Eslavos meridionais: diferenças entre revisões

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===Relações com Bizâncio===
{{AP|prefixo=Mais informações|Thema da Dalmácia}}
Os registos literários bizantinos, como por exemplo João de Éfeso, entre outros, mencionam raides eslavos na Grécia durante a década de 580. De acordo com fontes posteriores, como os ''[[Milagres de Demétrio de Tessalônica|Milagres]] de [[Demétrio de Tessalônica|São Demétrio]]'', os {{ilc|Drugobitas||Drougoubitai|Draguvitas}}, {{ilc|Sagudates||Sagoudatai|Sagudati}}, {{ilc|[[Belegezitas||Belegezitai}}]], [[Berzitos]] e {{ilc|Baionetas|Baionetas (povo)|Baiounetai|Baionetas}} cercaram [[Salonica]] em 614-616, um evento que apesar de tudo teve relevância apenas regional. Em 626, uma força combinada de ávaros, búlgaros e eslavos [[Cerco de Constantinopla (626)|cercaram Constantinopla]]. O fracasso do cerco teve repercussões importantes no poderio e prestígio do [[canato]] ávaro. Houve mais cercos eslavos a Salonica e em 677 uma coligação de {{ilc|Rinquitas||Rynchitai}}, Sagudates, Drugobitas e {{ilc|Estromanos||Stroumanoi}} atacaram a cidade. Desta vez os Belegezitas não participaram e chegaram a fornecer cereais aos sitiados.
 
Há diversas fontes medievais que atestam a presença de eslavos na Grécia. Quando estava a caminho da [[Terra Santa]] em 732, {{ilc|São Vilibaldo||São Willibaldo|Willibaldo}} ''«chegou à cidade de [[Monemvasia]], na terra da Eslavínia»''. Esta passagem da obra ''Vita Willibaldi'' (lit. "Vida de Vilibaldo") é interpretada como uma indicação da presença eslava no interior do Peloponeso. Referindo-se à epidemia de [[Peste bubônica|peste]] de 744-747, {{Lknb|Constantino|VII}} escreveu no {{séc|X}} que ''«toda a região'' [do Peloponeso] ''estava eslavizada»''. A ''[[Crónica de Monemvasia]]'', que cobre o período entre 587 e 805, relata que os eslavos dominavam no Peloponeso ocidental, mas a parte oriental, juntamente com [[Atenas]] estava nas mãos dos bizantinos. No entanto, a fiabilidade das fontes existentes é motivo de debate. Por exemplo, enquanto o [[bizantinista]] [[Peter Charanis]] considera a ''Crónica de Monemvasia'' uma fonte fiável, outros historiadores salientam que ela exagera o impacto dos raides eslavos e ávaros na Grécia. [[Max Vasmer]], um proeminente [[Linguística|linguista]] e [[Línguas indo-europeias|indo-europeísta]], complementa os registos medievais tardios enumerando 429 topónimos eslavos só no Peloponeso. No entanto, há algum debate sobre até que ponto a presença destes topónimos reflete uma ocupação eslava compacta, pois eles podem não advir do primitivo povoamento eslavo.