Nerva: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Crise de sucessão: Possivelmente haveria razão para colocar link em "seus" se fosse um artigo sobre gramática. Como não é...
Linha 82:
Apesar das medidas de Nerva para continuar sendo popular no [[Senado romano|senado]] e o povo romano, o apoio a Domiciano seguia firme pelo exército, que pedira a sua deificação imediatamente depois do assassinato.<ref name="suetonius-domitiano-23" /> Numa tentativa por pacificar aos soldados da [[guarda pretoriana]], Nerva expulsou o seu [[prefeito do pretório|prefeito]], [[Tito Petrônio Segundo]] - um dos principais conspiradores contra Domiciano- e substituiu-o por um ex comandante, [[Caspério Eliano]].<ref name="lendering-casperius-aelianus">{{Citar web | apelido=Lendering | nome=Jona | título=Casperio Eliano | url=http://www.livius.org/cao-caz/casperius/aelianus.html | editorial=[http://www.livius.org livius.org] | ano=2005 | dataaccesso=2007-09-22 }}</ref> Assim mesmo, com o generoso ''donativum'' outorgado aos soldados após a sua entronização, aguardou a que a calma voltasse. Contudo, os pretorianos consideraram estas medidas insuficientes, e exigiram a execução dos assassinos de Domiciano, o qual o prudente Nerva recusou.<ref name="vitor-caesaribus-12-7">[[Aurélio Víctor]] (atrib.), ''Epitome de Caesaribus'' [http://www.roman-emperors.org/epitome.htm 12.7].</ref> Todos estes fatores conduziram à crise mais grave do reinado de Nerva.
 
Embora a rápida transferência do poder após a morte de Domiciano tenha impedido uma guerra civil, a posição de Nerva como imperador pronto se tornou vulnerável demais, e a sua natureza benevolente converteu-se numa dificuldade para impor a sua autoridade. Após a sua ascensão ao trono, ordenara o fim dos juízos por traição, mas ao mesmo tempo não foi permitido o ajuizamento dos informantes do senado. Esta medida levou o caos, com todo o mundo agindo no seu próprio interesse ao tempo que tratava de ajustar contas com os [[seus]] inimigos pessoais, levando o cônsul Frontão a realizar a observação de que "é mau ter um imperador que não permite fazer nada, mas é pior ter um cuja regência roça a permissibilidade total".<ref name="deu-history-lxviii-1" /> Em princípios de [[97]], uma conspiração encabeçada pelo senador [[Calpúrnio Crasso]] fracassou, mas uma vez mais Nerva recusou assassinar os conspiradores, em grande parte devido à desaprovação do senado.<ref name="vitor-caesaribus-12-6">[[Aurélio Víctor]] (atrib.), ''Epitome de Caesaribus'' [http://www.roman-emperors.org/epitome.htm 12.6]</ref><ref>Crasso exilou-se em [[Tarento]] e durante o reinado do imperador [[Adriano]] seria executado.</ref>
 
A situação agravou-se ainda mais pela falta de um claro sucessor, urgente por causa da velhice e da doença de Nerva.<ref>[[Dião Cássio]] descreve Nerva vomitando após uma comida, veja-se [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/68*.html#1.3 Deu, LXVIII.1.3]</ref> Não teve filhos e somente parentes afastados, inadequados para os cargos políticos. Um sucessor teria de ser eleito dentre os governadores ou os generais do Império e parece que em [[97]], Nerva estava considerando a possibilidade de adotar [[Públio Cornélio Nigrino]], o poderoso governador da [[Síria (província romana)|Síria]].<ref name="lendering-pliny-nerva">{{Citar web | apelido=Lendering | nome=Jona | título=Plinio, Nerva y Trajano | url=http://www.livius.org/pi-pm/pliny/pliny_y2.html#trajan | editorial=[http://www.livius.org livius.org] | dataaccesso=2007-08-13 }}</ref> Isto recebeu uma dura oposição por parte dos partidários do comandante militar mais popular do Império, [[Trajano|Marco Úlpio Trajano]], mais habitualmente conhecido como ''Trajano'', general dos exércitos de [[Germania]].<ref name="lendering-pliny-nerva" />