Holocausto: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Protegeu "Holocausto": Alterações indevidas ignorando referências e/ou políticas ([Editar=Apenas usuários confirmados] (expira a 02h46min de 18 de fevereiro de 2015 (UTC)) [Mover=Apenas usuários confirmados] (expira a 02h46min de 18 de fevereiro |
→Impacto e consequências: correção na linguagem |
||
Linha 1:
{{ver desambig|redir="Holocausto"||Holocausto (desambiguação)}}
{{Holocausto}}
'''Holocausto''' ({{lang-gr|ὁλόκαυστος}}, {{transl|gr|holókaustos}}: ''holos'', "todo" e ''kaustos'', "queimado")<ref>{{Harvnb|Dawidowicz|1975|p=xxxvii}}.</ref> também conhecido como '''''Shoá''''' ({{lang-he-n|השואה}}, {{transl|he|''HaShoá''}}, "a catástrofe"; {{lang-yi|חורבן}}, {{transl|yi|''Churben''}} ou {{transl|yi|''Hurban''}}, do hebraico para "destruição") foi a perseguição, deportação, isolamento, aprisionamento, e/ou o [[genocídio]] ou assassinato em massa de
Quanto aos judeus, dos nove milhões que residiam na Europa antes do Holocausto, cerca de dois terços foram mortos.<ref>{{Harvnb|Dawidowicz|1975|p = 403}}.
</ref>Mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram durante o Holocausto.<ref>{{Harvnb|Fitzgerald|2011|p = 4}}; {{Harvnb|Hedgepeth|Saidel|2010|p = 16}}.
</ref>Uma rede de mais de 40 mil instalações na Alemanha e nos territórios ocupados pelos nazistas foi utilizada para concentrar, manter, explorar e matar judeus e outras vítimas.<ref name="NYT0301132">{{cite news|title = The Holocaust Just Got More Shocking|url = http://www.nytimes.com/2013/03/03/sunday-review/the-holocaust-just-got-more-shocking.html|accessdate = 2 de março de 2013|newspaper = The New York Times|date = 1 de março de 2013|author = Eric Lichtblau}}
</ref>
A perseguição e o genocídio foram realizados em etapas. Várias leis para excluir os judeus da sociedade civil — com maior destaque para as [[Leis de Nuremberg]] de 1935 — foram decretadas na Alemanha antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial na Europa. [[Campos de concentração]] foram criados e os presos enviados para lá eram submetidos a [[trabalho escravo]] até morrerem de exaustão ou por alguma doença. Quando a Alemanha ocupou novos territórios na [[Europa Oriental]], unidades paramilitares especializadas chamadas ''[[Einsatzgruppen]]'' assassinaram mais de um milhão de judeus e adversários políticos durante [[fuzilamento]]s em massa. Os alemães confinaram judeus e ciganos em [[gueto]]s superlotados, até serem transportados, através de trens de carga, para [[campos de extermínio]], onde, se sobrevivessem à viagem, a maioria era sistematicamente morta em [[câmaras de gás]]. Cada ramo da [[burocracia]] alemã estava envolvido na logística que levou ao extermínio, o que faz com que alguns classifiquem o [[Terceiro Reich]] como um "um Estado genocida".<ref name = "Berenbaum 2005 103">{{Harvnb|Berenbaum|2005|p=103}}.</ref>
Linha 221 ⟶ 226:
O número de vítimas depende da forma como o termo "Holocausto" é utilizado. Donald Niewyk e Francis Nicosia escrevem no ''The Columbia Guide to the Holocaust'' que o termo é comumente definido como o assassinato em massa de mais de cinco milhões de judeus europeus.<ref name="Niewyk 2000 45–52">{{Harvnb|Niewyk|Nicosia|2000|pp=45–52}}.</ref> Eles afirmam ainda que "nem todo mundo acha essa uma definição totalmente satisfatória."<ref>{{cite book|authors=Donald L. Niewyk, Francis R. Nicosia|title=The Columbia Guide to the Holocaust|publisher= Columbia University Press|location= |year=2000 |isbn= 0231112009|oclc=|doi=|page=49}}</ref> De acordo com Martin Gilbert, o número total de vítimas é de pouco menos de seis milhões de pessoas, cerca de 78 por cento dos 7,3 milhões de judeus que na época viviam na Europa ocupada.<ref>{{Harvnb|Gilbert|1988|pp=242–4}}.</ref> Timothy D. Snyder afirma que "o termo Holocausto é usado às vezes de outras duas maneiras: para se referir a todas as políticas de extermínio alemãs durante a guerra ou para se referir a toda a opressão aos judeus pelo regime nazista."<ref>{{Harvnb|Snyder|2010|p=412}}.</ref>
As definições mais amplas incluem cerca de dois a três milhões prisioneiros de guerra [[soviéticos]], dois milhões de [[poloneses]], cerca de 1,5 milhão de [[ciganos]], 200 mil deficientes, dissidentes políticos e religiosos, 15 mil [[homossexuais]] e cinco mil [[Testemunhas de Jeová]], elevando o número de mortos para cerca de 11 milhões de pessoas. Uma definição mais abrangente incluiria seis milhões de civis soviéticos, elevando o número de mortos para 17 milhões.<ref name="Niewyk 2000 45–52"/> Um projeto de pesquisa realizado pelo [[Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos]] estima que de 15 a 20 milhões de pessoas morreram ou foram presas.<ref name="NYT030113">{{cite news|title=The Holocaust Just Got More Shocking|url=http://www.nytimes.com/2013/03/03/sunday-review/the-holocaust-just-got-more-shocking.html|accessdate=2 de março de 2013|newspaper=The New York Times|date=1 de março de 2013|author=Eric Lichtblau}}</ref> [[R. J. Rummel]] estima que o total de mortos no [[democídio]] da Alemanha nazista seja de cerca de 21 milhões de pessoas. Outras estimativas colocam apenas as vítimas totais de cidadãos soviéticos em cerca de 26 milhões de pessoas mortas.<ref>{{Harvnb|Dear|Foot|2001|p=341}}.</ref>
=== Judeus ===
Linha 312 ⟶ 317:
[[Ficheiro:Le Mémorial aux Juifs assassinés dEurope (Berlin) (2727934499).jpg|thumb|direita|[[Memorial aos Judeus Mortos da Europa]], em [[Berlim]], [[Alemanha]]]]
[[Ficheiro:Yad Vashem exterior by David Shankbone.jpg|thumb|O memorial e museu [[Yad Vashem]] em [[Jerusalém]], [[Israel]]]]
As consequência do Holocausto
O Holocausto deixou milhões de refugiados, incluindo muitos judeus que tinham perdido a maior parte ou todos os seus bens e familiares e muitas vezes ainda tinham de enfrentar o persistente antissemitismo em seus países de origem no período pós-guerra. O plano original dos [[Aliados (Segunda Guerra Mundial)|Aliados]] era o de repatriar essas "pessoas deslocadas" para seus países de origem, mas muitos se recusaram ou não puderam voltar, visto que suas casas ou comunidades haviam sido destruídas. Como resultado, mais de 250 mil sobreviventes definharam em campos de refugiados durante anos após o fim da guerra. Como a maioria das pessoas deslocadas não podiam ou não queriam voltar para suas antigas casas na Europa e como as restrições à imigração para muitos [[países ocidentais]] ainda eram grande, a [[Palestina]] tornou-se o principal destino para muitos refugiados judeus. No entanto, os povos [[árabes]] locais se opuseram à imigração, o [[Reino Unido]] recusou-se a permitir que os refugiados judeus para o [[Mandato Britânico na Palestina]] e muitos países do [[bloco soviético]] tornaram a [[emigração]] difícil. Ex-guerrilheiros judeus na Europa, juntamente com o [[Haganah]] na Palestina, organizaram um grande esforço para contrabandear judeus para a Palestina, chamado ''[[Berihá]]'', que transportou 250 mil judeus para o mandato. Em 1952, os campos de desalojados judeus foram fechados, com mais de 80 mil judeus nos [[Estados Unidos]], cerca de 136 mil em Israel e outros de 20 mil em outros países, como [[Canadá]] e [[África do Sul]].
Linha 322 ⟶ 327:
[[Theodor Adorno]] disse a famosa frase de que "escrever poesia depois de Auschwitz é bárbaro"<ref>{{cite web|url=http://www.thestranger.com/seattle/Content?oid=18521|title=Poetry After Auschwitz: Is John Barth Relevant Anymore?}}</ref> e o Holocausto, de fato, teve um impacto profundo na arte e na literatura, tanto para judeus quanto para não-judeus. Algumas das mais famosas obras são de sobreviventes ou vítimas do Holocausto, como [[Elie Wiesel]], [[Primo Levi]], [[Viktor Frankl]] e [[Anne Frank]], mas há um conjunto substancial de literatura e arte em muitas línguas. Na verdade, [[Paul Celan]] escreveu seu poema ''Todesfuge'' como uma resposta direta à frase de Adorno.<ref>{{cite web|url=http://www.artofeurope.com/celan/cel8.htm|title=Fugue of Death|first=Paul|last=Celan|accessdate=23 de janeiro de 2007| archiveurl= http://web.archive.org/web/20070202170046/http://www.artofeurope.com/celan/cel8.htm| archivedate= 2 de fevereiro de 2007 <!--DASHBot-->| deadurl= no}}</ref>
O Holocausto também foi o tema de muitos filmes, incluindo o vencedores do Oscar ''[[A Lista de Schindler]]'', ''[[O Pianista]]'' e ''[[A Vida é Bela]]''. Com o envelhecimento da população de sobreviventes do Holocausto, tem havido um crescente atenção nos últimos anos para preservar a memória do genocídio. O resultado inclui grandes esforços para documentar suas histórias,
== Teorias ==
|