Presidente (Roma Antiga): diferenças entre revisões

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== Histórico ==
O termo começou a ser utilizado como uma descrição genérica dos [[Governador romano|governadores]] [[Província romana|provinciais]] - muitas vezes através de [[paráfrase]]s, como ''qui praeest'' ("aquele que preside") - desde o tempo do início do [[Principado]], porém passou a ser utilizado em geral sob os [[Antoninos]].<ref name="PW"/> O [[jurista]] [[Emílio Mácer]], que escreveu durante o reinado de [[Caracala]] (198-217), insiste que o termo se aplicava apenas aos governadores que também eram [[Senado romano|senadores]] - excluindo, por consequência, os [[Procurador (Roma Antiga)|procuradores]] que pertenciam à [[ordem equestre]] - porém, embora esta afirmação possa refletir o uso arcaico do termo, ele seguramente não correspondia à realidade na época em que ele escreveu.<ref name="PW"/> Durante os séculos II e III, o termo parece ter sido usado como um título honorífico, afixado aos antigos títulos governamentais ({{ilc|legado augusto||legatus augusti}}, etc.) e, por vezes, até mesmo a comandantes de [[Legião romana|legiões]] ou procuradores fiscais. Em meados do século {{séc|III}}, no entanto, ''praeses'' havia se tornado um termo oficial, inclusive para os oficiais equestres.<ref name="PW"/> A forma ''vice praesidis'' também entrou em uso corrente para designar os procuradores equestres a quem era concedido o governo de uma província na ausência do governador (senatorial) comum. Isto representou um passo decisivo na adoção do poder governatório integral por parte dos equestres; as primeiras ''praesides provinciae'' surgem na década de 270.<ref name="PW"/>
 
Esta evolução do cargo foi formalizada com as reformas de [[Diocleciano]] {{nwrap|r.|284|305}} e [[Constantino]] {{nwrap|r.|306|337}}, quando o termo ''praeses'' passou a designar uma classe específica de governadores provinciais, a mais baixa depois dos [[consular]]es e os [[corretor]]es. Na porção oriental do [[Império Romano|Império]], no entanto, os ''praesides'' eram classificados entre essas duas classes, talvez porque os poucos ''correctores'' da região foram nomeados após os ''praesides''.<ref name="PW"/> O termo continuou a ser usado de maneira geral para se referir aos governadores de provinciais, e, na linguagem jurídica, para designar coletivamente todas as classes de governadores provinciais. Coloquialmente, os ''praesides'' também eram referidos por títulos mais genéricos, como [[Juiz (Roma Antiga)|juiz]] (''iudex'', "[[juiz]]"), [[Reitor (Roma Antiga)|reitor]] (''rector''; "[[reitor]]") ou [[Moderador (Roma Antiga)|moderador]] (''moderator'') e, por vezes, de maneira ainda mais arcaica, como [[pretor]] (''praetor''). Em [[Língua grega|grego]], o termo costumava ser traduzido como ἡγεμὼν ([[hegêmono]]).<ref name="PW"/>
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;em 31 províncias do [[Império Romano Ocidental]]<ref name="PW"/><ref name="OccidensI">''Notitia Dignitatum'', [http://www.intratext.com/IXT/LAT0212/_P1.HTM ''in partibus Occidentis'', I]</ref>
*quatro do [[Diocese do Ilírico|Ilírico]]: [[Dalmácia (província romana)|Dalmácia]], [[Panônia Prima]], [[Nórica Mediterrânea]], [[Nórica Ripense]]
*sete na [[Itália (província romana)|Itália]]: [[Alpes CótiosCócios (província romana)|Alpes Cócios]], [[Récia Prima]] e [[Récia Secunda|Secunda]], [[Sâmnio]], [[Valéria Suburbicária]], [[Córsega e Sardenha]].
*dois na [[Diocese da África|África]]: [[Mauritânia Sitifense]], [[Tripolitana]]
*quatro na [[Diocese da Espanha|Hispânia]]: [[Tarraconense]], [[Cartaginense]], [[Mauritânia Tingitana]], [[Hispânia Baleárica|Ilhas Baleares]]