Antijudaísmo: diferenças entre revisões
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==Antijudaísmo no Império Romano pré-cristão==
No [[Império Romano
A ''Crise sob [[Calígula]]'' (37-41) é tida como a "primeira ruptura aberta entre Roma e os judeus", apesar de os problemas já serem evidentes durante o Censo de [[Públio Sulpício Quirino]] em 6 e sob [[Sejano]] (antes de 31).
Após a [[Guerra
Flávio Clemente, hoje tido como [[mártir cristão]], foi condenado à morte por "viver uma vida judaica", no ano de 95, o que pode ter sido relacionado com a administração do imposto judaico sob [[Domiciano]].
O [[Império Romano]] adotou o [[cristianismo]] como religião do Estado com o [[Édito de Tessalónica]] em 27 de Fevereiro de 380.
==História do antijudaísmo cristão==
===Cristianismo primitivo e os judaizantes===
O cristianismo iniciou a sua existência no [[século
O principal ponto de divergência entre a comunidade cristã primitiva e suas raízes judaicas era a crença cristã de que [[Jesus]] era o tão esperado [[Messias]]. Outro ponto de divergência foi o questionamento por parte da comunidade cristã da aplicabilidade contínua da [[Lei de Moisés]] (a [[Torá]]), embora o [[Concílio de Jerusalém|decreto apostólico]] da [[era apostólica]] do cristianismo parece fazer paralelo com as [[Leis de Noé]] do judaísmo. As duas questões vieram a ser ligadas a uma discussão teológica dentro da comunidade cristã, sobre se a vinda do Messias poderia anular algumas ou todas as leis bíblicas anteriores.
Após a aceitação de Jesus como o messias, a controvérsia quanto à circuncisão foi provavelmente o segundo problema no qual o argumento teológico foi feito em termos de anti-judaísmo; aqueles que defendiam que as leis bíblicas continuavam a ser aplicáveis eram chamados de "judaizantes" ou "
A destruição do Segundo Templo, no ano de 70, levaria os cristãos a "duvidar da eficácia da lei antiga"; no entanto, [[Marcião de Sinope]], que defendia rejeitar a totalidade da influência judaica sobre a fé cristã, seria excomungado pela Igreja de Roma em 144.
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Taylor observou que o antijudaísmo cristão teológico "emerge a partir de esforços da Igreja para resolver as contradições inerentes a sua apropriação simultânea e rejeição de diferentes elementos da tradição judaica".
Os estudiosos modernos acreditam que o judaísmo pode ter sido uma religião missionária nos primeiros séculos da era cristã, portanto, a concorrência pelas lealdades religiosas dos
Embora o imperador Adriano tenha sido um "inimigo da [[sinagoga]]", o reinado de [[Antonino Pio]] começou um período de benevolência romana para a fé judaica. Enquanto isso, a hostilidade ao cristianismo continuou a se cristalizar: após [[Décio]], o império estava em guerra com esta crença. Uma relação desigual de poder entre judeus e cristãos, no contexto do [[mundo greco-romano]], "gerou sentimentos antijudaicos entre os primeiros cristãos." Sentimentos de ódio mútuo surgiram, em parte devido à legalidade do judaísmo no Império Romano; em [[Antioquia]], onde a rivalidade era mais amarga, foram mais provavelmente os judeus que exigiram a execução de [[Policarpo de Esmirna]].
===De Constantino até o século 8===
Quando [[Constantino]] e [[Licínio]] emitiram o [[Édito de Milão]], a influência do judaísmo estava desaparecendo na terra de [[Israel]] em favor do cristianismo, mas se ampliando fora do Império Romano, na [[Babilônia]]. Até o [[século III]] as
Após derrotar [[Licínio]], em 323 dC, [[Constantino]] mostrou clara preferência política pelos cristãos. Ele reprimiu o proselitismo judaico, e proibiu os judeus de circuncidar seus
A partir de meados do [[século 5]], o uso da apologética cessou com [[Cirilo de Alexandria]]. Esta forma de antijudaísmo tinha se provado fútil e muitas vezes servira para fortalecer a fé judaica. Com o cristianismo ascendente no Império, "os Padres, bispos, e sacerdotes que tinham de lutar contra os judeus trataram-nos muito mal". Hosius na Espanha; Papa Silvestre I; Eusébio de Cesaréia; os chamaram de uma seita perversa, perigosa e criminosa." Embora [[Gregório de Nissa]] meramente acusa os judeus como infiéis, outros professores são mais veementes. Santo Agostinho rotulou os talmudistas de falsificadores; Santo [[Ambrósio]] reciclou um antigo ataque anti-cristão e acusou os judeus de desprezar o [[direito romano]]. [[São Gerônimo Jerónimo de Strídon]] afirmava que os judeus eram possuídos por um espírito impuro. [[São Cirilo de Jerusalém]] afirmou que os [[Patriarcas bíblicos|patriarcas judeus]], ou Nasi, eram uma raça inferior.
Todos estes ataques teológicos se combinaram nos seis sermões de [[João Crisóstomo|São João Crisóstomo]] em Antioquia. Crisóstomo, um arcebispo de [[Constantinopla]], era muito negativo no seu tratamento do judaísmo, embora muito mais hiperbólica de expressão. Enquanto o diálogo de [[Justino]] é um tratado filosófico, as
"Há legiões de teólogos, historiadores e escritores que escrevem sobre os judeus o mesmo que Crisóstomo: [[Epifânio]], [[Diodoro de Tarso]], [[Teodoro de Mopsuéstia]], [[Teodoreto de Chipre]], [[Cosmas Indicopleustes]], [[Atanásio]], o [[Anastácio Sinaíta|Sinaíta]] entre os gregos; [[Hilário de Poitiers]], [[Prudêncio]], [[Paulus Orósio]], [[Sulpício Severo]], [[Gennadius]], [[Venâncio Fortunato]], [[Isidoro de Sevilha]], entre os latinos ".
Do século IV a VII, enquanto os bispos se opunham ao judaísmo na escrita, o Império promulgou uma série de leis civis contra os judeus, por exemplo proibindo-os de exercer cargo público, e um imposto curial opressivo. Leis foram promulgadas contra a observância de sua crença; [[Justiniano]] chegou ao ponto de aprovar uma lei contra as orações diárias dos judeus. Tanto os cristãos e os judeus estavam envolvidos em turbas violentas nos últimos dias do Império.
O padrão em que os judeus eram relativamente livre em reinos pagãos até a [[conversão (religião)|conversão]] cristã do regente, como visto com Constantino, se repetiria nas terras além do Império Romano, agora em colapso. [[Sigismundo da Borgonha]] promulgou leis contra os judeus depois de chegar ao trono após sua conversão em 514; o mesmo ocorreu com [[Recaredo I]], rei dos visigodos, em 589, o que teria efeito duradouro quando codificada por [[Recesvinto]] no Código Visigótico de Direito. Este código inspirou os judeus a colaborar com [[Tárique]], muçulmano, em sua derrubada de [[Rodrigo]], e sob os mouros, os judeus recuperaram suas liberdades religiosas.
==Comparação com o anti-semitismo==
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== {{Ver também}} ==
* [[Antissemitismo]]
* [[História judaica]]
{{referências}}
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{{refend}}
{{Portal3|Discriminação|Judaísmo}}
{{Esboço-religião}}
{{Sem imagem|data=outubro de 2009}}
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