Bernardo José de Lorena: diferenças entre revisões

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{{Info/Biografia
'''Bernardo José Maria de Lorena e Silveira''', quinto [[conde de Sarzedas]], ([[Campo Grande (Lisboa)|Campo Grande]], [[20 de Abril]] de [[1756]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[1818]]) foi um [[fidalgo]] e administrador colonial [[portugal|português]].
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'''Bernardo José Maria de Lorena e Silveira''', quinto [[conde de Sarzedas]], ([[Campo Grande (Lisboa)|Campo Grande]], [[{{dtlink|lang=pt|20 de Abril]] de [[|4|1756]]}} — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[{{dtlink|lang=pt|||1818]]}}) foi um [[fidalgo]] e administrador colonial [[portugalPortugal|português]].
 
==Origem==
Há duas versões sobre a origem de Bernardo de Lorena:
 
A primeira versão é que seria filho de Nuno Gaspar de Lorena, nascido em [[1704]], moço fidalgo, era veador da rainha D. Maria I, tenente-general, governador das armas do Alentejo e de D. Maria Inácia da Silveira (nascida em [[1723]]), era ao mesmo tempo sua cunhada, pois no primeiro casamento de D. Nuno Gaspar casara com sua irmã mais velha, segundo informa «''Nobreza de Portugal''», tomo III, página 363. Dona Maria Inácia era por sua vez riquíssima, filha do segundo casamento do antigo governador de Minas Gerais, Dom [[Brás Baltazar da Silveira]] (conforme se lê nas páginas de ''Genea Portugal'' na internet).
 
A segunda versão, feita por pesquisadores do [[Caso Távora]], é que ele era apenas filho de criação de Nuno Gaspar de Lorena, mas de fato filho bastardo do rei [[D. José I]] com a "Marquesa Nova" ([[Tereza de Távora]]), esposa de D. [[Luís Bernardo de Lorena e Távora]], 4.º [[Marquês de Távora]], executado junto com os demais Távoras em [[1759]]. Sendo assim, Bernardo de Lorena era meio irmão de D. [[Maria I de Portugal|Maria I]], a qual sucedeu no trono a seu pai [[D. José I]], e que lhe concedeu cargos e honrarias, e seu nascimento, em [[1758]], provocou a Conspiração dos Távoras, o [[Caso Távora]]. Nuno Gaspar teria sido pai de criação por ter sido o 4º Marquês de Távora executado e Tereza de Távora presa em convento, onde ficou até falecer.
 
Essa afirmação teve origem em [[Saint-Hilaire]], que o conheceu no [[Brasil]], e escreveu sobre Bernardo de Lorena e Frei Lourenço do [[Caraça]] em seu livro "Viagem pelas capitanias de [[Rio de Janeiro]] e de [[Minas Gerais]]". A amizade de Frei Lourenço do Caraça com Bernardo de Lorena despertou as suspeitas de Saint-Hilaire, pois o misterioso frei é visto, até hoje, como um dos muitos fugitivos do [[Caso Távora]] e era de [[São João da Pesqueira]], lugar de senhorio dos Távoras, e era da família Figueiredo, ligada aos Távoras.<ref>http://www.novomilenio.inf.br/cubatao/lorenab.htm</ref><ref>_____,Minas Gerais, Roteiro Cultura das Cidades Históricas, Embratur, 1979</ref>
 
Moço fidalgo com exercício nomeado em [[3 de fevereiro]] de [[1766]]; capitão de cavalaria agregado à 1ª Corte. Grã-cruz da Ordem de São Tiago e comendador da [[Ordem de Cristo]]; capitão-general de [[Minas Gerais]] e Vice-rei da [[Índia]]. Em [[1786]] recebeu a carta de conselheiro. A [[19 de agosto]] de [[1786]] nomeado, por Dona Maria I, [[Governador|capitão-general governador]] da [[capitania de São Paulo]], no [[Brasil]], cargo de que só tomou posse a [[5 de junho]] de [[1788]] (mas ''Nobreza de Portugal'' cita outra data: 25 de julho).
 
Duas datas diferentes também são dadas para seu nascimento e sua morte: Alguns afirmam que ele nasceu em [[Lisboa]], no dia [[20 de abril]] de [[1758]]. O nascimento de Bernardo, filho bastardo, teria então causado a Conspiração dos Távora contra o rei.
 
Outros dizem ter ele nascido em [[20 de abril]] de [[1756]], em Campo Grande, em Portugal, falecendo em Lisboa em [[1818]], ou no Rio de Janeiro em [[1819]].
 
==No Brasil==
Seu governo em São Paulo durou nove anos, terminando em [[28 de junho]] de [[1797]]. Entre suas obras mais importantes, a [[Calçada do Lorena]], o primeiro caminho calçado com pedras na [[Serra do Mar]] que ligou o [[litoral]] ao [[planalto]] e à cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]. Terminado este seu gpverno, que durou até [[28 de junho]] de [[1797]], quando entregou o mando a António Manuel de Melo Castro e Mendonça, foi render o [[Visconde de Barbacena]] no governo da província de [[Minas Gerais]]. Ali fundou a cidade de [[Campanha]].
 
Concluída em [[1805]] a comissão, foi agraciado com o título de 5º [[Conde de Sarzedas]], como descendente de um irmão do 1º conde de Sarzedas.
 
==No Reino==
Nomeado conselheiro de capa e espada do [[Conselho Ultramarino]], deputado da Junta de administração do Tabaco, e finalmente a [[17 de setembro]] de [[1806]] vice-rei da Índia.
 
==Na Índia==
Em [[1806]] foi nomeado vice-rei da [[Índia]], que governou por também nove anos até [[29 de Novembro]]novembro de [[1816]]. Tal título havia sido extinto em [[1774]].
 
Entrou a barra de [[Goa]] a [[27 de maio]] de [[1807]], sendo recebido com entusiasmo por vir investido na dignidade de vice-rei, que em [[1774]] fora suprimida pelo [[marquês de Pombal]]. Achavam-se ainda em Goa uns 30 mil e tantos soldados ingleses que ocupavam a cidade sob pretexto de a proteger contra empresas dos franceses. No governo de Veiga Cabral, seu antecessor, «homewm inábil e de curtas vistas», os ingleses governavam a pretexto de defender Goa das tropas m«napoleônicas. As tropas lhe haviam sido impostas pelo Marquês de Wellesley, irmão do [[duque de Wellington]]. Não sucedeu, porém, assim com o Conde: Sarzedas mostrou dignidade e força de caráter.
 
Só a [[1º de novembro]] de [[1810]] começaram os ingleses a retirar-se. A [[2 de abril]] de [[1813]] saiu de Goa o último regimento.
 
Sarzedas governou a Índia durante nove anos. Conseguiu a extinção completa da [[Inquisição]] de Goa, restabelecida em [[1779]], na reação contra a política pombalina, e conseguiu revigorar a autoridade portuguesa com tato e firmeza.
 
Entregando o governo ao seu sucessor, o 1º [[conde de Rio Pardo]], a [[29 de novembro]] de [[1816]], retirou-se para Lisboa, onde veio a falecer três anos depois.
 
==Descendência==
Deixou filhos legitimados por despacho do [[Desembargo do Paço]] em [[4 de abril]] de [[1818]]. Entre eles,
#D. [[Francisco de Assis de Lorena e Silveira]] (nascido em [[1780]]) que casou com Maria Rita de Almeida de Sousa e Faro, sendo pais de D. [[Bernardo Heitor da Silveira e Lorena]] ([[7 de abril]] de [[1810]]-[[12 de dezembro]] de [[1871]]), feito 6º [[conde de Sarzedas]], que casou com Luísa Pereira Garcez Palha e foram pais de D. [[Francisco de Assis da Silveira e Lorena]], 7º [[conde de Sarzedas]].
#D. Maria Ignácia da Silveira
#D. Maria de Paula e Lorena
 
{{Referências}}
 
==Ver também==
*[[Lista de governadores de Minas Gerais]]
 
{{referências}}
 
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{{Caixa de sucessão
|título=[[Conde de Sarzedas]]
|anos=? — [[1756]]
|antes=[[Teresa Inês Marcelina Vitória da Silveira]]
|depois=[[Bernardo Heitor da Silveira e Lorena]]
}}
{{Caixa de sucessão
|título=[[Anexo:Lista de governadores de São Paulo|Governador de São Paulo]]
|anos=[[1788]][[1797]]
|antes=[[José Raimundo Chichorro da Gama Lobo]]
|depois=[[António Manuel de Melo Castro e Mendonça]]
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{{Caixa de sucessão
|título=[[Anexo:Lista de governadores de Minas Gerais|Governador de Minas Gerais]]
|anos=[[1797]][[1803]]
|antes=[[Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro]]
|depois=[[Pedro Maria Xavier de Ataíde e Melo]]
}}
{{Caixa de sucessão
|título=[[Anexo:Lista de governadores da Índia Portuguesa|Vice-Rei e Capitão-Geral da Índia Portuguesa]]
|anos=[[1806]][[1816]]
|antes=[[Francisco Antônio da Veiga Cabral da Câmara|Francisco António da Veiga Cabral da Câmara]]
|depois=[[Diogo de Sousa, conde do Rio Pardo]]