Grande Prêmio de Mônaco de 1988: diferenças entre revisões

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m A experiência de Senna na qualificação, relatada mais tarde pelo próprio
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* Ninguém discutia quem seria o pole-position em Mônaco. A expectativa era para ver quem estaria ao lado de Ayrton Senna na primeira fila. Foi Alain Prost novamamente, mas desta vez com a considerável - e incômoda - inferioridade de 1,5 segundo em relação ao brasileiro.
Senna referiu mais tarde esta sessão de treinos qualificativos como uma ocasião muito especial:
 
"…a última sessão de qualificação. Eu já estava com a pole, por meio segundo à frente do segundo colocado, e depois um segundo. De repente, eu estava próximo de abrir dois segundos à frente dos outros, incluindo meu companheiro de equipe com o mesmo carro. Então eu percebi que eu não estava mais pilotando com consciência. Eu pilotava por instinto, me sentia numa outra dimensão. Era como se eu fosse entrar num túnel. Não apenas o túnel sob o hotel, mas todo o circuito parecia um túnel. Eu estava apenas indo e indo, mais e mais e mais… Eu estava acima dos limites e achava que ainda era possível buscar alguma coisa mais. Então, de repente, alguma coisa me tocou. Um tipo de despertar ao perceber que eu estava em outra atmosfera, diferente daquela que normalmente eu estava. Minha reação imediata foi a de retornar, reduzir. Eu dirigi lentamente aos boxes e não quis mais sair de novo naquele dia. Isso me apavorou porque eu estava consciente. Isso me acontece raramente, mas eu guardei essas experiências bem vivas dentro de mim porque é muito importante para a sobrevivência."<ref>http://tributoaayrtonsenna.weebly.com/curiosidades.html</ref>
 
Senna assumiu fácil o comando da corrida e desfilava nas curvas do principado sem tomar conhecimento das brigas de Alain Prost (McLaren-Honda) contra as Ferrari de Gerhard Berger e Michele Alboreto. De repente, o susto. Na 66ª volta, a doze do final, Ayrton Senna bateu perto da curva do cassino. Desconcentrou-se quando tinha folgados 55.114 segundos de vantagem sobre Alain Prost e jogou fora aquela que seria uma das suas vitórias mais fáceis.
Ayrton Senna não era supersticioso mas, sempre que possível, evitava passar por aquela curva no caminho da sua casa em Monte Carlo. Inclusive a pé.