Gerardo Melo Mourão: diferenças entre revisões

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'''Gerardo Majella Mello Mourão''' ([[Ipueiras (Ceará)|Ipueiras]], [[8 de janeiro]] de [[1917]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[9 de março]] de [[2007]]) foi um [[poeta, ficcionista, jornalista]], [[poeta]]tradutor, ensaísta e [[escritor]] [[brasil]]eirobiógrafo. Era membro da ''[[Academia Brasileira de Filosofia'']], da [[Academia Brasileira de Hagiologia]] e do ''Conselho Nacional de Política Cultural'' do [[Ministério da Cultura (Brasil)|Ministério da Cultura do Brasil]]. Cofundador da [[Associação Nacional de Escritores]]. Era um dos mais respeitados escritores brasileiros no exterior.
 
Aos 11 anos ingressou no Seminário dos [[Redentoristas]] holandeses, em Congonhas do Campo (MG), e, aos 17 anos, tomou o hábito de [[Santo Afonso de Ligório]] (fundador daquela Ordem), no Convento da Glória, em Juiz de Fora (MG). Poliglota, aprendeu línguas vivas e deu vida a línguas mortas. Além do Latim e do Grego, o Holandês, o Alemão, o Francês, o Italiano, o Inglês e o Espanhol. Deixou o convento e ingressou em curso de Direito (não concluído).
Católico praticante, pertenceu ao movimento [[integralismo|integralista]], tendo estado preso dezoito vezes durante as ditaduras de [[Estado Novo (Brasil)|Getúlio Vargas]] e de [[Anos de Chumbo|1964-1985]]. Numa delas, ficou no cárcere cinco anos e dez meses ([[1942]]–[[1948]]). No documentário "[[Soldado de Deus]]" ([[2004]])<ref>[http://www.adorocinema.com/filmes/soldado-de-deus/ Adoro Cinema - Soldado de Deus]. Acessado em [[30 de agosto]] de [[2010]].</ref>, dirigido por [[Sérgio Sanz]], Gerardo Mello Mourão declara que saiu do integralismo no período em que esteve preso pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, e afirma, contundentemente, que "foi" integralista e não o era mais desde então. Em [[1968]] é novamente preso, acusado dessa vez de [[comunismo]] pelo [[AI-5]] no período da ditadura militar; nessa ocasião divide cela com nomes como [[Zuenir Ventura]], [[Ziraldo]], [[Hélio Pellegrino]] e [[Osvaldo Peralva]].<ref>[http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4398 Amigos do Livro - Gerardo Mello Mourão: O poeta oracular e absoluto]. Acessado em [[30 de agosto]] de [[2010]]</ref> Nos últimos anos de sua vida, foi professor de Latim no Seminário da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
 
Influenciado por [[Tristão de Athayde]], filiou-se à [[Integralismo |Ação Integralista Brasileira]], e passou a dedicar-se ao jornalismo e a dar aulas em colégios. O envolvimento com o integralismo o fez ser inúmeras vezes entre 1938 e 1945, ano do fim do Estado Novo. Em 1942, acusado de colaborar com nazistas, foi condenado à morte, pena reduzida a 30 anos de prisão, dos quais cumpriu menos de seis. Tudo não passou de manobra política.
Já na maturidade, foi candidato a uma cadeira na [[Academia Brasileira de Letras]] e foi indicado ao [[Prêmio Nobel de Literatura]] em [[1979]]. Em [[1999]] ganhou o [[Prêmio Jabuti]] pelo épico ''Invenção do Mar''.
 
CatólicoDuas praticante,vezes pertenceudeputado aofederal, movimentoeleito [[integralismo|integralista]]por Alagoas, tendoteve seus direitos políticos cassados em 1969 pelo Regime Militar. Tendo estado presono total dezoito vezes preso durante as ditaduras de [[Estado Novo (Brasil)|Getúlio Vargas]] e de [[Anos de Chumbo|1964-1985]]. Numa delas, ficou no cárcere cinco anos e dez meses ([[1942]]–[[1948]]). No documentário "[[Soldado de Deus]]" ([[2004]])<ref>[http://www.adorocinema.com/filmes/soldado-de-deus/ Adoro Cinema - Soldado de Deus]. Acessado em [[30 de agosto]] de [[2010]].</ref>, dirigido por [[Sérgio Sanz]], Gerardo Mello Mourão declara que saiu do integralismo no período em que esteve preso pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, e afirma, contundentemente, que "foi" integralista e não o era mais desde então. Em [[1968]] é novamente preso, acusado dessa vez de [[comunismo]] pelo [[AI-5]] no período da ditadura militar; nessa ocasião divide cela com nomes como [[Zuenir Ventura]], [[Ziraldo]], [[Hélio Pellegrino]] e [[Osvaldo Peralva]].<ref>[http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4398 Amigos do Livro - Gerardo Mello Mourão: O poeta oracular e absoluto]. Acessado em [[30 de agosto]] de [[2010]]</ref> Nos últimos anos de sua vida, foi professor de Latim no Seminário da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
 
Na década de 1980, foi presidente da Rio Arte e secretário de Cultura do Estado do Rio, além de correspondente da Folha de S. Paulo em Pequim entre 1980 e 1982 (Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 mar. 2007, p. C13).
 
Em alguns dos últimos anos de sua vida, lecionou o Latim no Seminário Maior da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
 
Recebeu o Prêmio Mário de Andrade, da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1972. Já na maturidade, foi candidato a uma cadeira na [[Academia Brasileira de Letras]] e foi indicado ao [[Prêmio Nobel de Literatura]] em [[1979]]. Em [[1999]] ganhou o [[Prêmio Jabuti]] pelo épico ''Invenção do Mar''.
 
Foi distinguido em 1993 com o título de "Doutor Honoris Causa" pela Universidade Federal do Ceará. Em 1996 laureado com a "Sereia de Ouro", do Sistema Verdes Mares. Foi eleito em 1997 "O Poeta do Século XX" pela Guilda Órfica, uma muito antiga irmandade secular de poetas.
 
Hélio Pellegrino chamava-o de “o nosso Dante". Dele disseram D[[Carlos Drummond de Andrade|rummond]]: "É um poeta que não se pode medir a palmo e conseguiu o máximo de expressão usando recursos artísticos que nenhum outro empregou em nossa língua (...). Algumas pessoas pensam que sou o grande poeta do Brasil, mas o grande poeta do Brasil é o Gerardo Mello Mourão". [[Ezra Pound]]: "Em toda minha obra, o que tentei foi escrever a epopéia da América. Creio que não consegui. Quem conseguiu foi o poeta de ''O país dos Mourões''". [[Tristão de Athayde]]: "Creio que jamais, em nossa história literária, se colocou a poesia em tão alto pódio".
 
Gerardo Mello Mourão é pai do artista plástico [[Tunga]], que tem sua obra reconhecida internacionalmente.
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== Obras ==
* ''Poesia do homem só ''(Rio de Janeiro: Ariel Editora, 1938)
* ''Cabo das Tormentas'' ([[1944]])
* <em>Mustafá Kemel </em>(1938)
* ''A invenção do saber''
* ''ODo valeteDestino dedo Espírito espadas''(1941)
* <em>Argentina </em>(1942)
* ''O país dos Mourões''
* ''Cabo das Tormentas'' ([[1944]]Edic̜ões do Atril, 1950)
* ''Rastro de Apolo''
* ''Três Pavanas ''(São Paulo: GRD, 1961)
* ''Os Peãs''
* ''O país dos Mourões ''(São Paulo: GRD, 1963)
* Dossië''Dossiê da destruição'' (EdiçõesSão Paulo: GRD, 1966 - 210 páginas)
* ''O sagrado e o profano''
* ''Frei e Chile num continente ocupado ''(Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1966)
* ''As vizinhas chilenas'' ([[1979]])
* ''Peripécia de Gerardo'' (São Paulo: Paz e Terra, 1972) [Prêmio Mário de Andrade de 1972]
* ''Suzana 3 - Elegia e Inventário'' ([[1998]])
* ''CânonRastro &de fugaApolo'' ([[1999]]São Paulo: GRD, 1977)
* ''O Canto de Amor e Morte do Porta-estandarte Cristóvão Rilke ''[tradução] (1977)
* ''Invenção do Mar'' ([[Prêmio Jabuti]] de [[1999]])
* ''Pierro della Francesca ou as Vizinhas Chilenas: Contos'' (São Paulo: GRD, 1979)
* ''O Bêbado de Deus'' ([[2001]])
* ''Os Peãs ''(Rio de Janeiro: Record, 1982)
* ''Algumas Partituras'' ([[2002]])
* ''OA Nomeinvenção dedo saber Deus'' (obra póstumaSão inPaulo: ConfrariaPaz 2e anosTerra, [[2007]]1983)
* ''O Valete de espadas ''(Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
* ''O Poema, de Parmênides ''[tradução] (''in ''Caderno Lilás, Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro: Caderno Rio-Arte. Ano 2, nr. 5, 1986)
* ''Suzana -3 - Elegia e Inventárioinventário'' ([[1998]]São Paulo: GRD, 1994)
* ''Invenção do Mar: Carmen sæculare'' (Rio de Janeiro: Record, 1997) [[http://premiojabuti.com.br/edicoes-anteriores/premio-1999/ Prêmio Jabuti de 1999]]
* ''Cânon & fuga'' (Rio de Janeiro: Record, 1999)
* ''Um Senador de Pernambuco: Breve Memória de Antônio de Barros Carvalho'' (Rio de Janeiro: Topbooks, 1999)
* ''O Bêbado de Deus'' (São Paulo: Green Forest do Brasil, 2000)
* ''Os Olhos do Gato & O Retoque Inacabado ''(2002)
* ''O sagrado e o profano ''(Florianópolis: Museu/Arquivo da Poesia Manuscrita, 2002)
* ''Algumas Partituras'' ([[Rio de Janeiro: Topbooks, 2002]])
* ''O Nome de Deus'' [Obra póstuma] (''in'': [http://www.confrariadovento.com/revista/numero7/poesia01.htm Confraria 2 anos], 2007)
 
<!--;Traduções-->
 
É biografado no livro "A Saga de Gerardo: um Mello Mourão", de José Luís Lira, Edições Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral (CE), 2007.
 
Sua fortuna crítica foi recolhida por Gumercindo Rocha Dorea, em "Breve Memória Crítica da obra de Gerardo Mello Mourão" (São Paulo: GRD 1996).
 
{{referências}}
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== {{Ligações externas}} ==
* {{Link||2=http://espacoculturalgmm.blogspot.com/ |3=Espaço Cultural Gerardo Mello Mourão}}
* {{Link|2=http://www.camara.gov.br/internet/TVcamara/default.asp?lnk=GERARDO-DE-MELLO-MOURAO&selecao=MAT&materia=13965&programa=5&velocidade=100K |3= TV Câmara - Entrevista com Gerardo de Mello Mourão}} ([http://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/historiaoral/Memoria%20Politica/Depoimentos/gerardo-mello-mourao/texto texto])
{{Portal3|Literatura}}