República das Duas Nações: diferenças entre revisões

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{{!}}align=center style="border:0; vertical-align:middle;" {{!}} [[Ficheiro:Coat of Arms of the Polish-Lithuanian Commonwealth.svg|85px|Brasão da República das Duas Nações]]
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{{!}} colspan="2" style="vertical-align:top; text-align:center; border-top: solid 1px #aaa; font-size:85%; line-height: 140%;" {{!}} '''[[Lema]]'''<br />[[Latim]]: Si Deus Nobiscum quis contra nos<br />(''Se Deus está conosco, então quem estará contra nós?'')<br />[[Latim]]: [[Pro Fide, Lege et Rege]]<br />(''Pela Fé, pela Lei e pelo Rei'', a partir do [[século XVIII]])
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{{!}} colspan="2" style="text-align:center; font-size:95%; border-top: solid 1px #aaa; padding:0.6em 0em 0.6em 0em;" {{!}} [[Ficheiro:Polish-Lithuanian_Commonwealth_1635Lithuanian Commonwealth 1635.png|250px|center]] <small>A República em sua maior extensão (c. 1635)</small>
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! width=50% style="border-top:solid 1px #aaa; text-align:left; padding:0.6em 1em 0.6em 0em; font-size:95%; vertical-align:top"{{!}} [[Capital]]
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A '''República das Duas Nações''', conhecida também por '''Comunidade das Duas Nações''', '''Comunidade dos Dois Povos''', '''Comunidade Polaco-Lituana''' ou '''Primeira República da Polônia''', ([[Língua polonesa|polonês]]: ''Rzeczpospolita Obojga Narodów''; [[Língua lituana|lituano]]: ''Abiejų tautų respublika''), foi um dos maiores e mais populosos<ref name="pbs map">[http://www.pbs.org/wnet/heritage/episode5/atlas/map3.html# Heritage: Interactive Atlas: Polish-Lithuanian Commonwealth], último acesso em 3 de setembro de 2006 ''No seu apogeu, a República das Duas Nações compreendia cerca de 400.000 milhas quadradas e uma população multi-étnica de 11 milhões de habitantes.'' Para comparações de populações, ver também estes mapas: [http://homepage.interaccess.com/%7Enetpol/POLISH/historia/MAPY/1618.jpg], [http://homepage.interaccess.com/%7Enetpol/POLISH/historia/MAPY/1717.jpg]. </ref> países da [[Europa]] no [[século XVII]]. Sua estrutura política — [[república]] [[Aristocracia|aristocrática]], [[República Federal|semifederal]] e [[Confederação|semiconfederada]] — foi constituída em [[1569]], pela [[União de Lublin]], que uniu o [[História da Polónia|Reino da Polônia]] e o [[Grão-Ducado da Lituânia]], e durou nesta forma até a adoção da [[Constituição polonesa de 3 de maio de 1791|Constituição de 3 de maio de 1791]]. A República abrangia não apenas os territórios do que são hoje a [[Polônia]] e a [[Lituânia]], mas também todo o território da [[Bielorrússia]] e [[Letônia]], grande parte da [[Ucrânia]] e [[Estônia]] e a parte ocidental da atual [[Rússia]] (''[[óblast]]s'' de [[Smolensk (oblast)|Smolensk]] e [[Oblast de Kaliningrado|Kaliningrado]]). Originariamente as línguas oficiais da República eram o [[Língua polonesa|polonês]] e o [[latim]] (no [[Reino da Polônia]]) e o [[Rutênia|ruteno]] e o [[Língua lituana|lituano]]<ref>[http://i34.photobucket.com/albums/d101/no_name_2/Edt1458.jpg# Mes Wladislaus…], último acesso em 3 de setembro.</ref> (no Grão-Ducado da Lituânia).
 
A República foi uma extensão da [[União polaco-lituana|União Polaco-Lituana]], uma [[união pessoal]] entre aqueles dois Estados que existia desde [[1386]] (ver [[União de Krewo]]). O [[sistema político]] da República, freqüentemente chamado de [[Liberdade dourada|democracia dos nobres]] ou [[liberdade dourada]], foi caracterizado pela redução, por meio de leis, do poder do [[Monarca|soberano]] e pelo controle do [[Poder legislativo]] (''[[Sejm]]'') pela nobreza (''[[szlachta]]''). Este sistema foi o precursor das concepções modernas de ampla [[democracia]]<ref name="Janowski">Maciej Janowski, ''Polish Liberal Thought before 1918'', Central European University Press, 2001, ISBN 963-9241-18-0, Google Print: [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN9639241180&id=ieF7NYaEqQYC&pg=PA3&lpg=PA3&dq=Polish+Lithuanian+Commonwealth+federation&vq=4&sig=ePKU45u4CTs4btOI8KKxV4nwxA4 p.3], [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0887068332&id=8keIXDyF_EoC&pg=PA13&lpg=PA13&dq=Polish+Lithuanian+Commonwealth+federation&sig=7scGhSOWNHxZm7xKeUimB9Cr4D0 p.12]</ref> e de [[monarquia constitucional]],<ref name="Schroeder">Paul W. Schroeder, ''The Transformation of European Politics 1763-1848'', Oxford University Press, 1996, ISBN 0-19-820654-2, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0198206542&id=BS2z3iGPCigC&pg=PA84&lpg=PA84&dq=Poland+%22constitutional+monarchy%22&sig=VDTkfWKi5PAqIlCIKlGa6tha6lw Google print p.84]</ref><ref name="Ludwikowski">Rett R. Ludwikowski, ''Constitution-Making in the Region of Former Soviet Dominance'', Duke University Press, 1997, ISBN 0-8223-1802-4, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0822318024&id=qw8o0_c0m74C&pg=PA34&lpg=PA34&dq=Poland+%22constitutional+monarchy%22&sig=tFj2eSPXILPkUodrTTGxQtj7X4w Google Print, p.34]</ref><ref name="Sanford">George Sanford, ''Democratic Government in Poland: Constitutional Politics Since 1989'', Palgrave, 2002, ISBN 0-333-77475-2, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0333774752&id=tOaXi0hX1RAC&pg=PA11&lpg=PA11&dq=Poland+%22constitutional+monarchy%22&sig=lnh18en73lGnEOdO0GkC-mh42z0 Google print p.11 – monarquia constitucional], [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0333774752&id=tOaXi0hX1RAC&pg=PA3&lpg=PA3&dq=Poland+anarchy&sig=wQoLBVyfoT7MaBQ_66fD0LS_Nf4 p.3 - anarchy]</ref> bem como de [[federação]]..<ref name="Gella">Aleksander Gella, ''Development of Class Structure in Eastern Europe: Poland and Her Southern Neighbors'', SUNY Press, 1998, ISBN 0-88706-833-2, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0887068332&id=8keIXDyF_EoC&pg=PA13&lpg=PA13&dq=Polish-Lithuanian+Commonwealth+%22federation%22+Gella&sig=7scGhSOWNHxZm7xKeUimB9Cr4D0 Google Print, p.13]</ref> Os dois estados que compunham a República eram formalmente iguais, embora na realidade a Polônia fosse o parceiro dominante na união.<ref name="EB_Lublin">"Formalmente, a Polônia e a Lituânia eram para ser, componentes iguais na confederação, mas a Polônia tinha uma maior representação na Dieta e se tornou o parceiro dominante.""[http://www.britannica.com/eb/article-9049222 União de Lublin]". ''Encyclopædia Britannica''. (2006).[http://www.britannica.com/eb/article?tocId=9049222]</ref> A [[Igreja Católica Apostólica Romana]] tinha grande influência nos assuntos da República, mesmo assim o [[Estado]] foi capaz de manter uma relativa [[tolerância religiosa]],<ref name="Stephan">Halina Stephan, ''Living in Translation: Polish Writers in America'', Rodopi, 2003, ISBN 90-420-1016-9, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN9042010169&id=y6DiiTcheBsC&pg=PA373&lpg=PA373&dq=%22Polish-Lithuanian+Commonwealth%22+%22religious+tolerance%22&sig=7jfUlvptDx-pgOMmctVSJPY7i9s Google Print p. 373]. Citando a declaração do diário acadêmico Sarmatian Review: ''A República das Duas Nações era [[…]] caracterizada pela tolerância religiosa incomum na Europa pré-moderna''.</ref> embora o seu grau tenha variado com o tempo.<ref name="Feliks Gross">Feliks Gross, ''Citizenship and Ethnicity: The Growth and Development of a Democratic Multiethnic Institution'', Greenwood Press, 1999, ISBN 0-313-30932-9, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0313309329&id=I6wM4X9UQ8QC&pg=PA122&lpg=PA122&dq=Polish-Lithuanian+Commonwealth+religious+tolerance&sig=4DfNp5W5HoFxS_dc6gt3Jo8B4NQ Google Print, p.122 (notas)]</ref> Sua [[economia]] foi baseada principalmente na [[agricultura]]. Enquanto que o primeiro século da República foi uma [[era dourada]]<ref name="Dvornik">Francis Dvornik, ''The Slavs in European History and Civilization'', Rutgers University Press, 1986, ISBN 0813507995, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0813507995&id=LACpYP-g1y8C&dq=%22Polish+Golden+Age%22&lpg=PA302&pg=PA300&sig=CoBl3_FwIWUTHlT8Kaf_zK8bc1s Google Print, p.300.]</ref><ref name="Baron">Salo Wittmayer Baron, ''A Social and Religious History of the Jews'', Volume 16 (Late Middle Ages and Era of European Expansion, 1200-1650; Poland-Lithuania, 1500-1650), Columbia University Press, 1976, ISBN 0231088531, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0231088531&id=yOhnpXB_gQcC&pg=PA3&lpg=PA3&dq=%22Poland's+Golden+Age%22&sig=52Obkys3BZMGq0U96nN8RMGTQU0 Google Print.]</ref> tanto para a Polônia quanto para a Lituânia, o segundo século foi marcado por derrotas militares, um retorno à [[servidão]]<ref name="Domar">[http://www.j-bradford-delong.net/movable_type/2003_archives/001447.html The Causes of Slavery or Serfdom: A Hypothesis], discussão e texto completo online de Evsey Domar (1970) "The Causes of Slavery or Serfdom: A Hypothesis," Economic History Review 30:1 (março), pp. 18-32</ref> para os camponeses e o crescimento do [[anarquismo]]<ref name="Sanford"/><ref name="Republicanism">Martin Van Gelderen, Quentin Skinner, ''Republicanism: A Shared European Heritage'', Cambridge University Press, 2002, ISBN 0-521-80756-5 [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0521807565&id=sLO_aRQiDwgC&pg=PA54&lpg=PA54&dq=Polish+anarchy&sig=J0EJ6ZkLpycczRPDZ0brNKijzsM Google Print: p.54]</ref> na vida política. Pouco antes de sua dissolução, a República adotou a segunda [[constituição]] nacional [[Códice|codificada]] mais antiga do mundo na [[Modernidade|história moderna]];<ref name="Markoff">[[John Markoff]] descreve o advento de constituições nacionais codificadas modernas e declara que "''O primeiro país europeu a seguir o exemplo dos Estados Unidos da América foi a Polônia em 1791''". John Markoff, ''Waves of Democracy'', 1996, ISBN 0-8039-9019-7, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0803990197&id=-EWi759F4PoC&pg=PA121&lpg=PA121&dq=Markoff+Waves+of+Democracy+Poland&vq=Poland&sig=WMYISRDHaXXLAeQg3RJNRccP7jc Google Print, p.121.]</ref>
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O poder da República diminuiu após dois golpes seguidos: o primeiro, ocorrido em [[1648]], foi o da maior [[rebelião]] [[Cossaco|cossaca]] da História (a [[Revolta de Khmelnytsky]] nos territórios orientais de ''[[Kresy]]'', apoiada pelo tártaro [[Canato da Crimeia]]), que resultou no [[Tratado de Pereyaslav|pedido de proteção]] formulado pelos cossacos ao tsar da Rússia.<ref name="EB_Pereyaslav">"Em 1651, em face a uma crescente ameaça da Polônia e abandonado por seus aliados tártaros, Bohdan Khmelnytsky pediu ao Tzar para unir-se à Ucrânia como um ducado autônomo sob a proteção russa.""[http://www.britannica.com/eb/article?tocId=9059219]". ''Encyclopædia Britannica''. (2006).[http://www.britannica.com/eb/article?tocId=9059219]</ref> ([[1654]]), fazendo com que gradualmente a influência russa sobre a Ucrânia suplantasse a polonesa. O outro golpe para a República foi o da invasão sueca em [[1655]] (apoiada pelas tropas do duque da [[Transilvânia]], Jorge II [[Rakoczy]] e [[Frederico Guilherme I de Brandemburgo|Frederico Guilherme I]], [[Príncipe-eleitor|Eleitor]] de [[Brandemburgo]]), conhecida como [[O Dilúvio (história polonesa)|O Dilúvio]], provocada pelas políticas dos reis da [[Casa de Vasa|Casa real sueca de Vasa]].
 
No final do século XVII, a debilitada República, sob o governo do Rei [[Jan III Sobieski]], em aliança com as forças do [[Leopoldo I da Germânia|imperador Leopoldo I]], do [[Sacro Império Romano-Germânico]], impôs derrotas esmagadoras ao [[Império Otomano]]: em [[1683]], a [[Batalha de Viena]] foi o marco decisivo que pôs fim a uma luta de 250 anos entre as forças da [[Europa]] [[Cristianismo|cristã]] e o Império Otomano, [[Islã|islâmico]]. Por suas lutas ao longo dos séculos para deter o avanço muçulmano, a República ganharia o nome de "''Antemurale Christianitatis''" (vanguarda da cristandade). <ref name="Gella"/> Nos dezesseis anos seguintes (na "[[Grande Guerra Turca]]") os turcos seriam empurrados para o sul do [[rio Danúbio]] e nunca mais voltariam a ameaçar a [[Europa Central]].
 
No [[século XVIII]], a República enfrentou muitos problemas internos e ficou vulnerável às influências estrangeiras. A desestabilização do sistema político chegou à beira do [[anarquismo]]. As tentativas de reformas, como aquelas feitas pela [[Sejm de quatro anos]] de [[1788]]—[[1792]], que culminou na [[Constituição polonesa de 3 de maio de 1791|Constituição de 3 de maio]] de [[1791]], chegaram tarde demais e o país foi [[Partições da Polônia|desmembrado em três ocasiões]] por seus vizinhos, o [[Império Russo]], o [[Prússia Real|Reino da Prússia]] e a [[Império Austríaco|monarquia dos Habsburgos]]. Pelo ano de [[1795]] a República das Duas Nações havia sido completamente apagada do mapa da Europa. Polônia e [[Lituânia]] restabeleceram suas independências, como países separados, somente em [[1918]].
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A base do sistema político da República das Duas Nações, a "[[Liberdade dourada]]" ([[Língua polonesa|polonês]]: ''Zlota Wolność'', um termo usado a partir de [[1573]]), incluía:
 
* [[eleições livres]] do rei por todos os nobres que quisessem participar;
* o [[Sejm]], o parlamento da República, que o rei era obrigado a convocar a cada dois anos;
* ''[[pacta conventa]]'' ([[latim]]), "condições convencionadas" negociadas com o rei eleito, inclusive uma declaração dos direitos dos cidadãos, obrigatória para o rei, baseada nos antigos [[Artigos do Rei Henrique]];
* ''[[rokosz]]'' ([[Rebelião|rebelião armada]]), o direito da ''[[szlachta]]'' de empreender uma rebelião legal contra um rei que violasse suas garantias adquiridas;
* ''[[liberum veto]]'' ([[latim]]), o direito individual de um deputado do Sejm de opor-se a uma decisão da maioria em uma seção do Sejm; a invocação de um "veto livre" anulava todas as decisões que haviam sido aprovadas naquela sessão; durante as crises da segunda metade do [[século XVII]], os nobres poloneses podiam também usar o ''[[liberum veto]]'' nas [[sejmik]]s provinciais;
* ''[[konfederacja]]'' (do [[latim]] ''confederatio''), o direito de formar uma organização para pugnar pela obtenção de um objetivo político comum.
 
As três regiões da República ([[Rep%C3%BAblica_das_Duas_Na%C3%A7%C3%B5esRepública das Duas Nações#Prov.C3.ADncias_e_geografiaADncias e geografia|ver abaixo]]) desfrutaram de grande [[autonomia]]. <ref name=Pacy_and_Hughes_2001>James S. Pacy, James T. McHugh, ''Diplomats Without a Country: Baltic Diplomacy, International Law, and the Cold War'', Greenwood Press, 2001, ISBN 0-313-31878-6. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0313318786&id=wRbdAwtxVIAC&pg=PA18&lpg=PA18&dq=Union+of+Lublin&vq=autonomy&sig=gX3YrDKVd16OrwDC8RHYcz8UyVE Google Print, p. 18]</ref> Cada [[voivodia]] tinha seu próprio parlamento (sejmik), que exercia forte poder político, inclusive na escolha do ''poseł'' ([[Câmara dos Deputados|deputado]]) para o Sejm nacional e na instrução do deputado para a realização de votações específicas. O [[Grão-Ducado da Lituânia]] tinha seu próprio exército, seu [[Ministério da Fazenda]] e outras instituições.<ref>Juliusz Bardach ''O Rzeczpospolitą Obojga Narodów'', 1998, Varsóvia</ref>
 
[[Ficheiro:Potega Rzeczypospolitej u zenitu Zlota wolnosc Elekcja 1573.JPG|thumb|200px|right|''A República no [[zênite]] de seu poder. [[Liberdade dourada]]. A [[Eleição livre|eleição real]] de [[1573]]'', por [[Jan Matejko]].]]
 
A Liberdade dourada criou um Estado que era incomum para o seu tempo, embora alguns [[Sistema político|sistemas políticos]] semelhantes tenham existido nas [[Cidade-Estado|cidades-Estados]] contemporâneas como a [[República de Veneza]] <ref name="Olk">Joanna Olkiewicz, ''Najaśniejsza Republika Wenecka'' (Sereníssima República de Veneza), Książka i Wiedza, 1972, Warszawa</ref> (curiosamente os dois Estados eram intitulados "[[Sereníssima República]]"). <ref name="Notes">[[Joseph Conrad]], ''Notes on Life and Letters'', Cambridge University Press, 2004, ISBN 0-521-56163-9, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0521561639&id=x8oAq189BcwC&pg=PA422&lpg=PA422&dq=autonomy+Polish-Lithuanian+Commonwealth&sig=NamslH94ra0LUsjcr8FSOPMNmzo Google Print, p.422 (notas)]</ref> Num tempo em que a maioria dos países europeus se voltava para a [[Teoria neoclássica da administração#Centralização|centralização]], [[monarquia absoluta]], guerra religiosa e dinástica, a República experimentou a [[Teoria neoclássica da administração#Descentralização|descentralização]],<ref name="Gella"/> a [[confederação]] e a [[federação]], a [[democracia]], a [[tolerância religiosa]] e até mesmo o [[pacifismo]].
 
Este sistema político incomum para o seu tempo resultou das vitórias da ''szlachta'' ([[nobreza|classe dos nobres]]) sobre as outras classes sociais e sobre o [[sistema político]] da [[monarquia]]. Naquele tempo, a ''szlachta'' acumulou privilégios suficientes (como aqueles estabelecidos pelo Ato [[Nihil novi]] de [[1505]]) que impediriam qualquer monarca de tentar tirar-lhes o controle do poder. É difícil classificar o sistema político da República em uma única categoria, mas pode-se tentar descrevê-lo como sendo um misto de:
* [[confederação]] e [[federação]], em relação à ampla [[autonomia]] de suas regiões;
* [[oligarquia]],<ref name="Gella"/> já que apenas a ''szlachta'' (cerca de 10% da população) tinha direitos políticos;
* [[democracia]], uma vez que todos da ''szlachta'' eram iguais em direitos e privilégios e o [[Sejm]] podia vetar o rei em importantes matérias, inclusive [[Poder legislativo|na instituição de leis]] (na aprovação de leis novas), assuntos externos, declaração de guerra e assuntos tributários (mudanças nos impostos existentes ou a criação de novos). Ademais, 10% da população da República desfrutavam de direitos políticos (a ''szlachta'') sendo esta uma porcentagem substancialmente maior do que em qualquer outro país europeu; note que em [[1831]] na França apenas cerca de 1% da população tinha o direito de voto e em [[1867]] no Reino Unido, apenas cerca de 3%;
* [[monarquia eletiva]], uma vez que o monarca, eleito pela ''szlachta'', era o Chefe de Estado;
* [[monarquia constitucional]], uma vez que o monarca estava limitado por ''[[pacta conventa]]'' e outras leis, e a ''szlachta'' podia desobedecer qualquer decreto real que julgasse ilegal.
 
===Os atores políticos===
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Os maiores participantes na política da República foram:
* os [[monarca]]s, que lutaram para expandir seus poderes e criar uma [[monarquia absoluta]];
* os [[magnata]]s, os mais ricos da ''szlachta'', que queriam governar o país como uma privilegiada [[oligarquia]] e dominar tanto o monarca quanto os nobres mais pobres.
* a ''[[szlachta]]'', que desejava um fortalecimento do [[Sejm]] e governar o país como uma democracia da ''szlachta''.
 
Os magnatas e a ''szlachta'' estiveram longe de ser uma unidade, com muitas facções apoiando ou o monarca ou vários outros magnatas.
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A República fez um sério esforço para reformar seu sistema político, adotando em [[1791]] a [[Constituição polonesa de 3 de maio de 1791|Constituição de 3 de maio]], a primeira constituição<ref name="Markoff"/> nacional codificada da Europa nos [[Modernidade|Tempos Modernos]] e a segunda do mundo, depois da [[Constituição dos Estados Unidos da América]], que havia surgido cerca de dois anos antes. A revolucionária constituição transformou a República das Duas Nações em um [[Federação|Estado federativo]] polaco-lituano com uma [[monarquia hereditária]] e aboliu muitas das características danosas do antigo sistema. A nova constituição:
* aboliu o [[liberum veto]] e baniu as [[confederação (Polônia)|confederações]] da ''szlachta'';
* instituiu a [[separação dos poderes]] do governo entre [[legislativo]], [[executivo]] e [[judiciário]];
* estabeleceu a "[[soberania popular]]" e estendeu os [[direito]]s [[política|políticos]] para incluir não somente a [[nobreza]], mas também a [[burguesia]];
* aumentou os direitos dos [[Camponês|camponeses]];
* preservou a [[tolerância religiosa]] (mas com a condenação da [[apostasia]] da fé católica).
 
Entretanto, estas reformas chegaram tarde demais, uma vez que a República acabou sendo imediatamente invadida por todos os lados por seus vizinhos que, de início satisfeitos por terem uma República fraca e inofensiva como Estado-tampão, reagiram vigorosamente às tentativas do rei [[Stanisław August Poniatowski]] e de outros reformistas no sentido de tentar fortalecer o país.<ref name=Pacy_and_Hughes_2001/> A [[Rússia]] temia as implicações revolucionárias das reformas políticas da [[Constituição polonesa de 3 de maio de 1791|Constituição de 3 de maio]] e a possibilidade da República recuperar sua posição de império europeu. [[Catarina, a Grande]] considerou a Constituição de maio fatal para a sua influência<ref name="Bourne">Henry Eldridge Bourne, ''The Revolutionary Period in Europe 1763 to 1815'', Kessinger Publishing, 2005, ISBN 1-4179-3418-2, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN1417934182&id=dgYqPfGuNy8C&pg=PA161&lpg=PA161&dq=feared+the+Polish+May+Constitution&sig=ioOXFOCWjTK765FD8YKK0SbAmg4 Google Print p.161]</ref> e declarou-a [[Jacobinismo|jacobinista]].;<ref name="Menzel">Wolfgang Menzel, ''Germany from the Earliest Period Vol. 4'', Kessinger Publishing, 2004, ISBN 1-4191-2171-5, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN1419121715&id=E6YFqBUYecoC&pg=PA33&lpg=PA33&dq=feared+the+Polish+May+Constitution&sig=urESknTUAHC3AjxGW_iCaBCIVD0 Google Print, p.33]</ref> [[Grigori Alexandrovich Potemkin]] redigiu o ato para a [[Confederação Targowica]], referindo-se à constituição como o 'contágio de ideias democráticas'.<ref name="Madariaga">Isabel de Madariaga, ''Russia in the Age of Catherine the Great'', Sterling Publishing Company, Inc., 2002, ISBN 1-84212-511-7, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN1842125117&id=OA0yDoVBW0QC&vq=%223+May%22&dq=feared+the+Polish+May+Constitution&lpg=PA432&pg=PA431&sig=dFgzUbGba8mmMMgWzYGOz8tppYw Google Print p.431]</ref> Enquanto isso, a [[Prússia]] e a [[Império Habsburgo|Áustria]], também temerosas de um fortalecimento da República, usaram-na como um pretexto para futuras expansões territoriais.<ref name="Menzel"/> O ministro prussiano [[Ewald Friedrich von Hertzberg]] chamou a constituição de "uma bofetada na monarquia prussiana",<ref name="Buffalo">Carl L. Bucki, [http://info-poland.buffalo.edu/classroom/constitution.html A Constituição de 3 de maio de 1791], Texto de uma apresentação feita no Clube de Artes Polonesas de Buffalo por ocasião da comemoração do Dia da Constituição polonesa de 3 de maio, 1996, último acesso em 9 de setembro de 2006</ref> temendo que o fortalecimento da República pudesse mais uma vez dominar a Prússia.<ref name="Bourne"/><ref name="Wandycz">Piotr Stefan Wandycz, ''The Price of Freedom: A History of East Central Europe from the Middle Ages to the Present''m Routledge (UK), 2001, ISBN 0-415-25491-4, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0415254914&id=vdS_WBHGBcYC&pg=PA130&lpg=PA130&dq=feared+the+Polish+May+Constitution&sig=5GVTwb6gx1v4BlMebzrAA91tMMQ Google Print p.131]</ref> Na realidade, a Constituição de 3 de maio nunca foi completamente implementada e a República desapareceu quatro anos após a sua adoção.
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Os [[Forças Armadas Polacas|exércitos da República]] eram comandados por dois Grão-[[Hetman]]s e dois Hetmans-de-Campo.<br />
Os exércitos eram formados por:
* ''[[Wojsko kwarciane]]'': Unidades regulares com soldos pagos pelos impostos (essas unidades foram mais tarde fundidas com a ''wojsko komputowe'');
* ''[[Wojsko komputowe]]'': Unidades semi-regulares criadas para os tempos de guerra (em 1652 essas unidades foram fundidas com a ''wojsko kwarciane'' em um novo exército permanente);
* ''[[Pospolite ruszenie]]'': Unidades formadas pela ''[[Szlachta]]'';
* ''Piechota łanowa'' e ''piechota wybraniecka'': Unidades predominantemente formadas por recrutas camponeses;
* [[Cossacos registrados]]: Tropas formadas de [[cossaco]]s, usados principalmente como infantaria, menos freqüentemente como cavalaria. Foram recrutados até [[1699]];
* [[Guarda Real]]: Uma pequena unidade cuja finalidade principal era a de escoltar o monarca e membros de sua família;
* [[Mercenário]]s: Como a maioria de outros exércitos, eram contratados para suplementar as unidades regulares e incluíam, dentre outros, alemães, escoceses, valáquios, sérvios, húngaros, tchecos e morávios.
* [[Paramilitar]]es: Em tempos de paz, geralmente pequenos regimentos (menos de cem homens) eram pagos e equipados pelos [[magnata]]s ou cidades. Porém, em tempos de guerra, eram aumentados grandemente (para até mesmo cerca de mil homens) e pagos pelo Estado.
 
Algumas unidades do exército da Comunindade Polaco-Lituana eram compostas de:
* [[Hussardo]]s: cavalaria pesada armada com [[lança]]s; seus ataques eram extremamente eficazes até que o avanço das [[Arma|armas de fogo]] no final do [[século XVII]] aumentou substancialmente o poder de fogo da infantaria. Seus membros eram conhecidos por ''towarzysz husarski'' e eram apoiados por unidades menores chamadas de ''pocztowy''.
* ''[[Towarzysz pancerny|Pancerni]]'': cavalaria média, armada com sabres ou machados, arco e flecha, e mais tarde com pistolas. Segundo segmento de cavalaria em importância do exército polonês.
* [[Cossaco]]s: nome genérico para todas as unidades de cavalaria ligeira da República, mesmo se elas não tivessem um único elemento da etnia cossaca; eram velozes e movimentavam-se como as unidades de cavalaria oriental dos vassalos do Império Otomano, mas faltava-lhes o poder de fogo da cavalaria europeia, como os reiters [[Suécia|suecos]] armados de [[pistola]]s.
 
A [[Forças Armadas Polacas|Marinha da República]] era pequena e teve um papel relativamente secundário na sua história, mas venceu a importante [[Batalha de Oliwa|batalha naval de Oliwa]], quebrando o bloqueio marítimo sueco em 1627. Sobre o [[Mar Negro]], os cossacos com suas pequenas embarcações (''czajka'') eram conhecidos por seus ataques e pilhagens de ação rápida contra as cidades costeiras do [[Império Otomano]] e de seus [[Vassalagem|vassalos]] (eles chegaram a queimar uma ou duas vezes subúrbios de [[Istambul]]).
 
==Economia==
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Embora a República fosse a maior produtora de grãos da Europa, a maior parte de sua produção era consumida internamente. O consumo estimado de grãos na Coroa polonesa (a Polônia propriamente dita) e na [[Prússia]] em [[1560]]–[[1570|70]] foi cerca de 113 000 [[tonelada]]s de [[trigo]] (ou de 226 000 ''łaszt'' (um ''łaszt'', ou ''last'', sendo uma grande unidade de medida; no caso de grãos, cerca de meia tonelada). A média da produção anual de grãos na República no [[século XVI]] era de 120 000 toneladas, 6% das quais eram [[Exportação|exportadas]], enquanto as cidades consumiam cerca de 19% e o restante era consumido pelas aldeias. As exportações provavelmente satisfaziam aproximadamente 2% da demanda por grãos na [[Europa Ocidental]], alimentando 750 000 pessoas. A produção de grãos da República alcançava muito mais importância nos anos de colheitas fracas nos outros países europeus, como nos anos de [[1590]] e [[1620]], quando os governos do sul da Europa realizaram grandes importações de grãos para cobrir déficits nas suas jurisdições.
 
Ainda assim, os grãos eram o principal produto de exportação da República. O proprietário de um [[latifúndio]] normalmente assinava um [[contrato]] com comerciantes de [[Gdańsk]] ([[Língua alemã|em alemão]]: Danzig), que controlavam 80% do comércio interno de grãos, para transportar sua produção por meio de barcos em direção ao norte até aquele [[Porto|porto marítimo]] no [[Mar Báltico]]. Muitos [[rio]]s na República eram usados para o transporte de cargas: [[Rio Vístula|Vístula]], [[Rio Pilica|Pilica]], [[Rio Bug Ocidental|Bug Ocidental]], [[Rio San|San]], [[Rio Nida|Nida]], [[Rio Wieprz|Wieprz]], [[Rio Niemen|Niemen]]. Os rios tinham uma infra-estrutura relativamente desenvolvida , com [[porto]]s e silos para armazenagem dos grãos. A maior parte do transporte fluvial corria no sentido norte, uma vez que o transporte para o sul era menos lucrativo, e as barcaças e as [[balsa]]s utilizadas eram freqüentemente vendidas em Gdańsk como [[lenha]].
 
De Gdańsk, navios, na maioria dos [[Países Baixos]] e [[Flandres]], levavam os grãos para portos como os de [[Antuérpia]] e [[Amsterdã]]. Os navios de Gdańsk respondiam por apenas 2–10% deste comércio marítimo. Além dos grãos, outras exportações por via marítima incluíam [[madeira]] e produtos relacionados como o [[alcatrão]] e o carvão.
 
Através das rotas terrestres, a República exportava peles de animais, [[cânhamo]], [[algodão]] (principalmente da [[Grande Polônia|Wielkopolska]]) e [[linho]] para as terras alemãs do [[Sacro Império Romano-Germânico]], incluindo cidades como [[Leipzig]] e [[Nurembergue]]. Grandes rebanhos (de aproximadamente 50 000 cabeças) de [[gado]] seguiam para o sul através da [[Silésia]].
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A República importava [[especiaria]]s, artigos de luxo, [[roupa]]s, [[peixe]]s, [[cerveja]] e produtos industrializados como [[aço]] e [[ferramenta]]s. Uns poucos barcos fluviais levavam os produtos importados para o sul a partir do porto de Gdańsk como [[vinho]]s, [[fruta]]s, [[especiaria]]s e [[arenque]]. Em um dado momento entre os séculos [[século XVI|XVI]] e [[século XVII|XVII]], o equilíbrio da [[balança comercial]] da República passou de positivo para negativo.
 
Com o advento da [[Era dos Descobrimentos]], muitas antigas [[Rota de comércio|rotas de comércio]] como a [[Rota do Âmbar]] perderam importância quando as novas foram criadas. A importância da Polônia como rota de caravanas entre a Ásia e a Europa diminuiu, ao mesmo tempo em que foram criadas novas rotas locais de comércio entre a República e a Rússia. Mas até mesmo com as melhorias tecnológicas do transporte marítimo, a República permaneceu sendo uma ligação importante entre o [[Mundo Ocidental|Ocidente]] e o [[Oriente]], pois muitos bens e artefatos culturais passavam de uma região a outra através da República. Por exemplo, os [[Tapete de Isfahan|tapetes de Isfahan]] importados da [[Pérsia]] pela República eram na realidade conhecidos no Ocidente como "tapetes poloneses".<ref>Wielka Encyklopedia Powszechna PWN</ref> Ademais, o preço das especiarias orientais na Polônia era muitas vezes mais baixo do que em portos ocidentais, o que levou à criação de uma [[Culinária da Polônia|culinária polonesa]] distinta, devido à grande influência tanto oriental quanto ocidental.
 
A [[Moeda|moeda corrente]] da República incluía o [[złoty]] e o [[grosz]]. A cidade de [[Gdańsk|Danzig]] tinha o privilégio de cunhar sua própria moeda.
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A [[Universidade Jaguelônica]] de [[Cracóvia]] é uma das mais antigas do mundo. A [[Universidade de Vilnius]] e a Universidade Jaguelônica eram os maiores centros educacionais e científicos na República. A [[Komisja Edukacji Narodowej]], ([[Língua polonesa|polonês]]: para ''Comissão de Educação Nacional''), formada em 1773, foi o primeiro [[Ministério da Educação]] nacional do mundo. Dentre os cientistas da República estão:
* [[Martin Kromer]] (1512–1589), historiador e [[Lista de cartógrafos|cartógrafo]],
* [[Michał Sędziwój]] (1566–1636), [[Alquimia|alquimista]] e químico,
* [[Kazimierz Siemienowicz]] (1600–1651), engenheiro militar, especialista em [[artilharia]] e um fundador da [[Astronáutica]],
* [[Johannes Hevelius]] (1611–1687), [[astrônomo]], fundador da [[topografia]] [[Lua|lunar]].
 
Dentre os muitos clássicos da [[literatura]] da República estão:
* [[Jan Kochanowski]], (1530–1584), escritor, dramaturgo e poeta;
* [[Wacław Potocki]], (1621–1696), escritor, poeta;
* [[Ignacy Krasicki]], (1735–1801), escritor, poeta, fabulista, autor do primeiro romance polonês;
* [[Julian Ursyn Niemcewicz]], (1758–1841), escritor, dramaturgo e poeta.
 
Muitos membros da ''[[szlachta]]'' escreveram [[memórias]] e [[Diário (agenda)|diários]]. Talvez as mais famosas sejam as ''Memórias da História da Polônia'' de [[Albrycht Stanisław Radziwiłł]] (1595–1656) e as ''Memórias'' de [[Jan Chryzostom Pasek]] (entre 1636 e 1701).
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===Demografia e [[Religião]]===
[[Ficheiro:Józef_Brandt_Józef Brandt -_Wesele_kozackie Wesele kozackie.jpg|thumb|right|200px|O casamento [[cossaco]]. Pintura de [[Józef Brandt]].]]
 
A população na República das Duas Nações nunca foi esmagadoramente nem [[Igreja Católica Apostólica Romana|católica romana]], nem polonesa. Esta circunstância era devida ao controle da [[Ucrânia]] pela Polônia e à confederação com a Lituânia, uma vez que em ambos desses países a [[poloneses|etnia polonesa]] era uma distinta minoria. A República era constituída inicialmente por quatro nações: [[Lituânia|lituanos]], [[Polônia|poloneses]], [[Ucrânia|ucranianos]] e [[Bielorrússia|bielorrussos]] (os últimos geralmente referidos como [[rutenos]]). Algumas vezes os habitantes do [[Grão-Ducado da Lituânia]] eram chamados de [[litvins]], um termo eslavo para lituanos, apesar de serem de etnias diferentes. Logo após a [[União de Lublin]], no final daquele século, a população da República era de cerca de 7 milhões de habitantes, formada por 4,5 milhões de poloneses, 0,75 milhão de lituanos, 0,7 milhão de judeus e 2 milhões de rutenos.<ref name="Ftazee">População total de judeus estimada por Frazee; outras são estimativas de Pogonowski (veja a seguinte referência). Charles A. Frazee, ''World History the Easy Way'', Barron's Educational Series, ISBN 0812097661, [http://books.google.com/books?vid=ISBN0812097661&id=Br-ElA3OpEMC&pg=PA50&lpg=PA50&ots=tguZsY7DB0&dq=demographics+Poland+Lithuania+7000000&sig=wNm4yPFP_PNvqrfFb6BKUp9hZxA Google Print, 50]</ref> Em [[1618]], depois da [[Trégua de Deulino]] a população da República aumentou, juntamente com a expansão de seu território, alcançando 11,5 milhões de habitantes divididos em: poloneses, 4,5 milhões; ucranianos, 3,5 milhões; bielorrussos, 1,5 milhão; lituanos, 0,75 milhão; prussianos, 0,75 milhão; judeus, 0,5 milhão; e livonianos, 0,5 milhão. Neste tempo a nobreza constituía 10% do total da população e a [[burguesia]], 15%.<ref name="Pogonowski"/> No período de [[1648]]–[[1657|57]], a perda populacional foi estimada em 4 milhões.<ref name="Pogonowski"/> Devido a outras perdas territoriais e populacionais, a população em [[1717]] diminuiu para 9 milhões de habitantes, dividida em: 4,5 milhões de poloneses, 1,5 milhão de ucranianos, 1,2 milhão de bielorrussos, 0,8 milhão de lituanos, 0,5 milhão de judeus e 0,5 milhão de outros.<ref name="Pogonowski">Baseado em [http://homepage.interaccess.com/%7Enetpol/POLISH/historia/MAPY/1618.jpg mapa populacional de 1618] (p.115), 1618 mapa de idiomas (p.119), 1657-1667 mapa de perdas populacionais (p.128) e [http://homepage.interaccess.com/%7Enetpol/POLISH/historia/MAPY/1717.jpg mapa de 1717] (p.141) de Iwo Cyprian Pogonowski, ''Um Atlas Histórico da Polônia'', Hippocrene Books, 1987, ISBN 0880293942</ref> Ser ''polonês'', nas terras não polonesas da República era então muito menos um índice de [[Grupo étnico|etnicidade]] do que de religião e [[Hierarquia|posição social]]; era uma designação essencialmente reservada para a classe dos nobres proprietários de terras, a ''([[szlachta]])'', que não só incluía poloneses, como também muitos membros de origem não polonesa que, convertidos ao catolicismo cresciam em número a cada nova geração. Para os [[nobreza|nobres]] não-poloneses, tal conversão significava o passo final para a [[polonização]] que era seguida pela adoção da [[língua polonesa|língua]] e [[cultura da Polônia]].<ref name="Gordon">Linda Gordon, ''Cossack Rebellions: Social Turmoil in the Sixteenth Century Ukraine'', SUNY Press, 1983, ISBN 0-87395-654-0, [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0873956540&id=qq0c9viLrB4C&pg=PA51&lpg=PA51&dq=Polish-Lithuanian+Commonwealth+religious+tolerance&sig=3v4uvh1FEUBxZm3RAlxuvOtfmPA Google Print, p.51]</ref> A Polônia, como a parte mais desenvolvida culturalmente da República, com a corte real, a capital, as maiores cidades, a segunda mais antiga universidade da Europa Central (depois de [[Praga]]) e a mais liberal e democrática [[Organização Social|organização social]], agia como uma atração irresistível para os nobres não-poloneses da República.<ref name="Gella"/>
Linha 233:
[[Ficheiro:Alchemik Sedziwoj Matejko.JPG|thumb|200px|"O Alquimista [[Michał Sędziwój]]". Pintura de [[Jan Matejko]], 73×130cm, Museu das Artes ([[Łódź]])]]
 
* [[Língua polaca|Polonês]] (reconhecida oficialmente;<ref name="Lieven"/> língua dominante, utilizada pela maioria da nobreza da República<ref name="Lieven">Anatol Lieven, ''The Baltic Revolution: Estonia, Latvia, Lithuania and the Path to Independence'', Yale University Press, 1994, ISBN 0300060785, [http://books.google.com/books?id=iz3NACNOpCAC&pg=PA48&dq=Polish+Latin+Ruthene+German+Armenian+Hebrew&as_brr=3&ei=0IQrR7LJOo7O7gL3rfiWBQ&sig=ASA_slGMGPCgz3f-2qnpzzsx-v8 Google Print, p.48]</ref><ref name="Barbour">Stephen Barbour, Cathie Carmichael, ''Language and Nationalism in Europe'', Oxford University Press, 2000, ISBN 0199250855, [http://books.google.com/books?id=1ixmu8Iga7gC&pg=PA194&dq=Polish-Lithuanian+%22Polish+language%22&as_brr=3&ei=SZArR_qUNIPy6wKV6JiCCA&sig=HTmhBejbDqk578fZP4xFdzf7umU Google Print p.184]</ref><ref name="DahlB">Östen Dahl, Maria Koptjevskaja-Tamm, ''The Circum-Baltic Languages: Typology and Contact'', John Benjamins Publishing Company, 2001, ISBN 9027230579, [http://books.google.com/books?id=CsesLE3efLwC&pg=PA45&dq=Polish-Lithuanian+%22Polish+language%22&as_brr=3&ei=SZArR_qUNIPy6wKV6JiCCA&sig=FOEhKdQoJB72pcLgnmYCU1jjbiA Google Print, p.45]</ref><ref name="Price"> Glanville Price, ''Encyclopedia of the Languages of Europe'', Blackwell Publishing, 1998, ISBN 0631220399, [http://books.google.com/books?id=CPX2xgmVe9IC&pg=PA30&dq=Polish-Lithuanian+%22Polish+language%22&as_brr=3&ei=QJErR8OEMJSq7ALlwKWWBQ&sig=djnVUBSLAYmg5elnR9Tyr8yexyE Google Print, p.30]</ref> e pelo campesinato na província da Coroa;<ref name="Teich">Mikulas Teich, ''The National Question in Europe in Historical Context'', Cambridge University Press, 1993, ISBN 0521367131, [http://books.google.com/books?id=Hu2SnETtV3kC&pg=PA295&vq=variety+of+languages&dq=%22Golden+Liberty%22&as_brr=3&sig=aecSY6mWpqFzXjuQsZ5w09vtZvY Google Print, p.295]</ref> língua oficial na chancelaria da Coroa e desde 1697 na chancelaria do [[Grão-Ducado da Lituânia|Grão-Ducado]])<ref name="OConnor">Kevin O'Connor, ''Culture And Customs of the Baltic States'', Greenwood Press, 2006, ISBN 0313331251, [http://books.google.com/books?id=IpR0-OrrwssC&pg=PA115&vq=Lithuanian+language+commonwealth&dq=Lithuanian+language+commonwealth&sig=FAxU-v9CFWQ8df833WOLM0qiEUY Google Print, p.115]</ref> Língua dominante nas cidades.<ref name="Teich"/>
* [[Latim]] (reconhecida oficialmente;<ref name="Lieven"/><ref name="Stone"/> comumente usada nas relações exteriores<ref name="OConnor"/> e popular como uma segunda língua entre a nobreza<ref name="Friedrich">Karin Friedrich et al., ''The Other Prussia: Royal Prussia, Poland and Liberty, 1569-1772'', Cambridge University
Press, 2000, ISBN 0521583357, [http://books.google.com/books?id=qsBco40rMPcC&pg=PA88&dq=Latin+language+szlachta&as_brr=3&ei=J44rR5_XFZXC7AK4xeGVBQ&sig=3ecP0DjPuCLnTaEdVI76Ck8xSE8 Google Print, p.88]</ref>)
 
* [[Língua lituana|Lituano]] (não reconhecida oficialmente,<ref name="Lieven"/><ref name="Dahl">Östen Dahl, Maria Koptjevskaja-Tamm, ''The Circum-Baltic Languages: Typology and Contact'', John Benjamins Publishing Company, 2001, ISBN 9027230579, [http://books.google.com/books?id=CsesLE3efLwC&pg=PA41&dq=Lithuanian+language+commonwealth&sig=mVaZQjGYtrpEQfvrn1fn6ZVP8u0#PPA44,M1 Google Print, p.41]</ref> mas utilizada em alguns documentos no Grão-Ducado<ref name=Zigmas>{{cite book | last = Zinkevičius | first = Z. | authorlink = | coauthors = | title = Rytų Lietuva praeityje ir dabar | publisher = Vilnius: [[Mokslo ir enciklopedijų leidykla]] | date = 1993 | location = | pages = 70|quote= O uso oficial da língua lituana nas cidades da Lituânia no século XVI provém do decreto de magistrado da cidade de [[Vilnius]], que foi ratificado por [[Žygimantas Augustas]] em 1552…//Os juramentos da corte foram escritos em língua lituana. Na verdade, tais [juramentos da corte escritos em lituano] existiam desde o século XVII…| url = | doi = | id = | isbn = 5-420-01085-2 }}</ref><ref>{{cite book | last = Ališauskas | first = V. | authorlink = | coauthors = L. Jovaiša, M. Paknys, R. Petrauskas, E. Raila and others | title = Lietuvos Didžiosios Kunigaikštijos kultūra. Tyrinėjimai ir vaizdai | publisher = | date = 2001 | location = Vilnius| pages = 500 | quote= Em 1794 as declarações do Governo foram escritas em lituano.| url = | doi = | id = | isbn = 9955-445-26-2 }}</ref> e por alguns camponeses do Grão-Ducado<ref name="Teich"/>)
* [[Língua alemã|Alemão]] (reconhecida oficialmente;<ref name="Lieven"/> usada em algumas relações exteriores,<ref name="OConnor"/> na [[Prússia Real]] e por minorias nas cidades<ref name="Teich"/><ref name="Milosz">[[Czesław Miłosz]], ''The History of Polish Literature'', University of California Press, 1983, ISBN 0520044770, [http://books.google.com/books?id=11MVdBYUX5oC&pg=PA108&dq=languages+Polish-Lithuanian+German&as_brr=3&ei=cI8rR6rOD4Hc7QLG4emWBQ&sig=AhSypZxLsBVG-l0yCFDnusO6R5M Google Print, p.108]</ref>)
* [[Língua hebraica|Hebreu]] (reconhecida oficialmente;<ref name="Lieven"/> usada pelos judeus; a [[Língua iídiche|iídiche]] era também usada,<ref name="Teich"/> mas não reconhecida como língua oficial<ref name="Ostrowski">Jan K. Ostrowski, ''Land of the Winged Horsemen: Art in Poland, 1572-1764'', Yale University Press, 1999, ISBN 0300079184, [http://books.google.com/books?id=ucOZCQMVMNIC&pg=PA27&dq=Polish-Lithuanian+Hebrew+Armenian&as_brr=3&ei=h5IrR_ntH4qA6wLWveyWBQ&sig=WEs5wRUJzc46Oy_QHC0GtfT3zXM#PPA27,M1 Google Print, p.27]</ref><ref name="books.google.com">[http://books.google.com/books?id=t6h2pI7o_zQC&pg=PA42&dq=Polish-Lithuanian+Armenians+Armenian+language&as_brr=3&ei=1pcrR6hjjajoAvPi6JYF&sig=3y2LkEA93wOeKmRrdZJ4OFLFV2k]</ref>)
* [[Língua rutena|Ruteno]] (reconhecida oficialmente;<ref name="Lieven"/> língua oficial da chancelaria do Grão-Ducado até 1697; usada em algumas relações exteriores<ref name="OConnor"/><ref name="Stone">Daniel. Z Stone, ''[http://books.google.com/books?vid=ISBN0295980931&id=LFgB_l4SdHAC&pg=PA46&lpg=PA46&dq=%22official+language%22+Poland+Lithuania&sig=vUDl2wB7wuTLJuBYjxX2KuKxpNs The Polish-Lithuanian State, 1386–1795]'', p.46</ref> e por alguns camponeses na província da Rutênia<ref name="Teich"/>)
* [[Língua arménia|Armênio]] (reconhecida oficialmente;<ref name="Lieven"/> usada pela minoria armênia<ref name="books.google.com"/><ref>[http://books.google.com/books?id=tb0u8ZzaiRYC&pg=PA70&dq=Armenians+in+Poland&as_brr=3&ei=HpcrR_ifF4WQ6ALCxMyWBQ&sig=N-r4BsyXUumPFqZASpF65UNpGHQ#PPA70,M1]</ref>)
 
==[[Província]]s e geografia==
Linha 250:
 
Embora o termo "Polônia" fosse largamente empregado para designar toda a sua divisão política, a Polônia era, de fato, apenas uma parte de um todo maior — a República das Duas Nações, que era composta principalmente de duas partes:
* a [[Coroa do Reino da Polônia]] (a Polônia propriamente dita), coloquialmente "a [[Coroa]]"; e
* o [[Grão-Ducado da Lituânia]], coloquialmente "Lituânia".
 
A [[Coroa]], por sua vez, compreendia duas grandes regiões ("[[prowincja]]s"): '''Wielkopolska''' ou [[Grande Polônia]] e '''Małopolska''' ou [[Pequena Polônia]] e outra nação titular da República era o '''[[Grão-Ducado da Lituânia]]'''. A República foi dividida posteriormente, em unidades administrativas menores conhecidas por [[voivodia]]s (''województwa''). Cada voivodia era governada por um [[voivoda]] (''wojewoda'', governador). As voivodias foram posteriormente divididas em ''[[starostwo|starostwa]]'', cada ''starostwo'' era governada por um ''[[starosta]]''. As cidades eram governadas por [[Castelão|castelões]]. Havia freqüentes exceções a esta regra, geralmente envolvendo a subunidade administrativa ''[[ziemia]]''.
 
Outras partes importantes da República, freqüentemente sem relação com as divisões das regiões ou voivodias, incluem:
* [[Pequena Polônia]] ([[Língua polonesa|polonês]]: Małopolska), localizada no sul da Polônia, com sua capital em [[Cracóvia]] (Cracow);
* [[Grande Polônia]] (polonês: Wielkopolska), centro-oeste da Polônia, em torno de [[Poznań]] e da bacia do [[rio Varta]];
* [[Mazóvia]] (polonês: Mazowsze), região central da Polônia, com sua capital em [[Warszawa]] (Varsóvia);
* [[Samogícia]] (polonês: Żmudź), a parte ocidental da Lituânia;
* [[Prússia Real]] (polonês: Prusy Królewskie), no litoral sul do [[Mar Báltico]], foi uma área [[Autonomia|autônoma]] desde a [[Paz de Toruń (1466)|Segunda Paz de Thorn (1466)]], incorporada à Coroa em 1569 com a [[União de Lublin|formação da República]];
** [[Pomerelia]] (polonês: Pomorze Gdańskie), [[Pomerânia]] em volta de [[Gdańsk]] (Danzig), parte ocidental da Prússia Real;
* [[Rutênia]] (polonês: Ruś), a parte oriental da República, limite com a Rússia;
* [[Ducado da Livônia]] (polonês: Inflanty), um [[feudo]] ao norte da República a partir de [[1561]], perdido para os suecos na [[década de 1620]] e em [[1660]]; com o
** [[Ducado da Curlândia]] (polonês: Kurlandia), que estabeleceu uma [[Colónia (história)|colônia]] em [[Tobago]] em 1637 e na [[Ilha James (Gâmbia)|Ilha Santo André]] no [[rio Gâmbia]], em [[1651]];
* ''[[Silésia]] (polonês: Śląsk) não estava dentro da República, mas uma pequena parte pertenceu a vários reis da República; em particular, aos reis de [[Casa de Vasa|Vasa]] que foram [[duque]]s de [[Opole]] de [[1645]] a [[1666]]''.
 
[[Ficheiro:MercatormapFullEurope16thcentury.jpg|thumb|right|200px|Mapa da Europa no [[século XVI]] por [[Gerardus Mercator]].]]
Linha 283:
====[[Grande Polônia]] (''Wielkopolska'')====
[[Ficheiro:Podział administracyjny I RP.png|thumb|right|450px|Mapa mostrando as [[voivodia]]s da República das Duas Nações]]
* [[Voivodia de Brześć Kujawski]] (województwo brzesko-kujawskie, [[Brześć Kujawski]])
* [[Voivodia de Gniezno]] (województwo gnieźnieńskie, [[Gniezno]]) a partir de [[1768]]
* [[Voivodia de Inowrocław]] (województwo inowrocławskie, [[Inowrocław]])
* [[Voivodia de Kalisz]] (województwo kaliskie, [[Kalisz]])
* [[Voivodia de Łęczyca]] (województwo łęczyckie, [[Łęczyca]])
* [[Voivodia da Mazóvia (1529-1795)|Voivodia da Mazóvia]] (województwo mazowieckie, [[Varsóvia]])
* [[Voivodia de Poznań]] (województwo poznańskie, [[Poznań]])
* [[Voivodia de Płock]] (województwo płockie, [[Płock]])
* [[Voivodia da Podláquia]] (województwo podlaskie, [[Drohiczyn]])
* [[Voivodia de Rawa]] (województwo rawskie, [[Rawa Mazowiecka|Rawa]])
* [[Voivodia de Sieradz]] (województwo sieradzkie, [[Sieradz]])
 
====[[Pequena Polônia]] (''Małopolska'')====
* [[Voivodia de Bełz]] (województwo bełzkie, [[Bełz]])
* [[Voivodia de Bracław]] (województwo bracławskie, [[Bratslav|Bracław]])
* [[Voivodia de Czernihów]] (województwo czernihowskie, [[Czernihów]])
* [[Voivodia de Kijów]] (województwo kijowskie, [[Kijów]])
* [[Voivodia da Cracóvia]] (województwo krakowskie, [[Cracóvia]])
* [[Voivodia de Lublin]] (województwo lubelskie, [[Lublin]])
* [[Voivodia de Podole]] (województwo podolskie, [[Kamieniec Podolski]])
* [[Voivodia da Rutênia]] (województwo ruskie, [[Lwów]])
* [[Voivodia de Sandomierz]] (województwo sandomierskie, [[Sandomierz]])
* [[Voivodia da Volínia]] (województwo wołyńskie, [[Łuck]])
 
====[[Grão-Ducado da Lituânia]]====
* [[Ducado da Samogícia]] (principado da Samogícia, księstwo żmudzkie, [[Varniai|Wornie]]-Medininkai)
* [[Voivodia de Brześć Litewski]] (województwo brzesko-litewskie, [[Brest (Bielorrússia)|Brest]])
* [[Voivodia de Mścisław]] (województwo mścisławskie, [[Mstsislaw]])
* [[Voivodia de Mińsk]] (województwo mińskie, [[Mińsk]])
* [[Voivodia de Nowogródek]] (województwo nowogrodzkie, [[Navahrudak]])
* [[Voivodia de Połock]] (województwo połockie, [[Polatsk|Połock]])
* [[Voivodia de Smoleńsk]] (województwo smoleńskie, [[Smoleńsk]])
* [[Voivodia de Troki]] (województwo trockie, [[Troki|Trakai]])
* [[Voivodia de Wilno]] (województwo wileńskie, [[Vilnius|Wilno]])
* [[Voivodia de Witebsk]] (województwo witebskie, [[Vitebsk]])
 
====[[Prússia Real]]====
* [[Vármia#A Coroa da Polônia|Ducado da Vármia]] (Księstwo Warmińskie, principado Episcopal da Vármia, [[Lidzbark Warmiński]])
* [[Voivodia de Chełmno]] (województwo chełmińskie, [[Chełmno]])
* [[Voivodia de Malbork]] (województwo malborskie, [[Malbork]])
* [[Voivodia da Pomerânia#Voivodia da Pomerânia (1466-1772)|Voivodia da Pomerânia]] (województwo pomorskie, [[Gdańsk]])
 
====[[Ducado da Livônia]] (''Inflanty'')====
* [[Voivodia de Dorpat]] (województwo dorpackie, [[Dorpat]]) de [[1598]] a [[década de 1620]]
* [[Voivodia da Livônia]] (województwo inflanckie, [[Dyneburg]]) a partir da [[década de 1620]]
* [[Voivodia de Parnawa]] (województwo parnawskie, [[Parnava|Parnawa]]) de [[1598]] a [[década de 1620]]
* [[Voivodia de Wenden]] (województwo wendeńskie, [[Cēsis|Wenden]]) de [[1598]] a [[década de 1620]]
 
{{ref-sectionreferências|Notas e referências|col=2}}
 
=={{Ver também}}==
* [[Anexo:Lista de reis da Polônia|Lista de reis da Polônia]]
* [[Polonização]]
 
==Leituras adicionais==
* Norman Davies, ''God's Playground'', ISBN 0-231-05353-3 and ISBN 0-231-05351-7 (dois volumes).
* [[Jan Chryzostom Pasek]], ''Memoirs of the Polish Baroque: The Writings of Jan Chryzostom Pasek, a Squire of the Commonwealth of Poland and Lithuania'', ISBN 0-520-02752-3.
* Adam Zamoyski, ''The Polish Way: a Thousand-Year History of the Poles and Their Culture'', ISBN 0-7818-0200-8.
* Pawel Jasienica, ''Rzeczpospolita Obojga Narodów'' (Commonwealth of the Two Nations), ISBN 83-06-01093-0.
* Zdzisław Kowalewski, ''Rzeczpospolita nie doceniona: Kultura naukowa i polityczna Polski przedrozbiorowej'' (Commonwealth not valued: Science and political culture of the pre-partition Poland), ISBN 83-211-0312-X.
* Teresa Chynczewska-Hennel, ''Rzeczpospolita XVII wieku w oczach cudzoziemców'' (Commonwelath of the 17th century in the eyes of the foreigners), ISBN 83-04-04107-3.
* [[Albrycht Stanisław Radziwiłł]], ''Pamiętnik o dziejach w Polsce'' (Memoires on the Polish history). ISBN 83-06-00092-7
* Jerzy Tadeusz Lukowski, ''Liberty's Folly: The Polish-Lithuanian Commonwealth in the Eighteenth Century, 1697–1795''. Routledge, 1991 (ISBN 0-415-03228-8).[http://books.google.com/books?hl=en&ie=UTF-8&q=0521559170&btnG=Search+Books&as_brr=0 Google Print]
* Timothy Snyder, "The Reconstruction of Nations: Poland, Ukraine, Lithuania, Belarus, 1569-1999", New Haven; London: Yale University Press, 2003 (ISBN 0-300-10586-X).
* Daniel Z. Stone, ''The Polish-Lithuanian State, 1386–1795 (A History of East Central Europe; 4)''. Seattle, WA: University of Washington Press, 2001 (hardcover, ISBN 0-295-98093-1).
 
=={{Ligações externas}}==
{{commonscat|Polish-Lithuanian Commonwealth}}
* {{Link|en|http://1632.org/1632Slush/163xPolishTitles.doc|Títulos Oficiais na Primeira República}} - formato [[Microsoft Word|Word]]
* {{Link|en|http://www.istorija.net/|Lituânia medieval.}}
* [http://starbel.narod.ru História da Bielorrússia do século IX ao XVIII através de documentos originais] <small>(A página está em [[Língua russa|russo]], e os documentos oficiais estão em vários idiomas, a maioria [[Rutênia|em ruteno]].)</small>
* {{Link|en|http://history.wisc.edu/sommerville/351/351-103.htm|Sociedade e governo da Polônia}}
* {{Link|pl|http://rzecz-pospolita.com/|A República das Duas Nações - Mapas, história das cidades da Polônia, Ucrânia, Bielorrússia e Lituânia}}
 
{{Estado Polaco}}
Linha 367:
 
{{Bom interwiki|zh}}
 
{{Link FA|bg}}
{{Link FA|mk}}