Justiniano Clímaco da Silva: diferenças entre revisões

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=== Mudança para Londrina ===
Nas décadas de [[Década de 1930|30]] e [[Década de 1940|40]], nascia no norte do [[Paraná]] a cidade de [[Londrina]]. A empresa inglesa [[Companhia de Terras Norte do Paraná]] dividiu a região em lotes pequenos e, portanto, pagáveis por aqueleaqueles que se dispusessem a fundar uma cidade em meio à floresta. Região de terra fértil, ainda na década de 30, as safras de [[café]] mostraram-se espetaculares, trazendo riqueza e dando à cidade o epíteto de "Capital do Café." Consequentemente, atraiu imigrantes de diversas culturas, raças e países. Entretanto, diversas epidemias, da [[febre amarela]] ao [[tifo]] e [[malária]], flagelavam os londrinenses <ref name="uel" />
 
Em [[1938]], Clímaco interessou-seviu pelasalgumas propagandas sobre a cidade e interessou-se. Um tio que morava no Paraná lhe informou dos problemas de saúde que assolavam a cidade, e portanto da demanda por serviços de saúde, o que inspirou o médico a mudar-se.<ref name="estadao" /><ref name="uel" />
 
{{Quote2|Quando ele (''[seu tio)]'' disse que dava febre amarela: então imaginei, está pra mim. É pra lá que eu vou! Se tem doença precisa de médico.|Justiniano Clímaco da Silva}}
 
=== Desafios na nova cidade ===
Londrina, sendo uma cidade nova e remota, tinha uma infraestrutura precária e carência de materiais médicos, mas o Doutor Preto compensava estas necessidades com um atendimento notadamente generoso e humilde. Utilizava técnicas quase artesanais de diagnóstico. Também atendia, praticamente sem cobrar, a população mais pobre, que não tinha meios de pagar.<ref name="uel" />
 
Clímaco possuía um folclórico [[Ford Model A (1928)|Ford Model A]], ano 1928]], com o que rodava as fazendas e sítios em seus [[Cuidado em domicílio|atendimentos domiciliares]]. O carro também era utilizado para levar pacientes graves a [[Curitiba]]. Entretanto, embora Curitiba oferecesse melhor infraestrutura e maior disponibilidade de materiais, a viagem era dramática: quando não havia imprevistos, gastavam-se dois dias de viagem por 400 km de estradas de terra esburacadas, lamacentas e poeirentas.<ref name="uel" />
 
=== Fundação de hospitais e associações ===
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=== Atuação política ===
Em [[1947]], o doutor Clímaco candidatou-se e foi eleito [[deputado estadual]] pelo [[Partido Social Democrático (1945-2003)|Partido Social Democrático]],<ref name="alep" /> tornando-se o primeiro deputado de Londrina. Neste cargo, foi convidado por [[Manoel Ribas|Manuel Ribas]], então [[Interventor federal|interventor]], a ser prefeito de Londrina, mas rejeitou a nomeação. De fato, a vida política não lhe caiu muito bem: não só se sentia solitário em [[Curitiba]] como lhe fazia falta a atuação médica. Após seu mandato, não atuou mais em cargo eletivo,<ref name="uel" /> embora tenha sido candidato a vice-[[prefeito]] na chama do [[Aliança Renovadora Nacional|ARENA]].<ref name=":0">''Aos 92 anos, morre o médico Clímaco da Silva.'' [[Jornal de Londrina]], 28 de agosto de 2000, p. 3a. ''in'' ''O Doutor Preto Justiniano Clímaco da Silva: a presença negra pioneira em Londrina''</ref>
 
=== Falecimento ===
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Em [[1997]], a [[Assembleia Legislativa do Paraná]] concedeu ao médico o título de [[cidadão honorário]] do estado.<ref name="uel" />
 
Em [[2002]], a [[Câmara Municipal de Londrina]] atribuiu à Unidade de Saúde do [[Conjunto Vivi Xavier|Conjunto Habitacional Vivi Xavier]] o nome ''Dr. Justiniano Clímaco da Silva''.<ref name="uel" />
 
{{referências}}