Valentino (usurpador): diferenças entre revisões

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'''Valentino''' ({{langx|el|Οὐαλεντῖνος/Βαλεντῖνος}}) foi um general e usurpador [[Império Bizantino|bizantino]]. De acordo com [[Sebeos]], Valentino era de origem armênia, sendo descendente da [[Dinastia arsácida da Arménia|clã real arsácida]].{{harvref|name=Winke70|Winkelmann|2001|p=70}}{{harvref|name=Kazh2151|Kazhdan|1991|p=2151}} Foi inicialmente um membro da comitiva do [[sacelário]] [[Filágrio]], e foi encarregado no começo de 641 pelo imperador [[Constantino III (imperador)|Constantino III]] (r. fevereiro-maio de 641) de distribuir dinheiro as tropas de modo a assegurar a lealdade delas para seu filho infante [[Constante II|Constante]], e não para a facção da imperatriz de [[Martina (imperatriz)|Martina]], viúva de [[Heráclio]]. É possível que ele tenha sido apontadonomeado como general ou plenipotentiário do [[exército bizantino]], ou que tenha ostentado o posto de [[conde do obséquio]].{{harvref|Winkelmann|2001|p=70-72}}
 
No evento, contudo, sobre a morte do imperador Constantino em maio de 641, Martina e seu filho [[Heraclonas]] tomaram o poder, enquanto os partidários de Constante, dentre os quais Filágrio, foram banidos. Neste ponto, Valentino, que tinha levado a cabo sua missão e garantiu o apoio do exército, liderou as tropas em todo o [[Bósforo]] a partir de [[Constantinopla]] para [[Calcedônia (cidade)|Calcedônia]] onde exigiu que Constante se tornasse co-imperador.<ref name=Winke70 /> Cedendo a essa pressão, no final do setembro Constante foi coroado co-imperador por Heraclonas. Em um esforço de reduzir a importância deste ato, contudo, Heraclonas também elevou ao mesmo tempo como co-imperadores seus irmãos mais novos Davi e Marino. O próprio Valentino foi "recompensado" com o título de [[conde dos excubitores]]. No entanto, de acordo com o registro de Sebeos, foi Valentino que projetou a queda final e mutilação de Martina e Heraclonas poucos meses depois, e impôs Constante como único imperador bizantino.<ref name=Kazh2151 />{{harvref|Winkelmann|2001|p=70; 72}}
 
No início de 642, Valentino foi, portanto, o homem mais poderoso no Império Bizantino e aparentemente foi prestado honras quase-imperiais, principalmente por ser autorizado a usar a [[púrpura imperial]]. No mesmo período foi apontadonomeado comandante-em-chefe do exército bizantino, e sua filha [[Fausta (esposa de Constante II)|Fausta]] casou-se com Constante II sendo ela proclamada ''[[augusta (título)|augusta]]''.{{harvref|name=Winke71|Winkelmann|2001|p=71}} Em 643/644, Valentino liderou uma campanha contra os árabes, supostamente em um [[movimento de pinça]] com outro exército sob o general armênio de nome Davi. O exército de Valentino, contudo, foi derrotado e ele mesmo teria entrado em pânico e fugido, deixando seu tesouro para ser capturado pelos árabes.{{harvref|Winkelmann|2001|p=70-71}}
 
Em 644 ou 645, Valentino tentou usurpar o trono de seu genro. Ele aparece em Constantinopla com um contingente de tropas, e exigiu ser coroado imperador. Seu apelo pelo trono, contudo, falhou, desde que tanto a população da capital como o principais homens do Estado, e acima de tudo o [[Patriarca Ecumênico de Constantinopla|patriarca]] [[Paulo II de Constantinopla|Paulo II]], rejeitaram sua aclamação. De acordo com as crônicas, a população linchou seu enviado Antonino antes de prosseguir para matar o próprio Valentino.<ref name=Winke71 />