Sparus aurata: diferenças entre revisões

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| binomial_autoridade = [[Linnaeus|L.]], 1758
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'''''Sparus aurata''''' é um [[peixe]] da família [[Sparidae]]. O seu nome vulgar em [[Portugal]] é "dourada", sendo bastante apreciado na alimentação. É um peixe de ventre prateado e dorso acinzentado, com mancha negra por cima do [[opérculo]] e mancha dourada entre os olhos, envolvida por duas zonas escuras. Possui lábios grossos e dentes frontais fortes. Pode atingir os 70 cm de comprimento.
 
Habita fundos rochosos do sublitoral. Alimenta-se de invertebrados e peixes.
Pode atingir os 70 cm de comprimento.
 
==Produção e comércio==
É um peixe de ventre prateado e dorso acinzentado, com mancha negra por cima do opérculo e mancha dourada entre os olhos, envolvida por duas zonas escuras. Lábios grossos e dentes frontais fortes.
 
Em 2011, Portugal produziu cerca de 828 toneladas<ref>INE I.P. - Estatisticas da Pesca 2012 - 2013, Lisboa - Portugal</ref> de dourada, grande parte no sistema semi-intensivo de [[esteiro]] (antigas salinas[[salina]]s). As zonas de produção localizam-se nas [[Ria de Aveiro|Rias de Aveiro]], [[Ria Formosa|Formosa]] e [[Ria de Alvor|Alvor]], nos [[rio Mondego|estuários do Mondego]], [[estuário do Sado|Sado]] e [[rio Guadiana|Guadiana]]. Existe ainda uma produção intensiva em estruturas flutuantes no [[porto de Sines]] e na zona Sul da [[ilha da Madeira|Madeira]].
Habita fundos rochosos do sublitoral.
[[Ficheiro:SardinianFish.jpg|thumb|250px|esquerda|''Sparus aurata'' em "[[Stintino|Spiaggia de La Pelosa]]"<br />na [[costa]] oeste norte da [[Sardenha]], [[Itália]].]]
 
{{referências}}
Alimenta-se de invertebrados e peixes.
[[Ficheiro:SardinianFish.jpg|thumb|250px|esquerda|Sparus aurata em "[[Stintino|Spiaggia de La Pelosa]]"<br />na [[costa]] oeste norte da [[Sardenha]], [[Itália]].]]
 
== Ligações externas ==
e Espanha[http://ec.<ref>europa.eu/fisheries/documentation/publications/factsheets-aquaculture-species/sea-bream_pt.pdf A Pesca e Aquicultura na Europa, nº 59 Dezembro 2012 - Comissão Europeia</ref>]
{{esboço-peixe}}
 
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[[Categoria:Perciformes]]
[[Categoria:Espécies descritas em 1758]]
 
==Biologia==
 
A Sparus aurata é a única espécie desta vasta família que é
atualmente cultivada em grande escala. É comum em todo
o Mediterrâneo, evoluindo igualmente ao longo da costa do
Atlântico Este, do Reino Unido às ilhas Canárias. O seu nome
latino advém da característica lista dourada que ostenta entre
os olhos. Pode viver em águas marinhas, bem como nas águas
salobras de lagunas costeiras. Embora viva normalmente em
fundos rochosos ou arenosos, pode igualmente ser encontrada
em pradarias de ervas marinhas. Durante o período de reprodução
(de outubro a dezembro), as douradas adultas deslocam
se para águas mais profundas. Os alevins migram para
águas costeiras ou estuarinas no início da primavera. Esta
espécie é hermafrodita: as douradas são machos no primeiro
ou segundo ano de vida, transformando se em fêmeas no
segundo ou terceiro ano. A dourada alimenta se de moluscos,
crustáceos e pequenos peixes.<ref>A Pesca e Aquicultura na Europa, nº 59 Dezembro 2012 - Comissão Europeia
</ref>
 
==Cultura==
 
Tradicionalmente, a dourada era criada de forma extensiva em
lagunas costeiras e albufeiras de águas salobras, nomeadamente
no norte da Itália em («vallicoltura») e no sul de Espanha
(«esteros»). Na década de 1980, a reprodução em cativeiro da
dourada começou a ser introduzida com êxito, tendo então
sido desenvolvidos sistemas de criação intensiva, sobretudo
em jaulas no mar. Desde então, esta espécie tornou se num
dos principais produtos da aquicultura europeia.
Inicialmente, a cultura da dourada implicava a captura de juvenis.
Contudo, hoje em dia, a dourada é produzida essencialmente
a partir de juvenis produzidos em estações de produção
de juvenis tecnologicamente sofisticadas, que requerem mão
de obra qualificada. O caráter hermafrodita desta espécie
obriga a uma adequada gestão dos reprodutores. Os peixes
adultos são preparados para a reprodução através do controlo
do período de exposição à luz do dia (fotomanipulação) e da
temperatura. O macho fecunda os ovos da fêmea que flutuam
à superfície da água. Os ovos são em seguida recolhidos e introduzidos
em tanques de incubação, onde eclodem 48 horas mais
tarde. Três ou quatro dias após a sua eclosão e depois de terem
absorvido o seu saco vitelino, as larvas começam a alimentar-
-se sozinhas: primeiro com algas microscópicas e zooplâncton,
em seguida com artémia e, por último, com alimentos inertes
de alto teor proteico.Nas lagunas costeiras, as douradas são geralmente criadas com
tainhas, robalos e enguias. Se são criadas em sistemas extensivos,
alimentam se naturalmente; se são criadas em sistemas
semi intensivos, os alimentos naturais disponíveis são complementados
com outros alimentos. Nos sistemas intensivos, as
douradas são engordadas com granulados industriais, em tanques
em terra ou, em muitos casos (no Mediterrâneo e nas ilhas
Canárias), em jaulas no mar.
Em média, as douradas atingem o seu tamanho comercial ao
fim de um ano e meio. <ref>A Pesca e Aquicultura na Europa, nº 59 Dezembro 2012 - Comissão Europeia</ref>
 
==Produção e comércio==
 
A maior parte das douradas comercializadas provêm da aquicultura.
A União Europeia é, de longe, o maior produtor mundial,
seguida da Turquia. No interior da União, a Grécia é o maior produtor,
seguida da Espanha. O comércio entre a União e países
terceiros é muito limitado. Em contrapartida, o comércio entre
países da União é importante, sendo a Grécia o principal exportador
e os principais destinos de exportação Portugal, França
e Espanha.<ref>A Pesca e Aquicultura na Europa, nº 59 Dezembro 2012 - Comissão Europeia</ref>
Em 2011, Portugal produziu cerca de 828 toneladas<ref>INE I.P. - Estatisticas da Pesca 2012 - 2013, Lisboa - Portugal</ref> de dourada, grande parte no sistema semi-intensivo de esteiro (antigas salinas) As zonas de produção localizam-se nas Rias de Aveiro, Formosa e Alvor, nos estuários do Mondego, Sado e Guadiana. Existe ainda uma produção intensiva em estruturas flutuantes no porto de Sines e na zona Sul da Madeira.
 
{{Referências}}