Espectrometria de massa: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 7:
== SIMS ==
[[File:IMS3F pbmf.JPG|thumb|Antigo SIMS de setor magnético, modelo CAMECA IMS 3f, cujos sucessores foram os modelos 4f, 5f, 6f, 7f e o mais moderno, 7f-Auto, lançado em 2013.]]
O Espectrômetro de Massa por Ionização Secundária ou '''SIMS''', chamado também de ''ion probe'', é por excelência aplicado a análises [[Elemento (química)|elementares]] e [[isótopo|isotópicas]] em [[Ciência dos materiais|materiais]], [[mineral|minerais]], [[metal|metais]] e [[semicondutor]]es. No caso do NanoSIMS 50L<ref>[http://www.cameca.com/instruments-for-research/nanosims.aspx NanoSIMS - Espetrômetro de Massa por Íons Secundários, modelo 50L, Cameca]</ref>, além das tradicionais aplicações, há centenas de publicações científicas também em [[microbiologia]] e [[biologia celular]]. O SIMS dinâmico de setor magnético é um equipamento essencial para analisar [[Elemento (química)|elementos]] presentes em baixíssimas concentrações ou para se obter razões isotópicas de uma pequena parte da amostra. A ionização é realizada com impacto de feixe de íons de [[oxigênio]] ou [[césio]]. Com [[microscópio|microscopia ótica]] acoplada ao próprio equipamento e com detecção de elétrons secundários, os operadores selecionam a região de interesse (ROI). Até este ponto, a operação é similar à de uma microssonda eletrônica e permite análises sem destruição total das amostras. Para as análises, são necessários padrões de amostras na maioria dos espectrômetros. Dois modelos de SIMS destacam-se em datações de U-Pb. O primeiro foi desenvolvido na França, e sua linhagem deu origem ao tradicional IMS 1280<ref>[http://www.cameca.com/instruments-for-research/ims1280.aspx SIMS - Espetrômetro de Massa por Íons Secundários, modelo IMS 1280-HR, Cameca]</ref>, utilizado pela [[NASA]] no Projeto Apollo. Recentemente,Hoje a [[NASA]] utilizoupossui uma versão mais moderna, IMS 1280-HR (High Resolution), que foi amplamente usado na [[Stardust (sonda espacial)|Missão Stardust]] e na [[Genesis (sonda espacial)|Missão Gênesis]], em parceria com a [[Universidade do Havaí|University of Hawaii'i at Manoa]]<ref>[http://www.higp.hawaii.edu/ion_microprobe.html Hawai'i Institute of Geophysics & Planetology.]</ref>. Embora SIMS sejam muito consagrados nos mais diversos materiais, o modelo 1280-HR especificamente notabilizou-se na geoquímica, na cosmoquímica, nas aplicações nucleares, na separação de isótopos e na geocronologia com análise de U-Pb para datações de minerais. Um outro modelo, Shrimp, realiza em torno de 50 datações U-Pb por dia. Mais recentemente, foi criado o NanoSIMS para atender a diversas novas aplicações em [[Geociências]] e [[Biologia|Biociências]], que exigem não apenas aquela otimizada resolução espectral dos primeiros SIMS, mas também uma boa resolução espacial (ou resolução lateral). Dependendo da amostra a ser observada, o NanoSIMS pode chegar à resolução espacial de até 30 nanômetros. É uma equipamento primordial de microanálise, mas que permite também mapeamento por imagem em duas ou três dimensões. Além das análises elementares, o NanoSIMS detecta isótopos com monocoleta (1 detector) ou até 7 detectores (FC ou EM) com excelente resolução em massa. NanoSIMS estão distribuídos mundialmente entre universidades e centros de pesquisa de [[América do Norte]], [[Europa]], [[Ásia]] e [[Austrália]]. No Brasil, há projetos em andamento em universidades e instituições públicas federais e estaduais com o objetivo de conseguir a aprovação de verba para o primeiro NanoSIMS da América Latina.
 
== TIMS ==