Horatio Nelson: diferenças entre revisões

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Nelson era considerado como um líder muito eficiente e alguém que compreendia as necessidades dos seus homens. Nelson baseava o seu comando no amor em vez da autoridade, inspirando tanto os seus superiores como os seus subordinados com a sua coragem, comprometimento e carisma, com o "[[Toque de Nelson|seu toque]]".<ref name="Lambert107-8"/><ref name="LambertXVII">Lambert 2004, xvii</ref> Nelson combinava o seu talento em estratégia e política, fazendo dele um comandante naval de sucesso. Contudo, a sua personalidade era complexa, muitas vezes caracterizado pelo seu desejo de ser notado pelos seus superiores e pelo público em geral. Ficava facilmente emocionado com elogios e desanimado quando achava que não lhe davam importância suficiente aos seus actos.<ref name="Lambert44">Lambert 2004, p. 44</ref> As suas emoções levavam-no a assumir riscos e a mostrar publicamente os sucessos.<ref name="Lambert64">Lambert 2004, p. 64</ref> Nelson tinha confiança nas suas capacidades, e era determinado na tomada de decisões importantes.<ref name="Lambert52-3">Lambert 2004, pp. 52–3</ref> Dada a sua carreira muito activa, tinha muita experiência em combate, e era capaz de bem avaliar os seus adversários e de identificar as fraquezas do inimigo.<ref name="Lambert107-8">Lambert 2004, pp. 107–8</ref> No entanto, tinha tendência para ser inseguro e a grandes mudanças de humor,<ref name="Lambert4">Lambert 2004, p. 4</ref> e era bastante vaidoso: adorava receber condecorações, homenagens e elogios.<ref name="Lambert151">Lambert 2004, p. 151</ref> Apesar da sua personalidade, era um líder altamente profissional, e toda a sua vida foi orientada por um forte sentido de dever.<ref name="Lambert4"/> A fama de Nelson atingiu novos níveis depois da sua morte, tornando-se um dos maiores heróis militares britânicos, ao lado do [[John Churchill, 1.° Duque de Marlborough|Duque de Marlborough]] e do [[Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington|Duque de Wellington]].<ref>Lee 2005, pp. 3–4</ref> No program de 2002 da [[BBC]], ''[[100 Greatest Britons]]'', Nelson ficou em nono lugar dos britânicos mais importantes de todos os tempos.<ref>{{cite web |url= http://news.bbc.co.uk/1/hi/entertainment/tv_and_radio/2509465.stm|title= Churchill voted greatest Briton|accessdate=2008-10-16 |work= |publisher= bbc.co.uk|date= 24 November 2002}}</ref>
 
Alguns aspectos da vida e da carreira de Nelson eram controversos, tanto em vida como depois da sua morte. A sua relação com [[Emma Hamilton]] era vista com desaprovação e, devido a isso, foi-lhe negada a presença no funeral de Nelson e, posteriormente, ignorada pelo governo, o qual concedeu dinheiro e títulos à família legítima de Nelson.<ref name="Oman571-2">Oman 1987, pp. 571–2</ref> Os actos de Nelson durante a reocupação de Nápoles também foram assunto sujeito a debate: a sua aprovação de acções de represálias contra os [[Jacobinismo|jacobinos]] que se tinham rendido de acordo com os termos acordados com [[Fabrizio Ruffo|Cardinal Ruffo]], e a sua intervenção pessoal em assegurar a execução de [[Francesco Caracciolo|Caracciolo]], são considerados por alguns biógrafos, prpor exemplo [[Robert Southey]], como uma vergonhosa violação de honra. O político contemporâneo [[Charles James Fox]], foi um dos que criticou duramente Nelson pelos seus actos em Nápoles, declarando na [[Câmara dos Comuns]]: <blockquote>Desejo que as atrocidades de que tanto temos ouvido falar, as quais eu abomino, tal como qualquer homem, não têm exemplo. Receio que não pertençam exclusivamente aos franceses ... Nápoles, por exemplo, foi, como se diz, "entregue" e, no entanto, se é que estou bem informado, foi manchada e violada por ferozes assassinos, e por crueldades de todos os tipos tão abomináveis, que o coração treme só de ouvir a descrição ... [os rebeldes cercados] solicitaram a presença de um oficial britânico a quem se renderam. Foram acordadas condições sob o nome britânico ... Antes de partirem, os seus bens foram confiscados; os homens foram levados para a prisão, e alguns, tanto quanto julgo saber, não obstante a garantia britânica, foram executados.<ref name="Coleman228">Coleman 2001, p. 228</ref></blockquote> Outros escritores pro-republicanos publicaram livros condenando os eventos de Nápoles e caracterizando-os como atrocidades.<ref name="Lambert365-6">Lambert 2004, pp. 365–6</ref> Outras análises, incluindo a de [[Andrew Lambert]], frisaram que o armistício não tinha sido autorizado pelo Rei de Nápoles, e que a retribuição dada pelos napolitanos não era invulgar naquela altura. Lambert também sugere que Nelson, de facto, agiu por forma a cessar o derramamento de sangue, utilizando os seus navios e homens para restaurar a ordem na cidade.<ref name="Lambert365-6"/>
 
===Legado===