]
* [[Chapéu de toureiro]]
* [[Chulo (Peru)|Chulo]]
* [[Claque (chapéu)|Claque]]
* [[Cloche]]
* [[Cocar (indígena)|Cocar]]
* [[Coifa (chapéu)|Coifa]]
* [[Colbaque]]
|valign="top"|
* [[Coppola]]
* [[Coroa (monarquia)|Coroa]]
* [[Diadema (joia)|Diadema]]
* [[Elmo]]
* [[Fedora (chapéu)|Fedora]]
* [[Filá]]
* [[Gorro]]
* [[Gorro de marinheiro]]
* [[Pétaso]]
* [[Píleo (chapéu)|Píleo]]
|valign="top"|
* [[Quepe]]
* [[Solidéu]]
* [[Sombrero]]
* [[Tarbush]] (ou '''fez''')
* [[Toque (chapéu)|Toque]]
* [[Touca]]
* [[Tricórnio]]
* [[Turbante]]
* [[Ushanka]]
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* [[Véu]]
* [[Viseira]]
|}
 
{{Referências}}
 
== {{Ver também}} ==
{{commonscat|hats}}
* [[Peruca]]
 
== {{Ligações externas}} ==
* {{link|fr|http://www.museeduchapeau.com/|Museu do Chapéu - em França}}
* [http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Chapelaria]| Museu da Chapelaria em S.João da Madeira - Portugal
 
{{Roupas}}
 
{{Portal3|Moda}}
 
[[Categoria:Chapéus| ]]