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{{Ver desambig|filme francês de [[1990]], com [[Alain Delon]]|Nouvelle vague (filme)}}
{{Cinema}}
A '''Nouvelle vague''' (''Nova onda'') foi um movimento artístico do [[cinema]] [[França|francês]] que se insere no movimento contestatáriocontestatório próprio dos anos sessenta. No entanto, a expressão foi lançada por [[Françoise Giroud]], em [[1958]], na revista ''L’Express'' ao fazer referência a novos cineastas franceses. Sem grande apoio financeiro, os primeiros [[filme]]s conotados com esta expressão eram caracterizados pela juventude dos seus [[autor]]es, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas para o cinema mais comercial<ref>http://cri-image.univ-paris1.fr/celine/celine.html Historia do cinema</ref>.
 
== História ==
Com a decadência, logo após a [[Segunda Guerra Mundial]], do [[realismo poético francês]], escola cinematográfica em que o roteirista ganha muito destaque em detrimento do papel do diretor, alguns jovens cinéfilos e críticos de cinema se reuniram para restabelecer o conceito de cinema de autor que vigorou na França até o início da década de 1930.
O marco inaugural deste movimento é considerado o filme ''Nas Garras do Vício ([[Le Beau Serge]])'', do diretor [[Claude Chabrol]]. Logo em seguida, surgiram filmes que se tornaram clássicos como ''[[O Acossado|Acossado]]'' (A Bout de Souffle, 1959) e ''[[Alphaville (filme)|Alphaville]]'' (1965), de [[Jean-Luc Godard]], e também ''[[:pt:Les_quatre_cents_coups|Os Incompreendidos]]'' ([[Les Quatre Cents Coups]], 1959) e ''[[Jules et Jim]]'' (1962) de [[François Truffaut]].
 
== Cineastas ==
Os cineastas mais relevantes desse movimento são [[Jean-Luc Godard]], [[François Truffaut]], [[Alain Resnais]], [[Jacques Rivette]], [[Claude Chabrol]], [[Eric Rohmer]] e [[Agnès Varda]], sendo que grande parte trabalhava com crítica de cinema na revista [[Cahiers Du Cinéma]].
 
São muitos os autores que a partir desse momento são "rotulados" com a ''“nouvelle“Nouvelle vague”Vague”'', apesar de muitos, depois, terem seguido caminhos mais académicosacadêmicos, como [[Roger Vadim]], que rapidamente passou de "autor de cinema" para directordiretor de filmes mais comerciais, ao revés das normas estabelecidas pelo estilo. Do mesmo é acusado [[Claude Chabrol]] (autor de obras importantes da vaga, como "''[[:pt:Le_Beau_Serge|Um Vinho Difícil]]''" ou "''[[:pt:Os_Primos|Entre Primos]]''")...
 
== Características ==
As características mais marcantes deste estilo são a intransigência com os moldes narrativos do cinema estabelecido, através do [[amoralismo]], próprio desta geração, presente nos diálogos e numaem uma montagem inesperada, original, sem concessões à linearidade narrativa. Os autores desta nova forma de filmar detestavam muitos dos grandes sucessos caseiros do cinema francês. Votaram ao anátema as obras de [[Jean Delannoy]], [[Christian-Jacque]], [[Gilles Grangier]], Aurenche e Bost (argumentistas). Ao mesmo tempo elevaram à divindade os mestres do ''[[film noir]]'' americano, [[Jean Renoir]], [[Robert Bresson]], [[Jacques Tati]] e [[Jean Vigo]] elevaram à divindade os mestres do ''[[film noir]]'' americano.
 
De fato, foram essencialmente os colaboradores da revista ''[[Cahiers du Cinéma|Cahiers du cinéma]]'' que, depois de teorizarem sobre a sétima arte e as exigências de um cinema de autor – postulando a importância decisiva do realizador na autoria do filme – se lançam na criação do que consideraram ser o cinema.
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== Atualidade ==
Paulatinamente, desta energia de juventude, cada um seguirá o seu caminho, uns mais fiéis que outros àquilo que defenderam. Godard continua o seu cinema difícil e muitas vezes pretensioso, experimental até à exaustão: sempre tocando nos limites do que é o cinema. Truffaut segue pelo caminho de um classicismo que lhe grangeia uma grande quantidade de admiradores... [[Alain Resnais]], parco no número de filmes, desde que apresenta "''Hiroshima, mon amour''" (no mítico ano de [[1959]]), vai-foi se consolidando como um Guru respeitável, autor de alguns dos mais importantes filmes de sempre, no que diz respeito a esse tão desejado título de "Cinema de Autor" ("''[[:pt:O_ano_passado_em_Marienbad|O Último Ano em Marienbad]]''", "''Providence''").
 
== Legado ==
Esse estilo influenciou toda a cinematografia mundial. Mesmo nos [[Estados Unidos]], os realizadores da "[[Nova Hollywood]]", como [[Robert Altman]], [[Francis Ford Coppola]], [[Brian de Palma|Brian De Palma]], [[Martin Scorsese]] e [[George Lucas]], renderam homenagem à vaga que começou a frutificar com o "''[[:pt:Bonnie_and_Clyde|Bonnie and Clyde]]''" de [[Arthur Penn]], prolongando-se esta influência do final dos anos sessenta até aos anos setenta.
Muitos dos cineastas que iniciaram este novo estilo reuniam-se em cineclubes para discutir as obras americanas e assim terem base para a forma antagônica que iriam aplicar em seus trabalhos. Os cineastas da Nouvelle Vague, conhecidos como "os novos turcos", geraram também a ruptura com o cinema totalmente de estúdio, que era o que imperava na França da década de 401940.
Incorporaram estilos e posturas da [[Pop Art]] ao [[teatro épico]], textos de Balzac, Manet e Marx.
Havia em seus filmes um questionamento novo, um erotismo pungente e até um [[romantismo]] [[tragicômico]].