Binot Paulmier de Gonneville: diferenças entre revisões

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[[File:Binot Paulmier de Gonneville.jpg|thumb|upright|Binot Paulmier de Gonneville.]]
'''Binot Paulmier de Gonneville''' foi um [[navegador]] [[francês]], da [[Normandia]], que percorreu as costas do Brasil no século XVI<ref>"Binot Paulmier de Gonneville", in ''Je m'appelle Byblos'', [[Jean-Pierre Thiollet]], H & D, 2005, p. 230-233.</ref>.
 
Seu relato sobre a viagem, publicado em [[1869]], se intitula: " Campagne du navire l´Espoir de Honfleur 1503-1505. Relation authentique du voyage du capitaine de Gonneville ès Nouvelles Terres des Indes. Publiée intégralement pour la première fois avec une introduction et des éclaircissements par M. d´Avezac. Paris: Challamel, 1869."
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Descreve o primeiro encontro dos franceses com os índios americanos, precursor das narrativas de [[André Thevet|Thevet]], [[Jean de Léry|Léry]], [[Abbeville]] e [[D´Evreux]].
 
" A terra do pau-brasil" , diz a "''Brasiliana da Biblioteca Nacional''", pg. 33, "não despertara apenas o interesse de portugueses, espanhóis e italianos, mas também de franceses que logo se tornaram assíduos frequentadores da costa em busca da ibirapitanga ou ''oroboutan'', segundo [[André Thevet|Thevet]], ou ainda ''araboutan'', no dizer de [[Jean de Léry|Léry]]. Já em [[1504]] ocorre o primeiro contacto francês com o Brasil na viagem empreendida pelo capitão [[Normandia|normando]] Binot Paulmier de Gonneville, que narra sua experiência com os índios carijós, em [[Santa Catarina]]. Esse relato faz parte do conjunto de documentos que, independentemente do seu valor histórico ou artístico, é, em sua maioria, de informação comercial."
 
É o caso do panfleto Newen Zeytung auss Presill Landt´´ ou "[[A nova gazeta da terra do Brasil]]".
 
== História ==
Binot Paulmier de Goneville, nobre da [[Normandia]] (região norte da França), partiu do porto de [[Honfleur]] em [[24 de junho]] de [[1503]], no comando do navio l'Espoir (o Esperança), com destino às [[Índias Orientais]]. Após escala nas [[Cabo Verde]] e em vários trechos do litoral africano, chegou ao [[Cabo da Boa Esperança]], onde uma tempestade desviou seu navio da rota original e o fez vagar durante semanas pelo [[Atlântico]]. Em [[6 de janeiro]] de [[1504]], o capitão Gonneville ancorou nas proximidades do estuário de um pequeno rio, que ele compara ao Orne, no litoral sul do [[Brasil]]. Neste local, que muitos identificam como sendo a Praia da Tainha e Canto Grande em [[Santa Catarina]], permaneceu durante seis meses, estabelecendo amizade com os indígenas locais, liderados por um ancião chamado Arô Içá, a que os franceses, pelas características de sua língua natal, chamavam Arosca. Ao partir, Gonneville levou consigo o filho do [[cacique]] Arosca, Içá Mirim, então com 14 anos de idade, para "ensinar-lhe a arte da artilharia e mostrar-lhe a vida entre os cristãos", conforme assinala o escritor Carlos da Costa Pereira, em Um Capítulo da Expansão Bandeirante. Prometeu a Arosca que o traria de volta em 20 meses, mas o naufrágio do Espoir já no litoral da França o impediu de cumprir a palavra empenhada.
 
Içá-Mirim, acompanhado por um guerreiro da tribo Carijó, chamado Namoa, embarcou para a França e recebeu o batismo a bordo do Espoir, adotando o nome de Binot. Namoa faleceu na viagem, provavelmente de [[escorbuto]]. Içá-Mirim foi educado na França, e casou-se com Suzanne, uma das filhas do Capitão Binot Paulmier, com a condição de que os descendentes do casal usassem o nome e o brasão de armas da tradicional família francesa. Içá Mirim, ou Binot entre os franceses, nunca mais retornou ao Brasil, mas tornou-se um homem de grande importância e cultura, tendo recebido o título de [[Barão]]. Faleceu aos noventa e seis anos de idade. Tornou-se célebre o abade Jean de Gonneville, bispo de Saint Pierre de Lissieux, em Calvados, que era neto de Essomeric e que tentou localizar a Declaração de Viagem de seu trisavô Binot Paulmier, empreendimento no qual não teve sucesso. O documento da viagem foi encontrado no [[século XIX]], por [[Paul Gaffarel]], no Almirantado da Normandia. Foi graças a ele que se pôde reconstruir boa parte da história da heróica e ousada viagem do Conde Binot Paulmier de Gonneville, certamente o maior dos navegadores franceses do [[século XVI]].
 
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=={{Ligações externas}}==
* [http://www.ufsc.br/agecom/principal.php?id=2722 Vide]
 
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[[Categoria:Exploradores da França]]
[[Categoria:Viajantes do Brasil]]
[[Categoria:Livros de história do Brasil]].