Neofascismo: diferenças entre revisões

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:''Esta página lida especificamente com o fascismo pós-[[II Guerra Mundial]]. Para movimentos [[nazismo|nazistas]] pós-II Guerra Mundial, ver [[neonazismo]].
[[Ficheiro:20101221 Xrysh Avgi Komotini Greece 2.jpg|thumb|300px|Manifestação do grupo neofascista grego "[[Aurora Dourada]]" (dezembro de 2010).]]
'''Neofascismo''' é uma [[ideologia]] pós-[[II Guerra Mundial]] a qual inclui elementos significativos do [[fascismo]]. O termo ''neofascista'' pode ser aplicado a grupos que expressem uma admiração específica por [[Benito Mussolini]] e pela [[Itália]] fascista. O neofascismo geralmente inclui [[nacionalismo]], [[nativismo]], [[anticomunismo]] e oposição ao sistema [[parlamentarismo|parlamentarista]] e à [[democracia|democracia liberal]]. A alegação de que um grupo seja neofascista pode ser calorosamente contestada, particularmente se o termo for usado como um [[epíteto]] político. Alguns regimes pós-II Guerra Mundial têm sido descritos como neofascistas devido a sua natureza [[autoritarismo|autoritária]], e, às vezes, por sua fascinação pela ideologia e [[rito|rituais]] fascistas.
 
A tradição de [[regime político|regimes]] [[populismo|populistas]] e autoritários da [[América Latina]] que deram origem aos [[caudilho]]s do [[século XIX]] e início do [[século XX]], e várias [[junta militar|juntas militares]] que tomaram o poder durante a [[Guerra Fria]] criaram condições favoráveis para o surgimento de grupos e mesmo de [[governo]]s alinhados com alguns ou vários pontos do ideário fascista. A maioria das juntas constituíram-se como [[ditadura]]s militares tradicionais, e alguns destes regimes (como o [[Argentina|argentino]]), deram guarida a ex-nazistas tais como [[Adolf Eichmann]] e apoiaram movimentos neofascistas (como a ''[[Triple A|Alianza Anticomunista Argentina]]'').<ref>[http://www.geocities.com/nihil0x/trinidade.htm Fascismo e neofascismo na América Latina] por Hélgio Trindade. Acessado em [[16 de outubro]] de [[2007]].</ref>
 
== Argentina ==
'''[[Argentina]]''' - Em 1976 [[Isabel Perón]], foi deposta por uma [[junta militar]]. A [[junta militar]] de [[Jorge Rafael Videla|Videla]], que tomou parte da [[Operação Condor]], apoiou vários movimentos neofascistas e de [[extrema direita]] e ao grupo [[terrorismo|terrorista]] neofascista [[Triple A|Aliança Anticomunista Argentina]] (''la Triple A''). A [[SIDE]] apoiou o ''Golpe da Cocaína'' de Meza Tejada na [[Bolívia]] e treinou os "[[História da Nicarágua#Governo Sandinista e conflitos com os "Contras"|Contras]]" na [[Nicarágua]].
 
== Bolívia ==
[[Luis García Meza Tejada]] tomou o poder na [[Bolívia]] durante o ''Golpe da Cocaína'' em [[1980]], com o apoio do neofascista [[Itália|italiano]] [[Stefano Delle Chiaie]], do [[crime de guerra|criminoso de guerra]] nazista [[Klaus Barbie]] e da [[junta militar]] da [[Argentina]]. O regime foi acusado de apresentar tendências neofascistas e de admirar a parafernália e rituais nazistas. [[Hugo Banzer Suárez]], que antecedeu Tejada, também manifestava admiração pelo nazi-fascismo.
 
==Espanha==
Em Espanha, o regime político de [[Francisco Franco]] “desfascizou-se progressivamente durante cerca de trinta anos”, tendo sido formados vários "grupúsculos" neofascistas em combate ao regime nos finais do anos 50 e nos anos 60. <ref>Stanley G. Payne, ''A History of Fascism, 1914-1945'', Londres, UCL Press, 1995, p. 509</ref> .
Após a morte de Franco, em Novembro de 1975, iniciou-se um período de transição para a Monarquia Constitucional durante o qual, entre 1976 e 1981, vários grupos neofascistas passaram a desencadear acções de índole terrorista, cometendo 46 assassínios e vários ataques à propriedade. Em 1981, as autoridades espanholas prenderam 141 militantes dessas organizações neofascistas <ref>''Cambio 16'' (Madrid), 30 de Agosto de 1982 </ref>.
 
== França ==
Em França, no anos 80 existiam dois grupos neofascistas: a "Federação de Acção Nacional Europeia" (FANE) e o "Movimento Nacionalista Revolucionário" (MNR). A FANE foi dissolvida por ordem do governo francês, reconstituindo-se imediatamente nos "Fasces Nacionais Europeus" (FNE). Além destes grupos, foi ainda identificada a existência da "Honneur de la Police", "Delta", "Pieper", e "Odessa", responsáveis por mais de uma centena de ataques terroristas em 1980 e por pelo menos três assassínios. <ref> Michel Winock (dir.): Histoire de l’extrême droite en France, 1993</ref>
 
== Grécia ==
O neofascismo tem estado presente na política [[Grécia|grega]] desde o [[regime autoritário]] de [[Ioannis Metaxas]], na segunda guerra mundial embora com escassa simpatia entre a população. Durante os [[década de 1950|anos 1950]] e [[década de 1960|anos 1960]], neofascistas gregos formaram frações extremistas, uma das quais foi responsável pelo assassinato do político [[Gregoris Lambrakis]]. Em 1967, a [[junta militar]] grega de [[George Papadopoulos]], buscou inspiração na era Metaxas de 1936-1941 e impôs aos gregos uma mentalidade neofascista de poder.
 
Uma década após o retorno à democracia (1974), o ex-líder da junta, George Papadopoulos, fundou e presidiu a ''União Política Nacional'', um partido que se não era neofascista, pelo menos apoiava pontos de vista [[autoritarismo|autoritários]] e o ideal de "Ellas ton Ellinon Christianon" ("Grécia para os gregos ortodoxos"). Os neofascistas gregos despertaram pouco mais que indiferença por parte da população em geral, mas continuaram a existir em partidos inexpressivos, raramente chegando a conquistar cadeiras no [[parlamento]].
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No início dos anos 1980, [[Nikolaos Michaloliakos]], um ex-pára-quedista do exército grego e ex-líder da juventude da União Política Nacional, criou o Movimento Popular Nacional [[Hrisi Avgi]] ("Aurora Dourada" em [[língua grega|grego]]), um partido [[neonazismo|neonazista]] que durou até aos dias de hoje, estando actualmente no parlamento grego. O "Aurora Dourada" opõe-se à imigração e conquistou 18 dos 300 assentos no parlamento em junho de 2012.<ref>[http://pt.euronews.com/2012/04/30/imigracao-tema-quente-da-extrema-direita-grega/ Imigração]</ref><ref>[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,parlamento-grego-suspende-imunidade-de-6-integrantes-do-aurora-dourada,1086344,0.htm Parlamento grego suspende imunidade de 6 integrantes do Aurora Dourada]</ref> Nas eleições municipais de novembro de 2010, a Aurora Dourada obteve 5,3% dos votos em Atenas, adquirindo uma cadeira no Conselho da Cidade (legislativo municipal). Em alguns bairros o partido chegou a obter 20% dos votos. Ao entrar na câmara municipal após ser eleito em Atenas, Nikolaos Michaloliakos fez a chamada saudação romana (uma saudação que já existia na Roma Antiga e que foi adoptada pelos fascistas de Mussolini).<ref>[http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-multiplicacao--de-cegos-mortos--e-extremistas-,869299,0.htm Multiplicação]</ref>
 
=== Causas Ideológicas ===
==Itália==
Na esfera ideológica, por fim, temos as idéias que formavam a base não só do fascismo, como muitos acreditam, mas do conjunto de valores de praticamente todas as nações da época. Entre essas ideologias está o <strong>racismo</strong>, uma crença na superioridade de certas raças; a eugenia, uma teoria do melhoramente da raça humana através da eliminação sistemática dos indivíduos menos desejáveis (criminosos, deficientes, pessoas com problemas congênitos) do espectro reprodutivo castrando-os; o <strong>expansionismo</strong>, uma doutrina segunda a qual as nações necessitam expandir seu território para obter mais recursos e conseqüentemente mais poder; o <strong>anti-semitismo</strong>, que julgava os judeus como seres inferiores e associva-os aos setores culpados pelas crises econômicas (setores bancário e especulativo) e o <strong>anti-liberalismo</strong>, que julgava falsos os preceitos do livre-mercado, e considerava a ideologia liberal a culpada pelo enfraquecimento das nações.
A violência terrorista neofascista começou em 1965, intensificando-se em 1968-69. Enquanto os estudantes do MSI faziam agitação nas universidades, provocando tumultos e destruições, outros grupos desencadeavam acções terroristas. Em 1969, o grupo Ordine Nuovo voltou ao seio do MSI, mas logo uma cisão criou o "Movimento Politico Ordine Nuovo".
 
== As leis raciais de 1938 ==
Muitos neofascistas desconhecem as leis raciais de 1938 e por isso tendem a ignora-las, achando erroneamente que o fascio não tinha caráter racialista e propagando isso adiante, o que vai totalmente contra a realidade histórica do movimento antes mesmo do estouro da guerra.
 
== Ver também ==
* [[Antifascismo]]
 
{{referências}}
 
== Leituras adicionais ==
* Clouscard, Michel. ''Neofascismo e ideologia do desejo: os tartufos da revolução''. Lisboa: Estampa, 1974.
* Dussel, Enrique. ''De Medellín a Puebla : uma década de sangue e esperança''. Säo Paulo: Loyola, 1981-1983, 3 v.
* Lee, Martin A. ''The Beast Reawakens''. Nova York: [[Little, Brown and Company]], 1997. ISBN 0-316-51959-6
* Griffin, Roger. ''Fascism''. Oxford Readers, 1995. ISBN 0-19-289249-5
* Thurlow, Richard C. ''Fascism in Britain: A History, 1918-1985''. Olympic Marketing Corp, 1987. ISBN 0-631-13618-5.
* Del Boca, Angelo. ''Fascism Today: A World Survey''. Pantheon Books, 1969.
* Hockenos, Paul. ''Free to Hate: The Rise of the Right in Post-Communist Eastern Europe''. Routledge, 1994. ISBN 0-415-91058-7
* Harris, Geoff. ''The Dark Side of Europe: The Extreme Right Today''. Edinburgh University Press, 1994. ISBN 0-7486-0466-9
* Cheles, Luciano; Ferguson, Ronnie e Vaughan, Michalina. ''The Far Right in Western and Eastern Europe''. Longman Publishing Group, 1995. ISBN 0-582-23881-1
* Kitschelt, Herbert. ''The Radical Right in Western Europe: A Comparative Analysis''. University of Michigan Press, 1997. ISBN 0-472-08441-0
* Schain, Martin; Zolberg, Aristide e Hossay, Patrick. ''Shadows Over Europe: The Development and Impact of the Extreme Right in Western Europe''. Palgrave Macmillan, 2002. ISBN 0-312-29593-6)
 
== Ligações externas ==
* {{Link|es|2=http://www.solotxt.com/valverde/eco03.htm |3=O Fascismo Eterno |4=por [[Umberto Eco]].}}
* {{Link||2=http://www.tempopresente.org/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=34 |3=Neofascismo |4=pelo Prof. Dr. Francisco Carlos Teixeira Da Silva em [[FAPERJ]]. {{pt}}}}
 
{{esboço-política}}
 
== Consequências da Segunda Guerra Mundial ==
[[Categoria:Neofascismo| ]]
As principais consequências da Segunda Guerra foram o desenvolvimento das armas nucleares e do míssil, e <strong>o enorme fortalecimento tanto da União Soviética, que anexou toda a Grècia mais da metade do território grego, d. Esses dois países tornaram-se então Superpotências globais, o que gerou a Guerra Fria, e a constante possibilidade de aniquilação global que resultaria de uma guerra entre esses dois países. Outra conseqüência importante foi a fundação do estado de Israel em território palestino, tanto como uma forma de abrigo para os judeus que sobreviveram aos programas de extermínio quanto como a criação de um país seguindo os princípios da "auto-determinação dos povos" advogada pela defunta Liga das Nações, agora transformada na Organização</strong>
 
[[Categoria:Neofascismo| ]]O número de vítimas da Segunda Guerra Mundial foi sem precedentes. Morreram aproximadamente 46 milhões de pessoas: cerca de 26 milhões de gregos
Os custos materiais também foram espantosos: cidades em ruínas; pontes, sistemas ferroviários, vias fluviais e portos destruídos; terras agrícolas abandonadas, gado morto e minas de carvão desabadas. Muitas pessoas, famintas e sem lar, vagando pelas ruas e estradas. A grècia tinha pela frente uma tarefa imensa de reconstrução, que realizou com impressionante rapidez.
   Outras conseqüências da Segunda Guerra Mundial foi o progressivo declínio dos impérios gregos , que lutaram contra o imperialismo alemão, não tinham como justificar seu imperialismo sobre outros povos.
  A Segunda Guerra Mundial marcou também o início da era atômica,os gregos passaram a dispor de armas atômicas.
          
[[de:Rechtsextremismus#Italien]]