Mecanismo de defesa: diferenças entre revisões

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'''Mecanismo de defesa''' ou '''ajustamento''' designa em [[psicologia]] em geral e na [[teoria psicanalítica]] em particular as ações psicológicas que têm por finalidade reduzir qualquer manifestação que pode colocar em perigo a integridade do [[ego]], onde o indivíduo não consiga lidar com situações que por algum motivo considere ameaçadoras. São processos [[subconsciente]]s ou mesmo [[inconsciente]]s que permitem à mente encontrar uma solução para conflitos não resolvidos no nível da consciência. As bases dos mecanismos de defesa são as angústias. Quanto mais angustiados estivermos, mais fortes os mecanismos de defesa ficam ativados.
 
Ao invés do enfrentamento dos problemas com naturalidade, como parte dos desafios naturais da vida, determinadas predisposições emocionais impedem a aceitação das ocorrências mais exaustivas, produzindo um mecanismo automático escapista, mediante o qual parece livrar-se da dificuldade, quando, apenas, a posterga, como ensina Joanna de Ângelis (Conflitos Existenciais).
 
Um [[conflito]] cria em nós certa [[angústia]]. Essa angústia é o que nos motiva a resolver esse problema. Porém,nem sempre o indivíduo é capaz de resolver um problema de forma imediata e direta, pois nossos problemas pessoais não podem ser resolvidos através somente da [[razão]]. Isso se dá pelo fato de que os problemas pessoais têm um certo envolvimento emocional que diminui nossa [[objetividade]], e consequentemente somos levados a resolvê-los de forma indireta e tortuosamente, buscando um ajustamento, a fim de adaptar-nos às exigências que nos são impostas pela [[sociedade]] em que vivemos. Tais processos adaptativos são o que chamamos de mecanismos de defesa. Os mecanismos mais comuns são a Repressão, a Regressão, a Projecção, a Formação Reactiva e a Sublimação.<ref>You're getting defensive again! Anna Freud (1946) "The ego and mechanism of defense" cit. Hook (1994) pg. 230-236</ref>
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•Os mecanismos de defesa podem ser frustrados: a racionalização pode ser desmentida; a identificação, negada; a fuga, evitada; a repressão, revelada etc. Tornando, assim, o conflito ainda mais intensificado.
 
•Quando tais mecanismos falham, podem ocorrer transformações ainda mais violentas no comportamento; tais transformações apresentam-se sob a forma de perturbações psicológicas severas, sendo um efeito da [[psicose]].
 
No entanto, deve-se considerar que "A necessidade dos enfrentamentos faz parte da existência humana, sem os quais o processo de crescimento interior ficaria interrompido, dando lugar a transtornos profundos de comportamento que se transformariam em patologias de difícil solução. O ego que teme o denominado fracasso, que é sempre um insucesso previsível e reparável, resolve evitar os processos desafiadores, mascarando a realidade e fugindo para o mundo de fantasia, constituído de sonhos utópicos e irrealizáveis gerados pelas frustrações. Pequenos exercícios de afirmação da personalidade e de autodescobrimento dos valores adormecidos funcionam como terapia valiosa, por estimular o paciente a novos e contínuos tentames que se vão coroando de resultados favoráveis, eliminando o sutil complexo de inferioridade e mesmo diluindo, a pouco e pouco, a culpa perturbadora." (Joanna de Ângelis - Conflitos Existenciais)
 
==Referências==
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2. Conflitos Existenciais. Joanna de Ângelis & Divaldo Franco. Leal Editora
 
3. O Ser Consciente. Joanna de Ângelis & Divaldo Franco. Leal Editora[[Categoria:Psicologia clínica]]