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[[Ficheiro:Angola Ethnic map 1970-pt.svg|thumb|direita|Mapa étnico de Angola em 1970 (Área dos Bakongo marcada a branco)]]
Os '''Bakongos'''<ref name="MBokolo">{{citar livro|autor=Elikia M'Bokolo|título=África Negra: História e civilizações|editora=Vulgata|local=Lisboa|ano=2003|páginas=|volume=I, ''Até ao século XVIII''|id=}}{{citar livro|autor=|título=|editora=Colibri|local=Lisboa|ano=2007|páginas=|volume=II, ''Do século XIX aos nossos dias''|id=}}</ref> ou '''bacongos'''<ref>[[Dicionário Houaiss]], verbete "Bacongo".</ref> são um [[grupo étnico]] [[Bantos|banto]] que vive numa larga faixa ao longo da costa [[Oceano Atlântico|atlântica]] dade [[África]], desde o Sul do [[Gabão]] até às províncias angolanas do [[Zaire]] e do [[Uíge]], passando pela [[República do Congo]], pelo exclave de [[Cabinda (província)|Cabinda]] e pela [[República Democrática do Congo]]. Em Angola são o terceiro maior grupo étnico.
 
== História ==
Os Bakongos, cuja língua é o [[kikongo]], ocupavam o vale do [[rio Congo]] em meados do [[século XIII]], e formaram o [[reino do Kongo]] que até à chegada dos portugueses, no fim do século XV, era um reino forte e unificado, cuja capital [[M´banza Kongo]], ficava na atualactual província angolana do Zaire.
 
Durante a [[guerra colonial]], muitos Bakongo fugiram para o então [[Zaire]], levando a que esta etnia diminuiu consideravelmente em solo angolano. No entanto após a independência de Angola, muitos refugiados (ou seus filhos e netos) retornaram ao solo angolano. Mesmo assim, não se chegou mais a atingir os valores demográficos de [[1960]], quando os Bakongo representavam 13,5% da população angolana, contra os atuaisactuais 8,5% (estimativa). Importa salientar que os regressados do Zaire (hoje [[República Democrática do Congo]] muitas vezes não voltaram a fixar-se no seu ''habitat'' original, mas foram viver nas grandes cidades - sobre tudo em [[Luanda]], mas também mais a Sul, inclusive no Lubango <ref name="MBokolo"/>.
 
A nível político, a [[FNLA]] podia ser considerada como representando de certo modo os Bakongo angolanos, durante a luta pela independência e a primeira parte da guerra civil em [[Angola]]. Depois das eleições parlamentares de 1992, de 2008 e de 2012, a FNLA desempenha este papel de maneira apenas residual. Ao mesmo tempo, houve a fundação, por iniciativa de grupos bakongo, de um leque considerável de partidos políticos sem expressão numérica significativa.