Insurreição anarquista de 1918: diferenças entre revisões

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Paralelamente a gripe espanhola que se espalhou pelas principais capitais do Brasil fazendo milhares de vítimas. Como conseqüência da [[Primeira Guerra Mundial]] o custo de vida elevado atingiu principalmente as camadas mais pobres da população, levando a fome a milhares de pessoas, e a fome resultando em saques a diversos armazéns.
 
No Rio de Janeiro a FORJ ([[Federação Operária do Rio de Janeiro]]) iniciava uma grande campanha contra a carestia de vida e se empenhava na reestruturação de diversos sindicatos. Ao mesmo, tempo apesar de proibidos pela polícia, multiplicavam-se grandes reuniões operárias nas quais oradores e pensadores engajados discursavam para centenas, por vezes, milhares de pessoas.
 
A dura repressão à greve na fábrica de Tecidos Corcovado foi duramente reprimida pela polícia em Maio,<ref>NÈBIAS, Wellington Barbosa. ''A greve geral e a insurreição anarquista de 1918 no Rio de Janeiro''. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. (p. 75)</ref> e o desabamento do Hotel New York em Julho com a morte de dezenas de trabalhadores acirrariam o embate entre operários e anarquistas contra governantes e empresários.
 
No início de 1918, notícias esparsas sobre êxito alcançado pela [[Revolução Russa]] se espalharam pelas principais capitais brasileiras. Desconhecendo o caráter da [[revolução bolchevique]], grupos anarquistas passaram a se organizar também com a intenção de derrubar o governo central no Brasil.
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No entanto, ao ser colocada em andamento, a tentativa de derrubada do poder é frustrada pelas autoridades que tinham conhecimento de todos os planos, uma vez que o tenente Jorge Elias Ajuz que participara de todas as reuniões e conhecia todos os planos, na verdade atuava como um [[espião]] e [[agente provocador]].
 
Ao saberem que o levante havia sido traído, os operários passam a evitar atitudes extremas abandonando os planos previamente definidos. Após a tomada a Intendência, trabalhadores e militares revoltosos rumariam para o centro e atacariam a Prefeitura, o Palácio da polícia e o quartel da brigada policial. Na zona sul outro grupo de operários ocuparia o Palácio do Catete e a Câmara de Deputados destituindo o presidente e demais políticos. Nada disso aconteceu.
 
No inicio da tarde foram presos todos os principais articuladores - José Oiticica, Manuel Campos, Astrogildo Pereira, Carlos Dias, Álvaro Palmeira, José Elias da Silva, João da Costa Pimenta e Agripino Nazaré - que nos dias que se seguiram foram deportados ou expulsos para outros estados do país.
 
Foram detidos mais de 200 trabalhadores,<ref>''[http://www.midiaindependente.org/pt/red/2004/12/301359.shtml Os reflexos da revolução russa no Brasil]'' por Jaime Cubero</ref> entre estes 78 diretamente vinculados aos sindicatos anarquistas. Na porta da fábrica Confiança entrevero entre a polícia e os revoltosos resultou na morte do sindicalista [[Manuel Martins (sindicalista)|Manuel Martins]] da indústria textil e no ferimento de outro operário que morreu dias depois. O cortejos fúnebres de ambos seriam proibidos pela polícia, mas ainda assim aconteceriam acompanhados por centenas de operários.
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* [[Rodolfo Pereira Leal]]
 
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== Bibliografia ==
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* [[Revolução dos Cravos]]
 
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[[Categoria:História do anarquismo no Brasil]]