Biblioteconomia: diferenças entre revisões
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A história da Biblioteconomia se data desde o surgimento da [[Biblioteca de Alexandria]] em 288 [[a.C.]], criada com a finalidade de reunir e classificar todos os conhecimentos registrados em forma documental.<ref>{{harvnb|Russo|2010|pp=43}}</ref> Outras bibliotecas também extremamente importantes para a história da profissão são as bibliotecas da [[Idade Média]], inseridas nos conventos e nos mosteiros, também denominadas bibliotecas monásticas, onde o acesso era restrito a apenas ao [[clero]] e a [[nobreza]], que acreditavam que ao ter toda a fonte de conhecimento, teriam também o poder.<ref name=r45>{{harvnb|Russo|2010|pp=45}}</ref> No [[Renascimento]], surge um novo tipo de biblioteca, também conhecidas como particulares. Essas são consideradas as precursoras das bibliotecas modernas, cuja uma das características é a acessibilidade dos livros ao público.<ref name=r45/> Mais tarde, [[Johannes Gutenberg]] cria a [[Imprensa]], que permite, a partir do [[século XVI]], a disseminação da informação e a laicização do conhecimento.<ref name=r45/> Com isso, começam a surgir as bibliotecas nacionais no século seguinte, além de ser publicado o primeiro livro destinado a apoiar a organização das bibliotecas: ''Avis pour dresser une bibliothéque'' (1627), de [[Gabriel Naudé]].<ref name=r46>{{harvnb|Russo|2010|pp=46}}</ref> A [[Revolução Francesa]] também é de grande destaque por permitir o surgimento de bibliotecas públicas, e também marcar a publicação da primeira [[enciclopédia]].<ref name=r46/>
A criação dos primeiros cursos da área de Biblioteconomia foram o da Ècole Nationale des Chartes, na França, em 1821, e o da [[Columbia University]], em 1887, nos Estados Unidos.<ref name=r46/> O curso da Columbia University foi criado por [[Melvil Dewey]], que se tornou um dos pensadores mais importantes da área, por participar da criação da [[American Library Association]] (ALA), da publicação do primeiro periódico especializado - ''Library Journal'' - e por criar o [[CDD]], conhecido como Classificação Decimal de Dewey.<ref name=r46/> Já no Brasil, a Biblioteconomia se faz presente desde a criação das bibliotecas beneditinas, franciscanas e jesuítas, mas principalmente com a criação da [[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]], no estado de [[Rio de Janeiro]].<ref>{{harvnb|Russo|2010|pp=58}}</ref> O [[Conselho Federal de Biblioteconomia]] (CFB), entretanto, só considera que a área passou a existir no país em 1911, com a criação do primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil, também o primeiro da América do Sul e o terceiro no mundo.<ref>{{harvnb|Russo|2010|pp=59}}</ref> O curso era baseado no da Ècole Nationale des Chartes, enquanto que o [[Colégio Mackenzie]] cria um em 1930 inspirado no curso da Columbia University.<ref>{{harvnb|Russo|2010|pp=60}}</ref> <nowiki>[[Rubens Borba de Moraes]]</nowiki>, em 1936, funda o curso de biblioteconomia em São Paulo, posteriormente incorporada a Escola de Sociologia e Política. A partir desses cursos, há a criação de diversas organizações que apoiam a Biblioteconomia como profissão e a inclusão do curso em graduações como a [[UFBA]] e [[UFMG]].<ref name=r62>{{harvnb|Russo|2010|pp=62}}</ref>
== Conceituação ==
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