Alamanos: diferenças entre revisões

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== Conflitos com o Império Romano ==
Os alamanos estavam em estado contínuo de conflito com o [[Império Romano]]. Eles iniciaram a mais importante invasão da [[Gália]] e norte da [[Península Itálica]] em [[268]], quando os romanos foram forçados a expor grande parte da sua fronteira germânica enquanto respondiam à massiva invasão dos [[godos]]. <ref>{{Citar livro|nome=Gilberto de Mello |sobrenome=Kujawski |página=63-65 |título=Império E Terror |editora=IBRASA |ano=2003 |páginas=215 |isbn=9788534802239 |idioma=|url= }}</ref>
 
Seus saques em toda a Gália foram traumáticos: [[Gregório de Tours]] (morto c. [[594]]) menciona sua força destrutiva à época de Valério e [[Galiano]] ([[253]]-[[260]]), quando os alamanos reunidos sob seu "rei", a quem eles chamavam [[Chrocus]], "pelo aviso, é dito, de sua pátria, invadiram tudo dos gauleses, e destruíram todos os templos até as fundações, templos que haviam sido construídos em tempos antigos. E, chegando a [[Clermont-Ferrand|Clermont]], incendiaram, derrubaram e destruíram aqueles santuários que eles chamavam ''Vasso Galatae'' na língua galesa", martirizando muitos cristãos ([http://www.fordham.edu/halsall/basis/gregory-hist.html#book3 ''Historia Francorum'' Livro I.32–34]). Dessa forma, galo-romanos partidários de Gregório, cercados pelas ruínas dos templos romanos e prédios públicos, atribuíram a destruição por eles vista às incursões saqueadoras dos alamanos.
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== Alamanos e Francos ==
O reino (ou ducado) da [[Alamânia]] entre [[Estrasburgo]] e [[Augsburgo]] durou até [[496]], quando os alamanos foram conquistados por [[Clóvis I]] na [[batalha de Tolbiac]]. A guerra com os alamanos formou o cenário da conversão de Clóvis, brevemente descrita por [[Gregório de Tours]]. <ref>{{Citar livro|nome=Henry R. |sobrenome=Loyn |página=11 |título=Dicionário da Idade Média |editora=Zahar |ano=1990 |páginas=370 |isbn=9788571101517 |idioma=|url= }}</ref><ref>{{citar web | autor=Fordham University |publicado=Internet History Sourcebooks Project | titulo=Gregory of Tours ([539-594): The Conversion of Clovis | data= | formato= |url=http://www.fordham.edu/halsall/source/gregory-clovisconv.html#n30asp Book|língua=inglês II.31]).| acessodata=1 de maio de 2014}}</ref> Subsequentemente os alamanos passaram a fazer parte dos domínios [[francos]] e foram governados por um duque franco.
 
Em [[746]], [[Carlomano (filho de Carlos Martel)|Carlomano]] acabou com um levante alamano executando sumariamente toda a nobreza alamana em Cannstatt, e por todo o século seguinte, a Alamânia foi governada por duques francos. Após o [[Tratado de Verdun]] de [[843]], a Alamânia se tornou uma província do reino oriental de [[Luís o Germânico]], precursor do [[Sacro Império Romano-Germânico]]. <ref>{{Citar livro|nome=Paulino |sobrenome=Jacques |página= |título=O governo parlamentar e a crise brasileira |editora=Editora Universidade de Brasília |ano=1982 |páginas=221 |isbn= |idioma=|url= }}</ref> O ducado persistiu até [[1268]].
 
== Lista de governantes alamanos ==
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;Reis
*[[Chrocus]] ([[306]])
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*[[Gibuldo]] (Gebavult) (c. [[470]])
*[[Takraff]] ([[471]]-[[538]])
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;Duques sob [[lista de reis merovíngios|domínio franco]]
*[[Butilino]] ([[539]]-[[554]])
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*[[Lantfrido]] ([[709]]-[[730]])
*[[Teudebaldo]] ([[709]]-[[744]])
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== Cristianização ==
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adicionou-se a isso a particular crueldade dos alamanos na destruição de santuários cristãos e pilhagem de igrejas enquanto os francos genuínos eram respeitosos em relação a esses santuários. Agátias expressa sua esperança de que os alamanos poderiam assumir melhores maneiras através do prolongado contato com os francos, o que em todos os aspectos finalmente aconteceu.
 
Os apóstolos dos alamanos foram [[São Columbano]] e seu discípulo São Galo. [[Jonas de Bobbio]] registra que São Columbano estava em atividade em [[Bregenz]], onde interrompeu um sacrifício a [[Odin|Woden]]. Por algum tempo, os alamanos parecem ter continuado suas atividades cultuais [[Paganismo|pagãs]], com apenas elementos superficiais ou [[sincretismo|sincréticos]] cristãos. Particularmente, não há mudanças nas práticas funerárias, e sepulturas guerreiras continuaram a ser erigidas por todo o período merovíngio. O sincretismo do tradicional culto animal germânico com o simbolismo cristão também está presente nas artes, mas o simbolismo cristão se torna mais e mais preponderante durante o {{séc|VII}}. Diferente da cristianização dos saxões e dos eslavos, os alamanos parecem ter adotado o cristianismo gradativamente, e voluntariamente, disseminado pela imitação da elite merovíngia. <ref>{{Citar livro|nome=Josef et. al. |sobrenome=LENZENWEGER |página=35 |título=História da Igreja Católica |editora=Edições Loyola |ano= |páginas=394 |isbn=9788515030408 |idioma=|url= }}</ref>
 
De cerca de [[520]] até [[620]], houve uma onda de inscrições do tipo [[Elder Futhark]]. Cerca de 80 amostras sobreviveram, aproximadamente metade delas em fíbulas, outras em fivelas de cintos e em outras jóias e partes de armas. O uso de [[runas]] decai com o avanço do cristianismo.
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A Alamânia perdeu sua identidade jurisdicional distinta quando [[Carlos Martel]] a absorveu dentro do império franco, no começo do {{séc|VIII}}. Hoje, o alemânico é um termo linguístico que se refere à [[alemão alemânico|língua alemânica]], abrangendo os dialetos do sul de dois terços do estado alemão de [[Baden-Württemberg]], do oeste do estado alemão da [[Baviera]], do estado austríaco de [[Vorarlberg]], o [[suíço-alemão]] da [[Suíça]] e a [[língua alsaciana]] da [[Alsácia]] ([[França]]).
 
{{referências}}
== Referências ==
 
== Bibliografia ==
*''Franks and Alamanni in the Merovingian Period: An Ethnographic Perspective (Studies in Historical Archaeoethnology)''; Ian Wood (Foreword) ISBN 1-84383-035-3