Inscrição de Beistum: diferenças entre revisões
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}}[[Categoria:Patrimônio Mundial da UNESCO no Irão]]
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A '''inscrição de Behistun''' (também '''Bisitun''' ou '''Bisutun''';{{Langx|fa|بیستون}}) é para a [[escrita cuneiforme]] o que a [[Pedra de Roseta]] é para os [[hieróglifo]]s: o documento mais importante no deciframento de uma língua até então esquecida. Localiza-se na [[província de Kermanshah]], no [[Irã]], no [[Monte Behistun]].
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== A inscrição ==
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O texto da inscrição é uma declaração de Dario I, escrita três vezes em três alfabetos e línguas diferentes: duas línguas lado a lado, persa antigo e elamita, e babilônio acima delas. Dario governou o [[Império Aquemênida]] de
A inscrição tem aproximadamente 15 m de altura por 25 m de largura, e fica a 100 m de altura numa falésia à beira de uma antiga estrada ligando as capitais da [[Babilônia]] e do império dos [[Medas]] (Babilônia e [[Ecbátana]], respectivamente). Ela é praticamente inacessível, pois a parte lateral da montanha foi removida a fim de tornar a inscrição mais visível após sua finalização. O texto em persa antigo contém 414 linhas em cinco colunas; o texto em elamita inclui 593 linhas em oito colunas e o texto babilônio está disposto em 112 linhas. A inscrição foi ilustrada com um [[Baixo relevo|baixo-relevo]] de Dario em tamanho real, dois servos e 10 figuras de 1 metro representando os povos conquistados; o [[deus]] [[Aúra-Masda
== Na
A primeira menção histórica conhecida da inscrição foi feita pelo [[Grécia|grego]] [[Ctésias|Ctésias de Cnidos]], que notou sua existência por volta de
Após a queda do Império Aquemênida e de seus sucessores, e o desaparecimento da escrita cuneiforme, o significado da inscrição foi esquecido e interpretações e origens fantasiosas tornaram-se a norma. Durante séculos, em vez de ser atribuída a Dario — um dos primeiros reis persas — acreditou-se ser do reino de [[
== Descoberta ==
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Foi somente em 1598, quando o britânico [[Robert Sherley]] avistou a inscrição durante uma missão [[Diplomacia|diplomática]] na Pérsia por conta da [[Áustria]], que a inscrição reteve a atenção dos estudiosos europeus. Sherley chegou à conclusão que se tratava de uma imagem representando a [[ascensão de Jesus|ascensão de Jesus Cristo]]. Falsas interpretações bíblicas pela parte dos europeus foram comuns durante os dois séculos seguintes, incluindo a ideia de que se tratasse de Cristo e seus [[apóstolo]]s, ou as tribos de [[Israel]] e [[Salmanaser I|Salmanaser da Assíria]].
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== Decifração ==
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Em possessão do texto persa, e com aproximadamente um terço do [[silabário]] fornecido pelo especialista alemão [[Georg Friedrich Grotefend]], Rawlinson começou a trabalhar na decifração do texto. Por sorte, a primeira seção do texto continha uma lista dos reis persas idêntica àquela mencionada por Heródoto, e comparando os nomes e os caracteres, em 1838 Rawlinson foi capaz de decifrar os caracteres cuneiformes usados no persa antigo.
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