Francisco Franco (escultor): diferenças entre revisões

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Em 1911 viaja pelos [[Países Baixos]]. No ano imediato a sua bolsa, tal como a de outros colegas, é interrompida devido a desentendimentos de caráter político, levando-o a regressar a Lisboa, mas em breve está de novo em Paris. Em 1914, após a eclosão da [[I Guerra Mundial]], fixa-se no Funchal, onde realiza diversas esculturas, entre as quais quatro monumentos públicos.<ref name="retrospetiva" />
 
Em 1919 (<small>ou 1921, segundo algumas fontes consultadas</small><ref>{{citar web|URL=http://www1.cm-funchal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=340&Itemid=282|título=Museu Henrique e Francisco Franco|autor=|data=|publicado=Municipio do Funchal|acessodata=29-07-2014}}</ref>) volta para Paris como bolseiro, convivendo com [[Diogo de Macedo]], [[Dordio Gomes]], [[Heitor Cramez]] e [[Amedeo Modigliani|Modigliani]]. É uma fase de trabalho intenso: executa diversas esculturas, [[desenho|desenha]] e [[gravura|grava]] em madeira e [[ponta-seca]], realiza algumas monotipias. Expõe no [[Salon d'Automne]] em 1921 e na [[Société nationale des beaux-arts]], da qual é nomeado «Associé» com privilégio «Hors Concours». Em 1923 desloca-se a Lisboa para organizar a exposição [[Independentes|Cinco Independentes]] (com [[Diogo de Macedo]], [[Simão César Dórdio Gomes|Dordio Gomes]], [[Henrique Franco]] e [[Alfredo Miguéis]]). No ano imediato viaja a Paris, expondo no Salon a sua escultura ''Semeador''.<ref name="Santos" /><ref name="retrospetiva" />
 
Em 1925 parte para Roma como pensionista do Estado, visitando, com Dordio Gomes, diversas cidades italianas entre as quais Turim, Veneza, Florença, Pompeia, Assis. Regressa ao Funchal em 1926, começando a trabalhar na estátua de Gonçalves Zarco (completada em 1927); essa obra é exposta na [[Avenida da Liberdade (Lisboa)|Avenida da Liberdade]] (1928) e, uma cópia, na Feira de [[Sevilha]] (1929). Em 1930 o monumento é inaugurado na cidade do Funchal. Nesse mesmo ano Francisco Franco participa no [[Independentes|I Salão dos Independentes]] ([[Sociedade Nacional de Belas Artes|SNBA]], Lisboa), onde se faz um balanço do modernismo à escala nacional.<ref name="retrospetiva" />
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Incompleta para as suas exigências, a obra plástica de Franco é um reflexo dos constrangimentos do tempo em que viveu. A imposição dos temas históricos na sua vasta produção não lhe permitiu realizar plenamente o que sonhara na mocidade. Para Francisco Franco, "''não houve tempo nem oportunidade para esculpir para sua satisfação a obra-prima de total intimidade de que era capaz. Escravizado às circunstâncias que o destino ordena'' […]'', só nas pequenas obras de criação afetiva pôde fazer declarações desse desejo''", como acontece, por exemplo, no ''Busto de Manuel Jardim'' ou na ''Rapariga polaca'' (1921), obras parisienses que são excelentes exemplos de uma arte de penetração psicológica e de um domínio formal superior.<ref>Macedo, Diogo de – "Subsídios para uma análise à obra de Francisco Franco". ''Belas Artes'', nº 6, 2ª série, Lisboa 1953. In: A.A.V.V. – '''Exposição retrospetiva da obra do escultor Francisco Franco'''. Lisboa: [[Secretariado Nacional de Informação|S.N.I.]], 1966</ref>
 
==Algumas obras (escultura)==
* ''Cabeça de Velho'', 1909, Col. [[Fundação Calouste Gulbenkian]], Lisboa.
* ''Rapariga Viloa'', 1914.
* ''Busto simbólico de aviador''.
* ''Busto monumental de Gonçalves Zarco'', Funchal.
* ''Rapariga polaca'', 1921, Col. [[Museu do Chiado]], Lisboa.
* ''Busto de Manuel Jardim'', 1921, Col. Museu do Chiado.