Casamento morganático: diferenças entre revisões

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O '''[[casamento]] morganático''' é aquele em um(a) [[nobre]], [[príncipe]] ([[princesa]]) ou [[rei]] ([[rainha]]) desposa alguém de posição social inferior, uma pessoa de baixa nobreza ou uma pessoa que não pertence à [[nobreza]]. No casamento morganático, geralmente o nobre mantém seus títulos, e até seus direitos de sucessão, mas fora algumas excepções, estes não são estendidos ao seu consorte nem aos seus filhos.
 
Este tipo de casamento surgiu nos Estados germânicos na Idade Média, e, posteriormente, estendeu-se a quase toda a Europa. Ao ato estava associado um ritual preciso: na manhã que se seguia ao matrimónio, o marido, em presença de amigos e parentes de ambos, dava à mulher um presente simbólico (em alemão designado ''morgangeba'', vocábulo formado de ''morgen'' (manhã) e ''geben'' (dar), que latinizado veio a dar ''morganaticus''); esta, ao recebê-lo, perdia qualquer direito a títulos e reclamações posteriores sobre o património do marido, renúncia extensiva aos filhos de ambos.
 
A figura do casamento morganático, então prevista na legislação de alguns países europeus, nunca existiu em [[Portugal]], não existiu nas [[lei]]s [[escrita]]s e não existiu nos [[costume]]s. Em Portugal alguns reis casaram com mulheres que não eram oriundas de uma casa real europeia (exemplo: a rainha [[Leonor Teles de Meneses]]), mas nunca contraíram matrimônio com plebeias.