David Melgueiro: diferenças entre revisões

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==Biografia==
Segundo um relato de um diplomata e espião [[França|francês]] em Portugal, o ''Seigneur de La Madelène'' (ou ''Madeleine''), o capitão David Melgueiro, ao comando dum navio holandês de nome ''O Pai Eterno'', teria partido de [[Tanegashima]]<ref>http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1941/N1276/N1276_master/GazetaCFN1276.pdf</ref>], no [[Japão]], em [[14 de Março]] de [[1660]], tendo dirigido-se para [[Norte]], entrado no [[Oceano Ártico]] por aquilo que é hoje o [[Estreito de Bering]] (então chamado ''estreito de Aniam''), percorrido latitudes tão setentrionais como 84º N, avistado enfim o arquipélago de [[Svalbard]], onde inflectiu o seu percurso para o [[Sul]], passado ao largo da [[Escócia]] e da [[Irlanda]], para finalmente vir atracar na foz do [[Rio Douro|Douro]], cerca de [[1662]]. De acordo com La Madelène, foi aí que – seguindo um testemunho de um marinheiro de [[Le Havre]] que acompanhou Melgueiro até ao fim da sua vida – terá falecido o explorador português no ano de [[1673]].
 
La Madelène escreveu o seu relato somente em [[1701]] (sendo portanto uma testemunha não coeva do sucedido), e parece ter sido assassinado quando saía de Portugal, tentando fazer chegar ao governo francês as suas assombrosas informações; o texto apareceu somente século e meio mais tarde, quando foi dado à estampa ([[1853]]), e causou desde logo as mais sérias desconfianças por parte dos investigadores, dada a aparente simplicidade do feito, sem mais provas que o corroborassem (até porque o relato é omisso no tocante a eventuais dificuldades durante a viagem), ainda para mais se atendermos ao facto de a viagem se ter realizado numa época ([[século XVII]]), que a crítica moderna descobriu ter tido um clima bem menos ameno que o hodierno, o que poderia muito bem complicar a viagem pelo meio dos gelos setentrionais.