Crosta: diferenças entre revisões

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4 550 milhões de anos é mais simples que 4,55 mil milhões (PE)/bilhões (PB)
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== Estrutura da crosta terrestre ==
Para compreender a estrutura da crosta terrestre é necessário considerar o processo de formação aceite para o nosso planeta. Este ter-se-á formado a partir de uma nebulosa de gás e poeiras que se movimentava em torno do Sol. Devido a um processo denominado [[acreção]], as poeiras aglomeraram-se em corpos sucessivamente maiores, dando origem aos protoplanetas. Este processo foi responsável pela formação do globo terrestre há cerca de 4,55 mil550 milhões de anos.
Pensa-se que neste período a Terra se terá começado a fundir parcialmente sob o efeito da desintegração dos elementos químicos radioactivos que abundavam na matéria primitiva. bem como pelo impacte de corpos celestes e pela sua própria contracção. Ocorreu então um processo de diferenciação do globo em diferentes camadas, durante o qual o ferro líquido, muito denso, migrou para o centro da Terra e deu origem a um [[núcleo]] metálico.
Os elementos químicos mais leves, tais como o silício, oxigénio, alumínio, cálcio, potássio, entre outros, subiram à superfície, formando uma camada que arrefeceu rapidamente, solidificando: a crosta. Entre estas duas camadas (núcleo e crosta), surgiu o [[manto]]. A crosta é uma camada rica em silicatos.<ref name=livro1>Anne Debroise, Lisa Garnier e outros, Enciclopédia de Ciências Larrouse - O Planeta Terra, 5629, Rio de Mouro, Printer Portuguesa, Maria do Céu Baiôa, ISBN - 972-42-3340-5, Dezembro 2004, p.21.</ref>
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=== Origem dos continentes ===
 
Os continentes são constituídos por uma mistura heterogénea de materiais leves, que flutuam e sobre o manto terrestre, mais denso. Os [[gnaisses]] de Amitsoq, que afloram no [[cratão]] da Gronelândia, são as rochas mais velhas que se conhecem. Na maioria dos cratões encontram-se rochas com a mesma idade. Com idades entre 2,5 500 e 3,5 mil500 milhões de anos ([[Pré-Câmbrico]]), estas regiões constituem o mais antigo núcleo dos continentes.
Contudo, é provável que a crosta continental se tenha formado mais cedo, desde o início do [[Arqueozóico]]. Foram descobertos grãos de [[zircão]] com 4,4 mil400 milhões de anos, na Austrália. Este mineral é muito resistente e forma-se nos magmas graníticos. Nesta época, a Terra era muito mais quente e a sua jovem crosta constantemente bombardeada por meteoritos. Apenas os grãos de zircão, encontrados nos sedimentos, resistiram a essas condições.
A crosta continental constitui-se à custa do manto terrestre. Sabe-se que há entre 3,5 500 a 1,8 mil800 milhões de anos lavas extremamente quentes e fluidas, os [[komatiitos]], brotaram do manto. Muito ricas em magnésio e relativamente pobres em silício, alumínio e potássio em relação aos basaltos atuais, estas lavas resultariam do funcionamento de plumas mantélicas.
Os investigadores apresentaram a hipótese de enormes bolsas de materiais quentes terem subido desde as profundezas da Terra e terem embatido na base na litosfera, atravessando-a e derramando na superfície grandes quantidades de lava. Ter-se-iam assim originado imensos planaltos, com vários quilómetros de espessura. A sua união poderia explicar a crescimento das primeiras massas continentais.<ref>Anne Debroise, Lisa Garnier e outros, Enciclopédia de Ciências Larrouse - O Planeta Terra, 5629, Rio de Mouro, Printer Portuguesa, Maria do Céu Baiôa, ISBN - 972-42-3340-5, Dezembro 2004, p.62-63.</ref>