Convertiplano: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Tradução e adaptação a partir de w:it:Convertiplano e w:en:Convertiplane. Trabalho ainda em andamento. |
Mais tradução e adaptação a partir de w:it:Convertiplano e w:en:Convertiplane. Inclusão de fontes adicionais. Revisão 2 do texto. |
||
Linha 1:
{{
[[Imagem:MV-22 Osprey 1.jpg|thumb|O convertiplano
O '''convertiplano''' é um [[aeródino]] [[motopropulsor|motopropulsado]] híbrido que, por ser dotado de [[Asa (aviação)|asas]] fixas e também de asas rotativas, é capaz de ora assumir uma "configuração de [[helicóptero]]" (para obter [[Sustentação (aerodinâmica)|sustentação]] nas asas rotativas) e de ora converter-se a uma "configuração de [[avião]]" (para obter sustentação nas asas fixas).<ref name=epo>{{Citar web |url=https://data.epo.org/publication-server/pdf-document?PN=EP2551198%20EP%202551198&iDocId=8092283&iepatch=.pdf |formato=PDF |acessadoem=18 de março de 2014 |publicado=European Patent Office |título=EP 2 551 198 B1 |data=13 de novembro de 2013 |autor=James Wang |língua=inglês |obra=AgustaWestland S.p.A. |notas=Especificações de patente para um convertiplano.}}</ref> As asas rotativas são acionadas por [[motor]]es.
[[Imagem:BA609 02.jpg|thumb|O Bell-Agusta BA609 em voo cruzeiro após a transição para a modalidade aeroplano.]]▼
==Tipos==
[[Imagem:Bell_VX-15_cutaway.PNG|thumb|left|Diagrama do convertiplano Bell XV-15 Tilt Rotor Research Aircraft<ref name=xv15>{{Citar web |url=http://history.nasa.gov/monograph17.pdf |título=The History of the XV-15 Tilt Rotor Research Aircraft |acessadoem=18 de março de 2014 |língua=inglês |formato=PDF |publicado=National Aeronautics and Space Administration (NASA) |ano=2000 |autor=Martin D. Maisel; Demo J. Giulianetti; Daniel C. Dugan}}</ref> com seus dois proprotores.]]
Os convertiplanos podem ser divididos em duas grandes classes:{{nota de rodapé|Classificação instituída pelo Air Coordinating Committee.<ref name=>{{Citar web |url=http://babel.hathitrust.org/cgi/pt?id=mdp.39015021078590;view=1up;seq=8 |título=The Convertiplane: Implications of a New Aircraft Type on the National Aviation Policy of the United States |mês=outubro |ano=1954 |página=2 |língua=inglês |páginas=58 |autor=Air Coordinating Committee |publicado=Hathi Trust Digital Library |obra=Google Inc. |editor=University of Michigan}}</ref>}}
[[Imagem:X-18 tilting its wing bw.jpg|thumb|O Hiller X-18 é um convertiplano cujas asas rotativas não giram porém estão fixadas às asas fixas, que giram.]]
*Classe I: a dos convertiplanos cuja fuselagem permanece na horizontal durante todas as etapas de movimentação (taxiamento, decolagem, voo, pouso e taxiamento) e cujas asas rotativas permanecem fixas no eixo vertical, de modo que exercem somente a função de [[rotor]]es de sustentação, tal como ocorre nos helicópteros. Neste caso, o convertiplano possuirá um grupo motopropulsor (motor e, geralmente, [[hélice]]) responsável por gerar o [[impulso]] que permitirá à [[aeronave]] deslocar-se no plano horizontal, e as asas fixas poderão ser fixas ou então capazes de girar em torno do eixo transversal da aeronave (eixo que perpendicularmente cruza, no plano horizontal, o eixo longitudinal do convertiplano), contanto que as asas rotativas permaneçam exercendo a função de rotores de sustentação.
*Classe II: a dos convertiplanos cuja fuselagem não permanece na horizontal durante a etapa de decolagem ou pouso, ou cujos eixos das asas rotativas são basculantes,<ref name=priberam>{{Citar web |url=http://www.priberam.pt/dlpo/basculante |título=Verbete "basculante" |acessadoem=18 de março de 2014 |publicado=Dicionário Priberam da Língua Portuguesa}}</ref>. Em outras palavras, são os convertiplanos cujas asas rotativas (ou cujas asas fixas, com as quais giram junto as respectivas asas rotativas) podem girar da posição vertical até ficarem na direção horizontal e vice-versa, o que permite que as asas rotativas funcionem tanto como <u>rotores</u> de sustentação (geradores de impulso vertical) quanto como <u>propulsores</u> de deslocamento lateral (geradores de impulso horizontal). As asas rotativas e as asas fixas dotadas dessa capacidade são denominadas <u>proprotores</u>.{{Nota de rodapé|<u>Prop</u>rotor <nowiki>=</nowiki> <u>prop</u>ulsor + rotor.}}<ref name=usnavy>{{Citar web |url=http://www.navair.navy.mil/v22/index.cfm?fuseaction=faq.main |título=V22 Osprey: General |acessadoem=18 de março de 2014 |língua=inglês |publicado=United States Navy |autor=V-22 Joint Program Office (PMA-275)}}</ref>
==Funcionamento==
===Classe I===
*Na "configuração helicóptero", as asas rotativas funcionam como [[rotor]]es que geram exclusivamente sustentação para as [[decolagem|decolagens]] e os [[aterragem|pousos]] verticais ([[VTOL]]): o impulso horizontal (para taxiamento, por exemplo) é provido pelo grupo motopropulsor.
*Na "configuração avião", o grupo motopropulsor segue provendo impulso horizontal, o que não apenas permite que a aeronave se desloque pelo ar mas também cria o [[vento relativo]] responsável pelo surgimento das forças de sustentação nas asas fixas. Por causa desse efeito, durante os voos retos e nivelados não há necessidade de usar as asas rotativas para obter sustentação, elas podem permanecer desativadas.
===Classe II===
▲[[Imagem:BA609 02.jpg|thumb|
*Na "configuração helicóptero", as asas rotativas funcionam tal qual os [[rotor]]es dos helicópteros: geram muita sustentação e algum impulso horizontal, razão por que o convertiplano pode ou taxiar para decolar verticalmente ou então pousar verticalmente para taxiar.
*Na "configuração avião", as asas rotativas mudam do eixo vertical para o horizontal e deste modo deixam de funcionar como rotores para passar a funcionar como hélices, o que gera impulso horizontal e cria o vento relativo necessário ao surgimento de forças de sustentação nas asas fixas.
==Vantagens==
Tanto na classe I quanto na classe II é comum os dois motores do convertiplano funcionarem independentemente porém estarem interligados por um [[eixo cardã]] (como ocorre no convertiplano XV-15), o que é uma solução inteligente porque caso um dos motores falhe o outro é utilizado para movimentar as asas rotativas, o que permite ao [[piloto (aviação)|piloto]] pousar a [[aeronave]] ou até mesmo prosseguir até o destino planejado (caso a [[segurança]] e demais condições vigentes permitam).
As asas fixas dos convertiplanos fornecem uma sustentação maior, que não existe nos helicópteros, e a [[velocidade]] máxima de cruzeiro dos convertiplanos em alguns casos ultrapassa {{converter|170|NM|km}} por hora,<ref name=popularmechanics>{{Citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=1t4DAAAAMBAJ&pg=PA119&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false |língua=inglês |acessadoem=18 de março de 2014 |título=Here Come the Convertiplanes! |publicado=Popular Mechanics |autor=Richard F. Dempewolff |ano=1954 |mês=junho |página=119 |páginas=282}}</ref> o que é mais veloz que a maioria dos helicópteros. Quanto às asas rotativas, nos convertiplanos da classe II ocorre que, com ou sem rotação das asas fixas, as asas rotativas podem gerar impulso para trás, o que permite ao convertiplano voar para trás, tal como nos helicópteros, ou então gerar impulso vertical de [[levitação]], o que permite ao convertiplano executar "pairado" ou ''"hovering"''. E tanto na classe I quanto na classe II é possível ao convertiplano deslocar-se muito lentamente para a frente, algo que não é viável nos aviões: nos convertiplanos da classe I, isso é obtido usando-se pouca potência no grupo motopropulsor, ao passo que nos convertiplanos da classe II isso é obtido colocando-se os eixos das asas rotativas em ângulo ligeiramente inclinado.
{{notas}}
{{referências}}
==Veja também==
*[[STOL]]
*[[STOVL]]
{{esboço-aviação}}
{{Portal|Aviação|
[[Categoria:Convertiplanos]]
|