Guerra Civil da Grécia: diferenças entre revisões
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| total1 = 232.500
| total2 = 100.000
| baixas1 = '''Forças Armadas Helênicas''' (de 16 de agosto de 1945 a 22 de Dezembro de 1951):<ref>Γενικόν Επιτελείον Στρατού, Διεύθυνσις Ηθικής Αγωγής, ''Η Μάχη του Έθνους'', Ελεύθερη Σκέψις, Atenas, 1985, pp. 35-36</ref><br />15.268 mortos<br />37.255 feridos<br />3.843 desaparecidos<br />865 desertores<br />'''Polícia Helênica''' (1
| baixas2 = ~ 38.839 mortos<br />20.128 capturados
| legenda_baixas = Vítimas
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* [[Grécia]]: 90%-10%
O acordo não considerava a participação relativa dos não comunistas e dos comunistas nos movimentos de resistência, nem as aspirações da população de cada país. Por exemplo, os comunistas eram francamente minoritários na Hungria, Romênia e Bulgária, mas eram majoritários na Grécia e na liderança do ELAS. Na ocasião, Churchill teria dito: "Não vamos nos desentender por coisas que não valem a pena". E em seguida, pegou uma folha de papel, rabiscou sua proposta e estendeu o papel a Stalin, que sacou do bolso da jaqueta um lápis azul de carpinteiro e traçou um "V" para marcar sua aprovação.
== Fases do conflito ==
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* A '''primeira fase''' da guerra civil, ocorreu entre [[1941]] e [[1944]], ainda durante a ocupação [[nazista]]. Com o governo grego do exílio incapaz de influenciar a situação doméstica, surgiram vários grupos de resistência, de diferentes filiações políticas - de monarquistas a comunistas - com predomínio da [[Frente de Libertação Nacional]] (EAM), de esquerda, controlada de forma eficaz pelo KKE.
:Os movimentos de esquerda e os conservadores travam uma luta fratricida pela direção da resistência grega. Os conservadores se agrupavamem torno do [[Jorge II da Grécia|rei Jorge II]], no exílio, enquanto as organizações de esquerda haviam formado um governo clandestino, apoiando-se sobre a bem-sucedida organização do ELAS, que tinha maior peso na resistência antifascista. A partir do Outono de 1943, os atritos entre a EAM e os outros grupos de resistência resultaram em confrontos dispersos.
:Em abril de 1944, os monarquistas formaram um governo liderado por [[George Papandreou]], no [[Cairo]], sob os auspícios dos [[Aliados]] ocidentais mas sem contar com o povo grego. Este governo não foi reconhecido pelos membros comunistas da resistência.
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:No verão de 1944, já era evidente que os alemães logo estariam fora da Grécia, pois a foças soviéticas já avançavam pela [[Romênia]], em direção à Iugoslávia, e assim, caso permanecessem, os alemães corriam o risco de ficar isolados. O governo grego no exílio, agora liderado por George Papandreou, transferiu-se para [[Caserta]], na Itália, preparando-se para voltar à Grécia. Conforme o [[Acordo de Caserta]], firmado em setembro de 1944, todas as forças da resistência grega ficariam sob o comando de um oficial britânico, o general [[Ronald Scobie]].
* A '''segunda fase''' começa em dezembro de 1944, após o fim da ocupação nazista, estendendo-se até [[1946]]. O governo monárquico no exílio retorna e disputa com os comunistas o controle do país. Apesar da forte inserção da EAM na Grécia,<ref>A EAM, controlada pelo KKE, foi a maior organização de massas da [[história da Grécia]], contando com aproximadamente 2.000.000 de prosélitos, em 1944. Seu braço militar, o ELAS, foi fundado em fevereiro de 1942.
:Em [[31 de Março]] de [[1946]], realizaram-se [[Eleições legislativas na Grécia (1946)|eleições para o parlamento grego]] - boicotadas pelo KKE - formando-se um novo governo, de [[centro-direita]]. Em seguida, um referendo, realizado em [[1
* Na '''terceira fase''' ([[1946]]-[[1949]]), os comunistas, depois rejeitarem o resultado das eleições de 1946, levantaram-se nas montanhas da [[Macedônia (Grécia)|Macedônia]] e na região de [[Épiro]], onde estabeleceram um governo revolucionário, na cidade de [[Konitsa]]. O governo monarquista pediu ajuda aos britânicos, que, por sua vez, pediram reforços ao [[presidente dos EUA]] [[Harry Truman]]. Por outro lado, os comunistas tinham apoio político e logístico dos recém fundados [[estados socialistas]] do norte ([[Albânia]], [[Iugoslávia]], [[Bulgária]]) e da URSS. Apesar do fracasso inicial das forças governistas de 1946 até 1948, o aumento da ajuda americana ao governo grego, a falta de um elevado número de recrutas para o DSE e os efeitos colaterais da [[ruptura Tito-Stalin]], levaram à derrota dos insurgentes comunistas, e assim os monarquistas conseguiram impor-se em [[1949]].
Durante o conflito, os países vizinhos aproveitaram a oportunidade para expressar várias reivindicações territoriais sobre a Grécia. Muitos membros do ELAS eram [[macedônios (eslavos)|macedônios étnicos]], que estabeleceram o SNOF (Frente de Libertação da Macedônia) em 1944, com a ajuda do líder iugoslavo [[Tito]], que pretendia anexar a [[Macedônia (Grécia)|Macedônia grega]]. O KKE era a favor da criação de uma [[República Socialista da Macedônia]], unificando toda a Macedônia, tanto a parte grega como a eslava. Mais tarde, o ELAS e o SNOF tiveram divergências políticas e finalmente romperam sua aliança. Além disso, os vários governos gregos [[anticomunista]]s foram forçados a alinhar suas prioridades de [[política externa]] com as de seus aliados, mesmo após o fim da guerra civil.
A guerra civil deixou o país em pior estado do que se encontrava no final da ocupação nazista, em 1944. Milhares de gregos foram obrigados a emigrar por razões económicas, dirigindo-se a países como os EUA, [[Austrália]] e [[Alemanha]]. A guerra civil deixou também uma sociedade politicamente dividida até meados dos [[anos 1970]], quando se instaura a [[ditadura dos coronéis]]. A vitória final do [[Ocidente]], que apoiara as forças do governo, levou à adesão da Grécia à [[OTAN]], e ajudou a definir o equilíbrio de poder no [[Mar Egeu]] ao longo de toda a Guerra Fria, enquanto as relações com seus vizinhos dos Bálcãs e com a URSS se deterioraram consideravelmente.
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