Amósis II: diferenças entre revisões

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'''Amásis/Amósis II''', leitura em grego popularizada por [[Heródoto]], ou '''Ahmés II''', em egípcio, foi um [[faraó]] da [[XXVI dinastia egípcia]], que governou entre 570 e 526 a.C., na Época Baixa. O nome egípcio do faraó, '''Ahmés-Saneit''', significa "Nascido da Lua", "Filho de [[Neit]]".
 
Amósis era oriundo de uma pequena cidade do [[nomo]] de [[Saís]] no [[Baixo Egipto]], sendo filho de uma mulher de nome Tashereteneset. Começou por ser um general do faraó [[Apriés]] que conquistou o poder devido ao clima de descontentamento no exército egípcio. Este descontentamento estava relacionado com a penetração de mercenários gregos no exército que fazia os Egípcios se sentirem preteridos. Após o fracasso da expedição militar que Apriés enviou a [[Cirene (cidade)|Cirene]] para apoiar o soberano local, o exército aproveitou para se rebelar.<ref name="diodoro.siculo.1.68.2">[[Diodoro Sículo]], ''Biblioteca Histórica'', Livro I, 68.2</ref> Amósis, inicialmente enviado para tentar conter a revolta, acabou por ser eleito faraó pelos soldados.<ref name="diodoro.siculo.1.68.3">[[Diodoro Sículo]], ''Biblioteca Histórica'', Livro I, 68.3</ref> Após várias tentativas falhadas para tentar recuperar o poder, o rei Apriés foi capturado e estrangulado, e Amósis II tornou-se o novo soberano.<ref name="diodoro.siculo.1.68.5">[[Diodoro Sículo]], ''Biblioteca Histórica'', Livro I, 68.5</ref>
 
No início do seu reinado Apriés teve que fazer frente a uma nova tentativa do rei babilónico [[Nabucodonosor II]] para conquistar o Egipto, que atingiu a região de Delta. Contudo, o seu reinado foi pacífico, registando-se apenas como grande campanha militar a conquista da ilha de [[Chipre]].
 
Apesar de ter conquistado o poder graças a um ambiente de [[xenofobia]], Amósis manteve relações de amizade com a Grécia; a sua esposa era mesmo grega. O rei concentrou a presença grega na colónia de [[Náucratis]], na região ocidental do Delta (perto da actual [[Alexandria]]), numa tentativa de reduzir os contactoscontatos entre egípcios e gregos. A esta cidade concedeu privilégios fiscais e comerciais. Para além disso, o faraó apoiou a reconstrução do santuário de [[Apolo]] em [[Delfos]], que tinha sido destruído pelas chamas em 548 a.C..
 
Apriés tentou conter o avanço dos Aqueménidas no [[Médio Oriente]], aliando-se com a [[Reino da Lídia|Lídia]], várias cidades gregas e [[Samos]], cujo tirano [[Polícrates]] era detentor de uma poderosa frota.
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Ordenou bastantes construções, como a ampliação de templo de Neit em Sais e um santuário de [[Ísis]] em [[Mênfis]].
 
Amósis foi sepultado na [[necrópole]] de [[Saís]], mas o seu túmulo não foi até hoje identificado. Foi sucedido pelo seu filho [[Psamético III]] que governou durante pouco tempo, dado que o rei persa [[Cambises II]] aproveitou para conquistar o Egipto, colocando o ponto final no chamado período saíta (assim denominado devido ao facto da capital do EgiptoEgito ser Sais, correspondendo à época da XXVI dinastia), uma era de renascimento da cultura egípcia.
 
== Titulatura ==