Cinema de Portugal: diferenças entre revisões

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Em termos de reconhecimento internacional, são no entanto as obras de [[António Reis]], de [[Manoel de Oliveira]] de [[João César Monteiro]], de [[José Álvaro Morais]] ou ainda de [[João Botelho]] que mais se fazem notar. Esta diferença tornar-se-ia, em vários aspectos, objecto de [[polémica]] cerrada, por vezes surda e discriminatória, proveniente de antigas querelas e da cisão, mais recente, entre representantes do Cinema Novo, dando origem a duas associações rivais de realizadores. O problema, que prevalece, centra-se nos critérios de apoio financeiro à produção de filmes nacionais, particularmente dependentes dos apoios do [[Estado]]. Saído da escola oficial de cinema, [[Joaquim Leitão]] segue essa tendência, tal como outros o farão, e terá êxito comercial. Entretanto, o produtor [[Paulo Branco]], afirmanado-se como defensor da opção artística, tem um papel determinante na divulgação em França de autores e filmes portugueses, ajudado pela circunstância de ser também produtor e distribuidor nesse país.
 
A partir da década de noventa, com o aparecimento de uma nova geração de [[cineasta]]s, em grande parte antigos alunos do Conservatório Nacional (''[[Escola Superior de Teatro e Cinema]]'') - que teve como professores António Reis ou Seixas Santos, um dos seus promotores -, geração favorecida pelos critérios de apoio oficiais a primeiras obras, o cinema portugues renova-se e sofre novo impulso : [[Pedro Costa]], [[Teresa Villaverde]], [[João Canijo]], [[Manuel Mozos]], [[Fernando Vendrell]], [[Joaquim Sapinho]] e, mais recentemente, [[Cláudia TomázTomaz]]. Os mais velhos, como Oliveira ou Monteiro, filmam com regularidade e outros prosseguem de um modo mais disperso: [[Luís Galvão Teles]], [[João Mário Grilo]], [[Luís Filipe Rocha]], [[Jorge Silva Melo]]. Entretanto a ''[http://www.cinemaportugues.net/cinema/filmes.asp?id=3724 Zona J]'' de [[Leonel Vieira]] (1998) é sucesso de bilheteira ao abordar do ''lado de fora'' o mesmo tema que [[Pedro Costa]] aborda do ''lado de dentro'' : os bairros marginais de uma cidade como Lisboa. Focando o tema no documentário e fundindo [[documentário]] e [[ficção]], usando uma simples [[câmara digital]] mini-DV e uma antropologia mais crua, [[Pedro Costa]] faz o seu percuso na tradição dos anos sessenta e setenta, de [[António Campos]] a [[Ricardo Costa]]. [http://www.cinemaportugues.net/cinema/pessoas.asp?idpessoa=2143753925&lang= Serge Trefaut], em quem o olho antropológico se ajusta ao tempo, segue o mesmo percurso, numa perspectiva crítica.
 
Na ficção, mas já na viragem do século, certos de entre os mais jovens, como [[João Pedro Rodrigues]], cineasta radical ou [[Marco Martins]], cineasta gráfico, fazem-se representar com filmes inovadores em festivais importantes. No documentário, prossegue a tradição um punhado de jovens : Pedro Sena Nunes, Catarina Alves Costa, Sílvia Firmino, Daniel Blaufuks, Miguel Gonçalves Mendes, Luísa Homem, Catarina Mourão, Susana Sousa Dias, Cristina Ferreira Gomes e outros. A árvore deixaria seus frutos. Na área do [[filme experimental]], utilizando o [[vídeo]], [[artes plásticas]] e as [[tecnologia]]s digitais como ferramenta, [[Edgar Pêra]], vídeo-cineasta polémico, é um dos autores mais originais das novas gerações. O cinema de [[animação]] traria entretanto nomes novos para a história do cinema em Portugal (ver [http://www.amordeperdicao.pt/especiais_agrup_solo.asp?artigoid=18 Animação Portuguesa] e [http://animacaoportuguesa.blogspot.com/2006/07/breve-histria-do-cinema-portugus-de.html Breve História do Cinema Português de Animação] em [http://animacaoportuguesa.blogspot.com Animação Portuguesa] – [[Blog]]).