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A '''língua gótica''' (''*gutiska razda''), sendo uma língua germânica, faz parte da família de [[línguas indo-europeias]], constituindo de maneira atestada a mais antiga das línguas germânicas, apesar de não ter tido nenhum descendente moderno. Os mais antigos documentos em língua gótica datam do [[século {{Séc|IV]]}}.
 
O uso da língua sofreu um declínio pela metade do [[século {{séc|VI]]}}, devido em parte à derrota militar dos Godos para os [[Francos]], à eliminação dos [[Godos]] da [[Itália]], à conversão em grande escala ao Catolicismo romano (que utilizava primariamente o [[latim]]) e ao isolamento geográfico.
 
A língua sobreviveu na [[Península Ibérica]] até o [[século {{séc|VIII]]}}, tendo o autor franco {{ilc|[[Valafrido Estrabão||Walafrid Strabo}}]] relatado que ainda era falada na área do baixo [[Danúbio]] e em regiões montanhosas isoladas da [[Crimeia]] no início do [[século {{séc|IX]]}}. Os termos parecendo pertencer ao gótico encontrados em [[manuscrito]]s posteriores (século {{séc|XVI}}) na Crimeia não parecem pertencer à mesma língua. A existência atestada deste ''corpus'' arcaico torna a língua gótica um objeto de interesse em [[Linguística comparativa|Linguística comparada]].
 
== História ==
O gótico foi a língua de dois povos germânicos: os [[visigodos]] e os [[ostrogodos]]. Os mais antigos textos germânicos, excetuando-se umas poucas inscrições rúnicas, são fornecidos por esta língua. Esses textos são procedentes da tradução que [[Úlfilas]] fez da [[Bíblia]] no [[século {{séc|IV]]}} e de outros materiais do [[século {{séc|VI]]}}.
 
A história primitiva dos godos é obscura. Tradicionalmente o historiador do século {{séc|VI}} Procópio afirma que se deslocaram a partir de [[Gotland|GötlandGotlândia]] no leste da [[Suécia]] até a região costeira próxima à desembocadura do rio Vístula no [[século {{AC|{{séc|I a.C.]]}}|x}}; Tácito informa a existência dos ''gotones''gutões até o ano 98 d.C. na mesma região. Até o ano 200 d.C. emigraram até a região meridional da [[Rússia]], alcançando o [[Mar Negro]], na região do Mar de Azov. Pode-se distinguir dois grupos: os visos (''visi''; (“bons”"bons") e os ''ostrogodos'' (godos orientais). Posteriormente a designação ''visigodos'' se introduziu e foi interpretada como “godos ocidentais”, pois geograficamente estavam localizados no lado oriental do [[Império Romano]] e após a queda dos romanos na Península Ibérica a partir do [[século {{séc|V]]}} junto com outros grupos germânicos, de cujas línguas só são conhecidos os nomes (burgundiosburgúndios, vândalos, etc.). Os godos e sua língua são enquadrados entre os germânicos orientais, em contraste com os povos germânicos setentrionais e suas línguas da [[Escandinávia]] e os germânicos ocidentais da [[Europa]] central.
 
No século {{séc|IV}} os godos estavam em estreito contato com o Império Romano Oriental; os cativos das batalhas eram cristianizados e a nova religião era introduzida por outros meios também. Os avós de Úlfilas foram feitos cativos em uma incursão romana no povoado de SadagolthinaSadagoltina, na Capadócia, no ano de 264 d.C. o que leva a supor que Úlfilas foi educado na fé cristã. No ano de 336 viajou como parte de uma delegação à corte imperial e ali abraçou a doutrina ariana em sua forma homoiana. Por esta razão, quando Úlfilas retorna ele leva consigo esta forma de cristianismo, do que pode-se supor que os godos se fizeram arianos e quando invadiram o Império Romano, fundaram reinos cuja inspiração religiosa é desta índole. O fim político e militar dos godos ocorre em 555 quando os ostrogodos são derrotados pelo general Belisário e no ano de 711 quando os visigodos na Espanha são derrotados pelos exércitos muçulmanos.
 
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