François Rabelais: diferenças entre revisões

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'''Françhois Rabelaiche''' ([[Chinon]], [[1494]] — [[Paris]], [[9 de abril]] de [[1553]]) foi um [[literatura|escritor]], [[padre]] e [[médico]] [[françaFrança|francês]] do [[Renascimento]], que usou, também, o [[pseudônimo]] '''Alcofribas Nasier''', (um [[anagrama]] de seu verdadeiro nome).<ref>{{Citar web|url=http://educacao.uol.com.br/biografias/francois-rabelais.jhtm|título=François Rabelais - Biografia - UOL Educação|publicado=educacao.uol.com.br|acessodata=16 de abril de 2012}}</ref>
 
Ficou para a posteridade como o autor das obras primas cómicas ''[[Pantagruel]]'' e ''[[Gargântua]]'', que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como obras clássicas. O [[escatologismo]] éfoi usado para condenação humorística. A exuberância da sua criatividade, do seu colorido e da sua variedade literária asseguramasseguraram a sua popularidade. No entanto, como poeta, éfoi um precursor da moderna [[Poesia visual|poesia visual]], como no poema " A Divina Garrafa", texto poético inserido na ilustração de uma garrafa.<ref>[http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/fran%C3%A7ois_rabelais.html Miranda, Antonio. FRANÇOIS RABELAIS - Poesia visual. Página visualizada em 11/06/2014.]</ref>.
 
==Biografia==
 
Os detalhes da vida de Rabelais, são esparsos e de muito difícil interpretação. Foi um sacerdote de fraca vocação, erudito apaixonado pelo saber, de espírito ousado e com propensão para as novidades e para as reformas. Depois de aparentemente ter estudado Direito, tornou-se franciscano e iniciou os seus contatos com o movimento humanístico, trocou correspondência com G. Budé e com [[Erasmo de Roterdão]].
 
Mais tarde mudou-se para o convento de [[Puy-Saint-Martin]] e a partir de [[1521]], ou talvez mais cedo, começou a receber ordens sacras. Depressa adquiriu fama de grande humanista junto dos seus contemporâneos, mas a sátira religiosa, o humor escatológico e as suas narrativas cómicas abriram-lhe o caminho para a perseguição. A sua vida estava dependente do poder de várias figuras públicas, nos tempos perigosos de intolerância que se viviam em França.
 
Por ordem da [[Sorbonne]], viu confiscados os seus livros, tendo então passado para a ordem dos beneditinos. InteressaInteressou-se pelo Direito e sobretudo pela [[Medicina]]. Médico em [[Lyon]], aí publicapublicou uma edição dos Aforismos de [[Hipócrates]], ''Pantagruel'', em [[1532]], seguido, em [[1534]], por ''Gargântua''. A protecção do cardeal J. [[Du Bellay]] salvasalvou-o da repressão da Sorbonne que lhe condenara a obra.
 
Depois de receber a permissão para o abandono do hábito, obtémobteve o doutoramento em Medicina. A publicação de ''[[Tiers Livre]]'', em [[1546]], obrigaobrigou-o a refugiar-se em [[Metz]] e a passar dois anos em [[Roma]]. Só com a protecção do cardeal J. Du Bellay lhe éfoi assegurada uma existência mais calma. O ''[[Quart Livre]]'', concluído em [[1552]], só foi publicado 11 anos após a sua morte.
 
Rabelais serviu-se da imaginação popular que herdara do espírito medieval, da estrutura narrativa das gestas, do estilo picaresco e da riqueza vocabular para versar alguns dos problemas mais decadentes do seu tempo, como a vivência religiosa, a administração da [[justiça]] ou a guerra justa.
 
Pretendeu libertar as pessoas da [[superstição]] e das interpretações adulteradas que a [[Idade Média]] alimentara, não indo emboraentretanto contra o Evangelho nem contra o valor divino. A obra de Rabelais constituiconstituiu uma das mais originais manifestações da crença do homem nas suas capacidades, simbolizadas pelo gigantismo das personagens. Inimigo da Idade Média, atacaatacou o génio da [[cavalaria]], a mania conquistadora, o espírito escolástico e sobretudo o sistema de educação. Rabelais renegou as tradições, a escolástica, o pedantismo monacal, a rotina dogmática da [[Universidade de Paris]].
 
O ensaísta russo [[Bakhtin]] analisou a obra rabelaisiana em A Cultura Popular na Idade Média: o contexto de François Rabelais; também em "O cronotopo de Rabelais", em ''Questões de Literatura e de Estética''
 
 
== Precedente do anarquismo ==
Em ''[[Pantagruel|Gargantua e Pantagruel]]'' ([[1532]]-[[1552|52]]), François Rabelais escreveu no Abby de [[Thelema]] (palavra grega que significa "vontade" ou "desejo"), umuma utopia imaginária onde seu princípio era "Faça Como Queira", lugar no qual não havia governantes ou governados. Graças a esta contribuição literária, bem como aos seus questionamentos críticos de fundo ético através da sátira aos governantes de seu tempo, Rabelais éfoi considerado por alguns anarquistas, entre eles [[Voltairine de Cleyre]], um importante precursor do pensamento ácrata no final do medievo.<ref>{{Citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/22753/anarchism/224798/Anarchism-in-the-arts|título=anarchism :: Anarchism in the arts -- Britannica Online Encyclopedia|publicado=www.britannica.com|acessodata=16 de abril de 2012}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.powys-lannion.net/Powys/LettrePowysienne/FRJCP.pdf|título=FRJCP|publicado=www.powys-lannion.net|acessodata=16 de abril de 2012}}</ref>
 
{{Referências}}