Vespasiano: diferenças entre revisões

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|nome =Tito Flávio Vespasiano
|título =[[Imperador romano]]
|imagem =[[FicheiroImagem:Vespasianus03 pushkin.jpg|250px]]
|legenda =''Busto de Vespasiano'', cópia no [[Museu Pushkin]], baseado em original no [[Museu do Louvre]]
|reinado =[[1 de julho]] de [[69]] — [[23 de junho]] de [[79]]
|nome completo =Tito Flávio Sabino Vespasiano
|nascimento ={{dni|17|11|9|sem idade|lang=br}}
|cidadenatal =[[{{ilc|Falácrinas||Falacrinae]]}}
|morte ={{falecimento e idade|23|6|79|17|11|9|lang=br}}
|cidademorte =[[Roma]]
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|mãe =Vespásia Pola
}}
'''Tito Flávio Sabino Vespasiano''' ({{lang-la|''Titus Flavius Vespasianus''}}, perto de [[Rieti]], [[17 de novembro]] de [[9]] — [[{{ilc|Água Cutília||Águas Cutílias|Aquae Cutiliae]]}}, [[23 de junho]] [[79]]), foi um [[imperador romano]], o primeiro da [[dinastia flaviana]], que ocupou o poder em [[69|69 d.C.]], logo após o suicídio de [[Nero]] ([[68|68 d.C.]]) e o conturbado [[ano dos quatro imperadores]] ([[69|69 d.C.]]). Foi proclamado imperador pelos seus próprios soldados em [[Alexandria]]. Sucederam-lhe sucessivamente dois dos seus filhos, [[Tito Flávio|Tito]] e [[Domiciano]].
 
De origem modesta, descendia de uma família do ''[[Equites|ordo equester]]'' que atingira o [[Senado Romano|classe senatorial]] durante os reinados dos imperadores da [[dinastia júlio-claudiana]]. Designado [[cônsul romano|cônsul]] em [[51|51 d.C.]], ganhou renome como comandante militar, destacando-se na [[conquista romana da Britânia|invasão romana da Britânia]] ([[43|43 d.C]]). Comandou as forças romanas que fizeram face à [[primeira guerra judaico-romana]] de [[66|66 d.C.]] Quando se dispunha a sitiar [[Jerusalém]], a capital rebelde, o imperador [[Nero]] suicidou-se, mergulhando o império num ano de [[guerra civil|guerras civis]] conhecido como o "[[ano dos quatro imperadores]]". Após a rápida sucessão e falecimento de [[Galba]] e [[Otão]] e a ascensão ao poder de [[Vitélio]], os [[exército da Roma Antiga|exércitos]] das [[província romana|províncias]] do [[Egito (província romana)|Egito]] e [[Judeia (província romana)|Judeia]] proclamaram Vespasiano imperador a [[1 de julho]] de [[69|69 d.C.]] No seu caminho para o trono imperial, Vespasiano aliou-se com o [[governador romano|governador]] da [[Província romana|província]] da [[Síria (província romana)|Síria]], [[Caio Licínio Muciano]], quem conduziu as tropas de Vespasiano contra Vitélio, enquanto o próprio Vespasiano tomava o controle sobre a província do [[Egito (província romana)|Egito]]. A [[20 de dezembro]], Vitélio foi derrotado e ao dia seguinte Vespasiano foi proclamado imperador pelo [[Senado romano|senado]].
 
Pouca informação sobreviveu aos dez anos de governo de Vespasiano. Destaca-se o programa de reformas financeiras que promoveu, tão necessário após a queda da dinastia júlio-claudiana, a sua bem-sucedida campanha militar na Judeia e os seus ambiciosos projetos de construção como o Anfiteatro Flávio, conhecido popularmente como o [[Coliseu Romano]].
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Reformulou o senado e a [[Ordem Equestre]] e desenvolveu um sistema educativo mais amplo. Reprimiu a sublevação da [[Gália]], mas incompatibilizou-se com os meios senatoriais.
 
O período de seu governo ficou marcado por uma eficaz administração econômica quer na [[Roma|capital do império]] quer nas províncias, com um aumento significativo do [[tributo]] anual e a implementação de medidas econômicas muito mais severas, o que permitiu atingir níveis de progresso assinaláveis nas finanças do Estado, tendo inclusive angariado fundos para a construção do templo dedicado a [[Júpiter Capitolino]] e para o Coliseu de Roma. Após a sua morte a [[23 de junho]] de [[79|79 d.C.]], foi sucedido no trono pelo seu filho maior, [[Tito (imperador)|Tito]].
 
== Família e carreira ==
[[FicheiroImagem:Colosseo di notte.01.jpg|thumb|esquerda|300px|O [[Coliseu de Roma]], também chamado de Anfiteatro Flávio.]]
Vespasiano nasceu em [[Falacrinae]], no território dos [[Sabinos]], perto de [[Rieti]]. O seu pai era um membro do ''ordo equester'' que se enriqueceu como arrecadador de impostos na [[província romana]] da [[Ásia (província romana)|Ásia]] e como prestamista na [[Helvécia]], onde viveu durante algum tempo. A sua mãe, [[Vespásia Pola]], era irmã de um senador.
 
Vespasiano nasceu em [[{{ilc|Falácrinas||Falacrinae]]}}, no território dos [[Sabinos]], perto de [[Rieti]]. O seu pai era um membro do ''ordo equester'' que se enriqueceu como arrecadador de impostos na [[província romana]] da [[Ásia (província romana)|Ásia]] e como prestamista na [[Helvécia]], onde viveu durante algum tempo. A sua mãe, [[Vespásia Pola]], era irmã de um senador.
A pedido da sua mãe, Vespasiano seguiu a carreira política do seu irmão Tito Flávio Sabino. Serviu no exército como [[tribuno militar]] em [[Trácia]] ([[36|36 d.C.]]) No ano seguinte foi eleito [[questor]] e serviu em [[Creta e Cirene]]. Foi ascendendo pelo ''[[Cursus honorum]]'' sendo eleito [[edil romano|edil]] em [[39|39 d.C.]] e [[pretor]] em [[40]], aproveitando a oportunidade para se congraçar com o imperador [[Calígula]].
 
A pedido da sua mãe, Vespasiano seguiu a carreira política do seu irmão Tito Flávio Sabino. Serviu no exército como [[tribuno militar]] em [[Trácia]] ([[36|36 d.C.]]) No ano seguinte foi eleito [[questor]] e serviu em [[Creta e CireneCirenaica]]. Foi ascendendo pelo ''[[Cursus honorum]]'' sendo eleito [[edil romano|edil]] em [[39|39 d.C.]] e [[pretor]] em [[40]], aproveitando a oportunidade para se congraçar com o imperador [[Calígula]].
Por essa época contraiu matrimônio com [[Domitila Maior|Flávia Domitila]], a filha de um cavaleiro de Ferentium. Vespasiano e Flávia tiveram dois filhos, [[Tito (imperador)|Tito]] e [[Tito Flávio Domiciano|Domiciano]] e uma filha, chamada [[Domitila Menor|Domitila]]. Foi então que Flávia faleceu, e Vespasiano converteu a Cenis, sua amante, na sua esposa em tudo menos no nome.
 
Por essa época contraiu matrimônio com [[Domitila Maior|Flávia Domitila]], a filha de um cavaleiro de FerentiumFerêncio. Vespasiano e Flávia tiveram dois filhos, [[Tito (imperador)|Tito]] e [[Tito Flávio Domiciano|Domiciano]] e uma filha, chamada [[Domitila Menor|Domitila]]. Foi então que Flávia faleceu, e Vespasiano converteu a Cenis, sua amante, na sua esposa em tudo menos no nome.
Quando [[Cláudio]] foi designado imperador em [[41|41 d.C.]], Vespasiano foi designado [[legado (Roma)|''legatus'']] da ''[[Legio II Augusta]]'', estacionada na [[Germânia]]. Esta nomeação foi devida à influência do [[liberto]] [[Império Romano|imperial]], [[Tibério Cláudio Narciso]].
 
Quando [[Cláudio]] foi designado imperador em [[41|41 d.C.]], Vespasiano foi designado [[legado (Roma)|''legatus''legado]] da ''[[Legio II Augusta]]'', estacionada na [[Germânia]]. Esta nomeação foi devida à influência do [[liberto]] [[Império Romano|imperial]], [[Tibério Cláudio Narciso]].
 
=== Invasão da Britânia ===
Em [[43|43 d.C.]], Vespasiano e a ''[[Legio II Augusta]]'' participaram na [[Conquista romana da Britânia#44 - 60|invasão romana da Britânia]]. O futuro imperador distinguiu-se nesta campanha sob o comando de [[Aulo Pláucio]]. Após participar nas batalhas cruciais de [[Batalha do Rio Medway|Medway]] e [[Batalha do rio Tâmisa|Tâmisa]], Pláucio enviou-o a sudoeste, e ordenou-lhe penetrar no território hostil através das terras que hoje são os modernos condados de [[Hampshire]], [[Wiltshire]], [[Dorset]], [[Somerset]], [[Devon]] e [[Cornualha]]. O general romano queria com este movimento assegurar os portos da costa sul e os portos com minas de estanho de Cornualha e as minas de prata de Somerset.
 
Vespasiano marchou sobre [[Noviomagus Reginorum]] ([[Chichester]]) a fim de subjugar as tribos de [[Durotrigenes]] e [[Dumnonios]].<ref>A History of Britain, Richard Dargie (2007), p. 20</ref> Capturou 20 [[ópido]]s (fortalezas situadas no alto das colinas), submeteu a duas poderosas nações e reduziu Vectis.<ref>A moderna [[ilha de Wight]]</ref> Além disso, estabeleceu uma fortaleza e uma colônia de legionários veteranos em ''Isca Domnoniorum''. À sua volta a Roma foi recompensado com [[triunfo romano|escolhias triunfais]] (''ornamenta triunphalia'').
 
=== Carreira política ===
Vespasiano foi eleito [[cônsul romano|cônsul]] por volta de finais de [[51|51 d.C.]], após o qual se retirou da vida pública, à qual regressou em [[63|63 d.C.]] sendo nomeado [[governador romano|governador]] da [[administração provincial romana|província]] da [[África (província romana)|África]]. Segundo [[Tácito]],<ref>[[Tácito]], ''Histórias'', 97</ref> o seu governo foi "infame e odioso", mas segundo [[Suetônio]],<ref>[[Suetônio]], [[As vidas dos doze césares]]'', ''Vida de Vespasiano'', 4</ref> foi "reto e honorável". O ditame deste segundo ajusta-se mais à realidade pois, pelo general, os cargos de governador eram vistos pelos ex-cônsules como perfeitas oportunidades para fazer fortuna e recuperar o dinheiro que usaram nas suas campanhas políticas. A corrupção estava tão difundida que tudo governador voltava da sua província com os bolsos cheios. Contudo, Vespasiano empregou o seu tempo no cargo para fazer amizades em vez de dinheiro; algo que seria muito mais valioso nos anos seguintes. Durante o seu tempo na África do Norte, sofreu dificuldades financeiras e teve de liquidar parte das suas propriedades. Para recuperar a sua fortuna, ressuscitou o comércio com mulas, o que lhe valiou o apelido de ''mulio''.<ref>Condutor de mulas.</ref>
 
Após o seu regresso da África, viajou para [[Grécia]] integrado no séquito do imperador [[Nero]]. Porém, perdeu o favor imperial por não mostrar suficiente atenção<ref>Algumas fontes sugestionam que ficou dormido durante uma interpretação</ref> aos recitais do imperador com a lira. Por esta época, a carreira de Vespasiano entrou num ponto morto.
 
=== Guerra judaico-romana ===
[[FicheiroImagem:Sestertius - Vespasiano - Iudaea Capta-RIC 0424.jpg|thumb|200px|Denário com [[efígie]] de Vespasiano. Comemorativo da sua vitória na [[Judeia (província romana)|Judeia]].]]
 
{{Artigo principal|Primeira guerra judaico-romana}}
Em [[66|66 d.C.]], Vespasiano foi designado para conduzir a guerra contra os rebeldes judeus da [[Judeia (província romana)|Judeia]], que ameaçava o bem-estar das [[província romana|províncias romanas]] do Oriente. Esta rebelião conduzira ao assassinato do anterior governador e fizera fugir a [[Caio Licínio Muciano]], governador da [[Síria (província romana)|Síria]], quando este tentou restaurar a ordem na zona. Duas [[legião romana|legiões]], com oito esquadrões de cavalaria e 10 '' [[coorte]]s'' [[tropas auxiliares romanas|auxiliares]], foram enviados para a província sob o comando de Vespasiano, além das tropas que formavam a guarnição. O seu filho maior, [[Tito (imperador)|Tito Flávio Sabino Vespasiano]], serviu como ajudante pessoal. Durante a guerra Vespasiano tornou-se patrono de [[Flávio Josefo]], um líder da resistência judaica que em ''[[A Guerra dos Judeus]]'' oferece uma visão próxima do futuro imperador e do seu herdeiro Tito durante a guerra.
 
== Ano dos quatro imperadores ==
[[FicheiroImagm:Roman Empire 69AD.PNG|thumb|400px|esquerda|Mapa do Império durante o [[Ano dos quatro imperadores]].]]
{{Artigo principalAP|[[Ano dos quatro imperadores]]}}
Após a morte de [[Nero]] em [[68|68 d.C.]], Roma sofreu uma sequência de efêmeros imperadores e guerras civis. [[Galba]] foi assassinado por [[Otão]], o que foi derrotado por [[Vitélio]]. Os partidários de Otão, procurando outro candidato ao trono ao que apoiar, decidiram-se por Vespasiano.
 
Segundo [[Suetônio]], uma profecia alegou que os futuros imperadores viriam do Oriente. Vespasiano acabou acreditando que esta profecia se referia a ele, e uma série de oráculos e augúrios aos que consultou reforçaram esta crença.
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== Imperador Vespasiano ==
=== Sequelas da Guerra Civil ===
[[FicheiroImagem:020 Vespasian.jpg|thumb|direita|200px|Moeda com a [[efígie]] de Vespasiano]]
Vespasiano foi declarado imperador pelo [[Senado romano|senado]] enquanto estava na [[administração provincial romana|província]] de [[Egito (província romana)|Egito]] em dezembro de [[69|69 d.C.]].<ref>Os egípcios proclamaram-no imperador em junho desse mesmo ano</ref> A administração do império ficou nas mãos do antigo governador da [[Síria (província romana)|Síria]] e aliado de Vespasiano, [[Caio Licínio Muciano]], auxiliado pelo filho do imperador, [[Domiciano]]. Durante o seu governo, Muciano iniciou a reforma fiscal que devia restaurar os fundos do império. Após a chegada de Vespasiano a Roma em finais de [[70|70 d.C.]], Muciano pressionou o imperador de modo a que recolhesse tantos impostos como lhe for possível.<ref name="ReferenceA">[[Dião Cássio]], ''História Romana'', LXVI.2</ref>
 
Vespasiano e Muciano ressuscitaram velhos impostos e instituíram outros novos, aumentaram o tributo das [[província romana|províncias]] e vigiaram constantemente os funcionários públicos do tesouro.
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Devido à austeridade demonstrada por Vespasiano, o comportamento da sociedade romana mudou em diversos aspectos.
 
Em princípios de [[70|70 d.C.]], Vespasiano estava ainda no [[Egito (província romana)|Egito]]. Segundo [[Tácito]], a viagem foi adiada por causa do mau tempo.<ref>[[Tácito]], ''Histórias'' IV</ref> Contudo, os historiadores modernos sustêm que Vespasiano ficou a fim de consolidar o seu poder na província.<ref>Sullivan, Phillip, "A Note on Flavian Accession", ''The Classical Journal'', 1953, p. 67-70</ref> Começaram a circular pelo Egito histórias a respeito da divindade do imperador.<ref name="ReferenceA"/> Durante este período estouraram protestos em [[Alexandria]] motivadas pela nova política fiscal do imperador, que causaram que os envios de grão a Roma parasse. Porém, Vespasiano conseguiu restaurar o fornecimento, pois a população da capital imperial estava à beira de desfalecer de inanição.<ref name="ReferenceA"/>
 
O levantamento do Egito aumentou ainda mais a crise que experimentava o império, crise motivada pelas guerras civis que açoitavam estas terras. A rebelião da [[Judeia (província romana)|Judeia]] foi finalmente sufocada por Tito em [[66|66 d.C.]], após a captura de [[Jerusalém]]. Em janeiro de [[70|70 d.C.]], a [[Gália]] experimentou um levantamento conhecido como a rebelião dos [[batávios]]. Os rebeldes eram antigos [[tropas auxiliares romanas|auxiliares]] comandados por [[Caio Júlio Civil]] e [[Júlio Sabino]], que reclamava a sua condição de imperador da Gália na sua condição de descendente vivo de [[Júlio César]]. As forças sublevadas derrotaram e absorveram duas legiões romanas antes de serem derrotadas em finais de ano pelo cunhado de Vespasiano, [[Quinto Petílio Cerial]].
 
=== Chegada a Roma ===
Vespasiano regressou para Roma em meados de [[70|70 d.C.]]. Era a primeira vez que entrava na cidade como imperador. À sua chegada, o novo líder do império empreendeu de imediato uma série de manobras políticas destinadas a consolidar e legitimar a sua posição:
 
* A fim de previr o seu amotinamento, ofereceu presentes aos [[cidadania romana|cidadãos]] e ao [[exército da Roma Antiga|exército]].<ref>[[Dião Cássio]], '''História Romana'', LXVI.10</ref><ref name="ReferenceB">[[Suetônio]], ''[[As vidas dos doze césares]]'', Vida de Vespasiano 8</ref>
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=== Obras e conspirações ===
[[FicheiroImagem:Colosseum in Rome, Italy - April 2007.jpg|thumb|leftesquerda|280px|''[[Coliseu de Roma|Anfiteatro Flávio]]''. Iniciado durante o reinado de Vespasiano e terminado pelo seu filho [[Tito (imperador)|Tito]].]]
Pouca informação fica do reinado de Vespasiano entre [[71|71 d.C.]] e [[79|79 d.C.]]. Os historiadores afirmam que ordenou a construção de diversos edifícios públicos e que sobreviveu de uma série de conspirações urdidas a fim de derrocá-lo:
* O imperador tratou de reconstruir Roma, a capital do Império, após o ''[[Ano dos quatro imperadores]]''.
** Construiu o ''Templo da Paz'' e o de ''Cláudio Deificado''.<ref name="ReferenceC"/>
** Erigiu uma colossal estátua do deus [[Apolo]], a qual fora projetada durante o reinado do imperador Nero, ao que dedicou uma parte do ''Teatro de Marcelo'' ([[75|75 d.C.]])
** Começou a construção do [[Coliseu]].
* Segundo Suetônio, Vespasiano foi vítima de constantes conspirações,<ref>[[Suetônio]], ''[[As vidas dos doze césares]]'', Vida de Vespasiano 25</ref> embora somente seja conhecida a encabeçada por [[Aulo Cecina Alieno]] e [[Éprio Marcelo]] ([[78|78 d.C.]]/[[79|79 d.C.]]), homens de confiança do imperador.
 
=== Agrícola e morte ===
No fim do reinado de Vespasiano, em [[78|78 d.C.]], o [[general]] romano [[Cneu Júlio Agrícola]] foi enviado para a [[administração provincial romana|província]] da [[Britânia (província romana)|Britânia]]. Lá Agrícola consolidou o poder romano, e ampliou a província até o a atual [[Escócia]]. A [[23 de junho]] de [[79|79 d.C.]], Vespasiano faleceu vítima de uma inflamação intestinal, que o conduziu a um excesso de diarreia. Segundo Suetônio, as suas últimas palavras foram:<ref>[[Suetônio]], ''[[As vidas dos doze césares]]'', Vida de Vespasiano 23.4</ref>
 
{{Quote1|''Vae, puto deus fio!''<ref>Ai! Acho que estou virando deus!</ref>}}
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|width="30%" align="center"|Precedido por:<br />'''[[Fábio Valente]]''' e '''[[Árrio Antonino]]'''
|width="40%" align="center"|'''Cônsul do Império Romano com
[[Tito Flávio Sabino Vespasiano]]'''<br />[[70|70 d.C.]] — [[72|72 d.C.]]
|width="30%" align="center"|Sucedido por:<br />'''[[Domiciano]] e [[Lúcio Valério Catulo Messalino]]'''
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|width="30%" align="center"|Precedido por:<br />'''[[Domiciano]]''' e '''[[Lúcio Valério Catulo Messalino]]'''
|width="40%" align="center"|'''Cônsul da República de Roma com
[[Tito Flávio Sabino Vespasiano]]'''<br />[[74]] - [[77|77 d.C.]]
|width="30%" align="center"|Sucedido por:<br />'''[[Décimo Júnio Nóvio Prisco Rufo]] e [[Lúcio Ceônio Cômodo]]'''
|-
|width="30%" align="center"|Precedido por:<br />'''[[Décimo Júnio Nóvio Prisco Rufo]]''' e '''[[Lúcio Ceônio Cômodo]]'''
|width="40%" align="center"|'''Cônsul da República de Roma''' <br />[[79|79 d.C.]]
|width="30%" align="center"|Sucedido por:<br />'''[[Tito (imperador)|Tito Flávio Sabino Vespasiano]]''' e ''' [[Domiciano]]'''
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