Maílson da Nóbrega: diferenças entre revisões

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|profissão = [[economista]]
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'''Maílson Ferreira da Nóbrega''' é um [[economista]] [[Brasil|brasileiro]]. Foi [[ministro da Fazenda]] no governo de [[José Sarney]], durante o período de [[hiperinflação]] em fins dos anos 1980.<ref>{{citar web|url=http://www.sjsu.edu/faculty/watkins/brazilinfl.htm|título=The Hyperinflation in Brazil, 1980-1994|língua=inglês|autor=Thayer Watkins|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://america.infobae.com/notas/57464-Qu-pas-tiene-el-rcord-de-hiperinflacin|título=¿Qué país tiene el récord de hiperinflación?|editor=infobae.com|língua=castelhano|data=04-09-2012|acessodata=30-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/03/o-passado-de-hiperinflacao-no-brasil.html|título=O passado de hiperinflação no Brasil|editor=[[Rede Globo]]|língua=português|data=23-03-2012|acessodata=10-11-2013|citação= Essa era a realidade de hiperinflação pela qual o Brasil passou durante anos, freada apenas com o Plano Real, durante mandato do presidente Itamar Franco, em 1994}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.econ.puc-rio.br/gfranco/How%20Brazil%20Beat%20Hyperinflation.htm|título=How Brazil Beat Hyperinflation|autor=[[Gustavo Franco]]|editor=UCLA International|língua=inglês|data=22-02-2002|acessodata=16-11-2013}}</ref> Está casado com Rosa Dalcin e tem cinco filhos.<ref name="Personal">{{citar web|url=http://www.mailsondanobrega.com.br/linha_do_tempo.php|título=Linha do Tempo|língua=português|ano=2010|acessodata=26-05-2013}}</ref>
O economista "Maílson Ferreira da Nóbrega" (Cruz do Espírito Santo, Paraíba, 1942), foi [[ministro da Fazenda]] entre janeiro de 1988 e março de 1989, após longa carreira no [[Banco do Brasil]] e na administração direta do governo federal. Depois de deixar o governo, se tornou num dos mais conceituados consultores brasileiros. É sócio da empresa [[Tendências Consultoria Integrada]], participa de diversos conselhos de empresas e é colunista da revista Veja, na qual publica artigos quinzenalmente.
Entre 1983 e 1984, como secretário geral do [[Ministério da Fazenda]], coordenou um grupo de estudos para modernização institucional das finanças públicas, que reuniu cerca de 150 profissionais dos altos escalões dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, Banco Central, Banco do Brasil e outros órgãos e entidades federais. Entre outras transformações, os trabalhos resultaram, entre 1986 e 1989, na criação da [[Secretaria do Tesouro Nacional]], na transferência, para o Ministério da Fazenda, da gestão do Orçamento e da Dívida Pública Federal, antes a cargo do Banco do Brasil e do Banco Central, respectivamente. O Banco Central perdeu as funções de banco de fomento, uma das condições básicas que o levaram a deter autonomia operacional. As medidas puseram fim à “conta de movimento” do Banco do Brasil
Como ministro da Fazenda, Maílson contribuiu para o último passo desse amplo conjunto de avanços institucionais: extinção do Orçamento Monetário, um orçamento paralelo que não passava pela aprovação do Congresso. O Brasil passou a ostentar um conjunto moderno de instituições fiscais, que tornaram as contas públicas uma das mais previsíveis e transparentes do mundo, de acordo com órgãos multilaterais como FMI, Banco Mundial e Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OECD), que congrega os países desenvolvidos. Depois disso, todas as receitas e despesas passam pelo Orçamento da União.
 
== Vida profissional ==
Funcionário do [[Banco do Brasil]] desde 1963, Nóbrega formou-se em [[economia]] em 1974, pela Faculdade de Ciências Econômicas Contábeis e de Administração do [[Distrito Federal]] (CEUB).<ref name="UFF">{{citar web|url=http://www.historia.uff.br/stricto/td/1263.pdf|título=Reformas neoliberais no Brasil|língua=português|formato=pdf|autor=Monica Piccolo Almeida|local=[[Niterói]]|editor=[[Universidade Federal Fluminense]]|ano=2010|acessodata=26-05-2013}}</ref> Em fins dos anos 1970, começou a fazer carreira no [[Ministério da Fazenda (Brasil)|Ministério da Fazenda]], tendo assumido várias postos proeminentes<ref name="Personal"/> até ser nomeado [[ministro da Fazenda]] em 6 de janeiro de 1988, após a renúncia de [[Luiz Carlos Bresser Pereira]].<ref name="Cronologia">{{citar web|url=http://almanaque.folha.uol.com.br/dinheiro80.htm|título=Cronologia Anos 1980|editor=[[Folha de S. Paulo]]|língua=português|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
=== No Ministério da Fazenda ===
== Infância e adolescência ==
Ao assumir, Nóbrega afirmou que não descuidaria "em nenhum momento, do controle da [[inflação]]", que não haveria nenhum pacote econômico ou "medidas heroicas", e que tentaria renegociar a [[dívida externa]] brasileira com os credores internacionais em condições tão favoráveis quanto às obtidas pelo [[México]]. Rapidamente, contudo, tornou-se claro que não seria capaz de cumprir nenhuma destas promessas.<ref name="Veja">{{Citar periódico|editora=[[Veja (revista)]]|autor=Odail Figueiredo Jr.|data=13-01-1988|título=Chega de medidas heróicas|local=[[São Paulo]]|paginas=3-6|issn=0100-7122}}</ref> Já em 2 de fevereiro de 1988, o então [[Senado Federal do Brasil|senador]] [[Fernando Henrique Cardoso]] questionava no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] a retomada dos pagamentos da dívida externa (após a [[moratória]] de 1987) sem que houvesse um acordo definitivo firmado com os credores.<ref>{{citar web|url=http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/pdf/Anais_Republica/1988/1988%20Livro%202.pdf|título=Diário do Congresso Nacional - Fevereiro de 1988 - Livro 2|língua=português|autor=[[Fernando Henrique Cardoso]]|editor=[[Congresso Nacional do Brasil]]|formato=pdf|citação=O que é grave é que, efetivamente, houve uma declaração formal do próprio Ministro Mailson da Nóbrega, dizendo que não haveria mudança de política, e a mudança foi drástica. Fico-me perguntando: para que fizemos essa moratória? Essa moratória foi feita para, finalmente, pagarmos tudo, sem nenhuma vantagem para o Brasil.|data=03-02-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref> Finalmente, em 23 de agosto de 1988 o Brasil fechou um acordo com o [[Fundo Monetário Internacional|FMI]] pelo qual teria à disposição [[US$]] 1,4 bilhão (do qual recebeu efetivamente US$ 477 milhões).<ref name="Cronologia"/><ref>{{citar web|url=http://www.imf.org/external/pubs/ft/history/2001/ch11.pdf|título=Silent Revolution - The International Monetary Fund 1979–1989|autor=James M. Boughton|editor=[[Fundo Monetário Internacional]]|formato=pdf|língua=inglês|data=01-10-2001|acessodata=26-05-2013}}</ref>
Filho de Maria José e Wilson Ferreira da Nóbrega, Maílson Ferreira da Nóbrega nasceu em 14 de maio de 1942, em [[Cruz do Espírito Santo]], às margens do Rio Paraíba, na Zona da Mata paraibana. O mais velho de dez irmãos, deixou a cidade natal aos doze anos de idade, para estudar em [[João Pessoa]], onde, aos 20 anos, passou em concurso para o Banco do Brasil.
 
Nóbrega havia declarado que faria uma [[política econômica]] "[[feijão com arroz]]", sem "soluções miraculosas", realizando somente ajustes pontuais para evitar uma [[hiperinflação]].<ref name="Veja"/> Todavia, o ano de 1987 que havia terminado com uma inflação acumulada em 415,87%, foi amplamente superado pelo índice de 1.037,53% ao final de 1988.<ref name="Banco">{{citar web|url=http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/ingl/focus/faq2-price%20indices.pdf|título=Price Indices|língua=inglês|formato=pdf|editor=[[Banco Central do Brasil]]|ano=2005|acessodata=26-05-2013}}</ref> Tornou-se claro que, mais uma vez, o governo Sarney teria que lançar mão de outro "pacote econômico heterodoxo". Este efetivamente surgiu em 15 de janeiro de 1989 e recebeu o nome de "[[Plano Verão]]".<ref name="Verano">{{citar web|url=http://elpais.com/diario/1989/01/16/economia/600908403_850215.html|título=Brasil anuncia un 'plan verano' para combatir la inflación y cambia su moneda|editor=[[El País]]|autor=Eric Nepomuceno|língua=castelhano|data=16-01-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
==== O Plano Verão ====
== Carreira no Banco do Brasil ==
O pacote econômico conhecido como "Plano Verão" foi o quarto e último do governo Sarney, e tinha como objetivo principal controlar a escalada inflacionária num ano eleitoral.<ref>{{citar web|url=http://www.country-data.com/cgi-bin/query/r-1736.html|título=Brazil: The 1985-89 Period|língua=inglês|editor=Country Listing|data=abril de 1997|acessodata=26-05-2013}}</ref> Para isso, foi criada uma nova moeda, o ''[[cruzado novo]]'' (que valia 1.000 [[Cruzado (BRC)|cruzados velhos]]), houve uma [[Desvalorização interna da moeda|desvalorização]] de 14% da moeda nacional perante o dólar, e preços e salários foram [[Congelamento de preços|congelados]].<ref name="Verano"/><ref>{{citar web|url=http://ich.ufpel.edu.br/economia/professores/mpassos/planoscruzadobressereverao.pdf|título=Planos Cruzado, Bresser e Verão|editor=[[Universidade Federal de Pelotas]]|formato=pdf|autor=Marcelo de Oliveira Passos|língua=português|acessodata=10-11-2013}}</ref> Como os seus antecessores, o Plano Verão revelou-se um quase completo fracasso. Maílson da Nóbrega admite que seus objetivos não foram atingidos, mas que outras medidas que deveriam ter sido adotadas para que o plano obtivesse êxito, não foram aprovadas pelo [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso brasileiro]]. Entre elas, a demissão de funcionários públicos sem estabilidade, extinção de órgãos públicos e um amplo programa de privatizações.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u490114.shtml|título=Mailson admite fracasso do Plano Verão, mas questiona correção na poupança|língua=português|autor=Ygor Salles|editor=[[Folha de S. Paulo]]|data=15-01-2009|acessodata=26-05-2013}}</ref> Estas medidas foram posteriormente adotadas nos governos [[Neoliberalismo|neoliberais]] de [[Fernando Collor de Mello]] e [[Fernando Henrique Cardoso]], embora não tenham se revelado particularmente eficazes na redução do [[Deficit público|déficit público]].<ref>{{citar web|url=http://elpais.com/diario/1989/03/30/economia/607212011_850215.html|título=El 'plan verano' contra la inflación en Brasil fracasa tras dos meses de vigencia|editor=[[El País]]|autor=[[William Waack]]|língua=castelhano|data=30-03-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.teoriaedebate.org.br/materias/economia/plano-verao-e-neoliberalismo?page=full|título=Plano Verão e neoliberalismo|editor=Teoria e Debate|autor=[[Guido Mantega]]|língua=português|data=01-04-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.nytimes.com/1990/01/07/business/bad-times-bold-plans-for-brazil.html?pagewanted=all&src=pm|título=Bad Times, Bold Plans for Brazil|língua=português|autor=James Brooke|editor=[[The New York Times]]|data=07-01-1990|acessodata=26-05-2013}}</ref>
Em abril de 1963, Maílson da Nóbrega, prestes a completar 21 anos, começou a trabalhar como escriturário do [[Banco do Brasil]], em Cajazeiras, no interior da Paraíba. Lá, concluiu o ensino médio, casou-se e teve os filhos Márcio e Guilherme. Rapidamente foi promovido a investigador de cadastro e a chefe da [[Carteira de Crédito Agrário e Industrial]] (Creai) da agência.
Em 1968 passa a integrar, no Rio de Janeiro, o grupo de trabalho do BB encarregado de rever as normas de crédito rural do banco. Muda-se para essa cidade no ano seguinte, quando se torna assistente da [[Consultoria Técnica]], o mais alto órgão técnico do banco. Em 1970, é convidado para assessorar um diretor do banco e, com o início da mudança efetiva da sede do BB para a nova capital federal, Maílson muda-se no mesmo ano para Brasília, onde passa a assessorar o presidente do banco, em 1974. No ano seguinte, torna-se o titular da Consultoria Técnica.
 
Além de sua inocuidade como instrumento de controle da inflação, alega-se que o Plano Verão e similares ([[Plano Bresser]] de 1987 e os [[Plano Collor|Planos Collor 1]], de 1990, e Collor 2, de 1991),<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/planejado-contra-hiperinflacao-plano-collor-deu-inicio-abertura-comercial.html|título=Planejado contra hiperinflação, plano Collor deu início à abertura comercial|autor=Anay Cury|coautores=Gabriela Gasparin|editor=g1.com|língua=português|data=10-11-2012|acessodata=26-05-2013}}</ref> teriam causado prejuízos às pessoas que na época possuíam [[Caderneta de poupança|cadernetas de poupança]], pois os índices de correção monetária foram alterados. No caso do Plano Verão, as perdas foram estimadas em cerca de 20,37% sobre os rendimentos em fevereiro de 1989.<ref>{{citar web|url=http://www.abradec.com.br/planoverao89.html|título=O que foi o Plano Verão '89?|editor=ABRADEC|língua=português|ano=2010|acessodata=26-05-2013}}</ref> Todavia, a Confederação Nacional do Sistema Financeiro brasileiro não somente contesta a ideia de que os poupadores teriam sido prejudicados, como afirma que as instituições financeiras não se apropriaram do dinheiro expurgado das contas dos clientes, já que qualquer excesso de liquidez é recolhido compulsoriamente ao [[Banco Central do Brasil|Banco Central]].<ref>{{citar web|url=http://www.consif.org.br/index.asp|título=Planos Econômicos|editor=Confederação Nacional do Sistema Financeiro|língua=português|acessodata=26-05-2013}}</ref> Em 2013, o [[Supremo Tribunal Federal]] (STF) começou a avaliar o caso, para definir se houve prejuízos - e quem pagará por eles.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130315_brasil_poupancas_confisco_pai.shtml|título=Após 23 anos do Plano Collor, 'trauma de confisco' sobrevive|língua=português|editor=BBC Brasil|autor=Paula Adamo Idoeta|data=20-03-2013|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
=== Consultorias ===
== Carreira em Ministérios ==
O ano de 1989 veria a [[hiperinflação]] atingir a marca histórica de 1.782,85%.<ref name="Banco"/> Em março de 1990, o presidente eleito, [[Fernando Collor de Mello]], deu posse à nova ministra da Fazenda, [[Zélia Cardoso de Mello]]. Logo após a posse, Maílson da Nóbrega mudou-se para [[São Paulo]] onde começaria quase imediatamente a trabalhar como consultor financeiro (não havia um período de "[[quarentena]]" para autoridades recém-saídas de cargos ministeriais). Com um de seus ex-subordinados, Cláudio Adilson Gonçalez, e Celso Luiz Martone, montou a ''MCM Consultores Associados'', da qual faria parte até 1995.<ref name="Personal"/>
Em 1977, Maílson, ainda funcionário do BB, como seria até se aposentar, é cedido ao [[Ministério da Indústria e do Comércio]] (MIC), onde organiza e chefia a Coordenadoria de Assuntos Econômicos da pasta. Lá, preparava os relatórios sobre a execução do [[II Plano Nacional de Desenvolvimento]], cujas principais responsabilidades cabiam ao MIC, e é um dos responsáveis por planejar a primeira safra de álcool para o [[Proálcool]].
Em 1979, passa a assessorar o ministro da Fazenda, [[Karlos Richbieter]]. Permanece no cargo quando o ministro é substituído por [[Ernane Galvêas]], que o promove a secretário geral do ministério em 1983. O país estava em situação difícil em decorrência da crise mundial detonada pela segunda [[Crise do Petróleo]], em 1979, e pela sucessão de crises financeiras que se seguiriam com a moratória mexicana de 1982 e acarretaram a suspensão do pagamentos da dívida externa brasileira, em julho de 1983.
 
Em 1997, Maílson da Nóbrega começaria a estruturar a ''Tendências Consultoria Integrada'', juntamente com Nathan Blanche e [[Gustavo Jorge Laboissière Loyola|Gustavo (Jorge Laboissière) Loyola]], ex-presidente do Banco Central (e ex-sócio da MCM).<ref name="Personal"/> A expertise de ambos na área pública fez com que a Tendências (ao lado da MCM) se tornasse uma das principais consultorias econômicas brasileiras, tendo como clientes grandes "players" do [[mercado financeiro]] e instituições que movimentavam aplicações especulativas de alto risco, conhecidas informalmente como "fundos tarja preta".<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0635/noticias/so-para-quem-tem-nervos-de-aco-m0047089|título=Só para quem tem nervos de aço|língua=português|editor=[[Exame (Brasil)]]|autor=Laura Somoggi|data=07-04-1997|acessodata=26-05-2013}}</ref> Em janeiro de 1999, baseados nos relatórios do MCM e do Tendências, que previam uma [[Desvalorização interna da moeda|desvalorização]] do [[Real (moeda)|real]] apenas em fevereiro, os "tarja preta" [[Banco Marka|Marka]] e FonteCindam foram à [[bancarrota]] - mesmo tendo recebido um polpudo pacote de ajuda do [[Banco Central do Brasil|Banco Central]], presidido por [[Francisco Lafaiete de Pádua Lopes|Francisco (Lafaiete de Pádua) Lopes]].<ref>{{citar web|url=http://epoca.globo.com/edic/19990426/brasil1.htm|título=A vida dupla de Chico Lopes|língua=português|editor=[[Época (revista)]]|autor=Guilherme Barros|coautores=Luís Costa Pinto|data=26-04-1999|acessodata=26-05-2013}}</ref> Naquele que se transformaria num dos grandes escândalos financeiros do governo [[Fernando Henrique Cardoso]], evidenciou-se que a simples presença de ex-autoridades financeiras numa consultoria não era garantia de lucro certo.<ref>{{citar web|url=http://elpais.com/diario/1999/04/24/economia/924904808_850215.html|título=Una comisión parlamentaria encuentra graves irregularidades en el Banco Central de Brasil|autor=Eric Nepomuceno|editor=[[El País]]|língua=castelhano|data=24-04-1999|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/juiz-federal-condena-envolvidos-no-escandalo-marka-fontecindam-4441289|título=Juiz federal condena envolvidos no escândalo Marka e FonteCindam|autor=Lino Rodrigues|coautores=Ronaldo D'Ercole e Liana Melo|editor=[[O Globo]]|língua=português|data=29-03-2012|acessodata=10-11-2013}}</ref>
=== Modernização institucional das finanças públicas ===
Como secretario geral do [[Ministério da Fazenda]], Maílson da Nóbrega, com a aprovação do ministro da pasta, Ernane Galvêas e do ministro do Planejamento, [[Antonio Delfim Netto]], cria e coordena um grupo de trabalho que reúne cerca de 150 técnicos da Fazenda, Planejamento, MIC, Banco Central, Banco do Brasil, entre diversos outros órgãos. O objetivo é estudar minuciosamente as finanças públicas e propor alterações para modernizá-las. As medidas, combatidas especialmente por funcionários do Banco do Brasil e por políticos oportunistas, são barradas por decisão judicial, em resposta a uma ação popular, no final do último governo militar.
 
Todavia, o caso Marka/FonteCindam não arranhou o prestígio de Maílson da Nóbrega ou de sua consultoria. Articulista da "[[Folha de S. Paulo]]" desde 1998, em 2000 ele se mudaria para o "[[Estado de S. Paulo]]", e a partir de 2005 começaria a escrever quinzenalmente para a revista semanal "[[Veja (revista)|Veja]]".<ref name="Personal"/> Em 2012, além de continuar a ser sócio da Tendências e um dos palestrantes mais requisitados no Brasil (cerca de 90 apresentações por ano, quase sempre sobre análise da conjuntura político-econômica), Maílson da Nóbrega era ainda membro do [[conselho de administração]] de sete empresas no Brasil e no exterior (entre elas, [[Grendene]], [[TIM]], [[Rodobens]] e [[Cosan]]).<ref>{{citar web|url=http://economia.estadao.com.br/especiais/rede-de-contatos,178121.htm|título=Rede de contatos|língua=português|editor=[[O Estado de S. Paulo]]|autor=William Mariotto|coautores=Pedro Bottino|data=06-08-2012|acessodata=26-05-2013}}</ref>
== Diretor do European Brazilian Bank ==
Frustrado e alvo de muita oposição interna, Maílson da Nóbrega aceita convite para trabalhar em [[Londres]], como diretor-executivo do Eurobraz, o [[European Brazilian Bank]], de que o Banco do Brasil era um dos controladores. Muda-se em junho de 1984, pouco depois de iniciado turbulentamente o primeiro governo democrático depois do regime militar: com a doença e morte do presidente eleito, [[Tancredo Neves]], e assunção do cargo por [[José Sarney]].
Durante os quase dois anos que permanece na Inglaterra, Maílson lapida-se intelectualmente: incrementa seu inglês, frequenta cursos de extensão na [[City University]] e dedica-se à leitura.
Em 1987, o ministro [[Luiz Carlos Bresser Pereira]], recém empossado, o convida a retornar ao cargo de secretário-geral do Ministério da Fazenda. Maílson desembarca em [[Brasília]] dois dias depois, para assumir o posto.
 
== MinistroO da FazendaFilme ==
Em 2013, com direção de Louise Z. Sottomaior, foi lançado o [[documentário]] "O Brasil Deu Certo. E Agora?". Idealizado por Maílson da Nóbrega, o filme aborda a conquista da estabilidade política e econômica no Brasil e os desafios ao crescimento do país. Com depoimentos de três [[Anexo:Lista_de_presidentes_do_Brasil|ex-presidentes da república]] (Sarney, Collor e [[Fernando Henrique Cardoso|FHC]]), sete ex-presidentes do Banco Central e 13 ex-ministros de Estado,<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/agendafolha/2013/04/1271218-documentario-de-mailson-da-nobrega-sobre-rumos-do-brasil-tem-pre-estreia-gratuita.shtml|título=Documentário de Maílson da Nóbrega sobre rumos do Brasil tem pré-estreia gratuita|língua=português|editor=[[Folha de S. Paulo]]|data=30-04-2013|acessodata=26-05-2013}}</ref> não contou com as presenças do ex-presidente [[Luís Inácio Lula da Silva|Lula]], da atual presidenta, [[Dilma Rousseff]], do ex-ministro da Fazenda [[Antônio Palocci]] ou do atual, [[Guido Mantega]]. Segundo Maílson, todos foram convidados, mas preferiram não participar.<ref>{{citar web|url=http://www2.valor.com.br/cultura/3107786/aos-70-mailson-veste-uma-nova-camisa-de-cineasta|título=Aos 70, Maílson veste uma nova camisa, a de cineasta|editor=[[Valor Econômico]]|autor=Vanessa Jurgenfeld|língua=português|data=02-05-2013|acessodata=26-05-2013}}</ref>
Com a renúncia de Bresser Pereira ao cargo, em 21 de dezembro de 1987, Maílson da Nóbrega se torna ministro interino, até dia 6 de janeiro de 1988, quando é confirmado no cargo pelo presidente José Sarney.
Maílson assume o cargo tendo de enfrentar graves problemas, como inflação mensal altíssima, imenso déficit público e falta de acesso a crédito internacional, uma consequência da moratória unilateral da dívida externa, declarada por Sarney e o minsitro da Fazenda [[Dílson Funaro]] no início de 1987.
Num governo com escasso apoio social e político, a ambição inicial da equipe econômica era evitar o descontrole inflacionário sem recorrer a choques como congelamento de preços, salários e contratos, o que ficou conhecido como [[Política do feijão com arroz]]. Outro dos objetivos principais era regularizar as relações com a comunidade financeira internacional, o que implicava buscar um acordo com o [[FMI]].
Por tentar reduzir os gastos públicos, sua gestão ficou conhecida pelas medidas de austeridade fiscal, que desagradaram a ministros, governadores de estados, congressistas, empresários e sindicatos de trabalhadores. Até as Organizações Globo eram acusadas de fazer parte da campanha para derrubar a equipe econômica. Mesmo sob pressão e com muito desgaste, Maílson permaneceu na Fazenda.
Em janeiro de 1989, a equipe econômica lançou o [[Plano Verão]], que congelou preços e salários. Entre as medidas associadas ao plano estavam a limitação por lei dos gastos públicos, a extinção de órgãos e a privatização de grandes estatais. Nem com as árduas negociações com o Congresso as reformas estruturais foram aprovadas. Sem elas, o Plano Verão fracassou em dois meses.
Num governo sem força política ao menos para extinguir órgãos, restava à equipe econômica buscar influenciar as expectativas da sociedade para que não houvesse descontrole e pânico. Foi com foco neste esforço que Maílson conduziu a economia brasileira até 18 de março de 1990, quando transmitiu o cargo a [[Zélia Cardoso de Melo]], ministra de Economia do novo presidente, [[Fernando Collor de Mello]]. Deixou o governo aliviado por entregar o comando de uma economia que não se desorganizara, apesar da inflação 84% no seu último mês no cargo.
 
== Consultor e articulistaControvérsias ==
=== Nóbrega e o "Cidadão Kane" ===
Ao deixar o governo, Maílson da Nóbrega mudou-se para São Paulo, para iniciar sua carreira de consultor econômico. Ainda em 1990, começou a construir sua carteira de clientes, dos quais os primeiros foram os bancos BMC e Econômico. Em seguida, associou-se aos economistas Celso Martone e Cláudio Adilson Gonçalez para criar a MCM Consultores Associados, em que permaneceu até 1995, quando se tornou diretor do Banco BMC. No início de 1997, juntou-se a Nathan Blanche e Gustavo Loyola para criar o que se tornaria a Tendências Consultoria Integrada, renomada por suas análises da conjunto econômica e política. Seus trabalhos mais relevantes, todavia, são relacionados à construção de cenários de longo prazo, o acompanhamento do desempenho dos mais importantes setores da economia nacional e a condução de projetos especiais sob encomenda, tais como pareceres, estudos para subsidiar a defesa dos interesses dos clientes perante o CADE e órgãos reguladores, avaliações setoriais para auxiliar empresas a desenvolver ações de inteligência e assim por diante.
Em sua autobiografia, "Além do Feijão com Arroz", Maílson da Nóbrega confirma que sua efetivação no cargo de [[ministro da Fazenda]] teve o aval do poderoso empresário das telecomunicações [[Roberto Marinho]] (o qual, segundo Nóbrega, lembraria [[William Randolph Hearst]], ou, mais precisamente, o "[[Cidadão Kane]]"). O presidente Sarney orientou Nóbrega a conversar primeiro com o "Dr. Roberto" no escritório deste, em [[Brasília]]. A conversa, que Nóbrega descreve como uma "sabatina", ocorreu na tarde de 5 de janeiro de 1988. Marinho aparentemente ficou satisfeito com o que ouviu, pois ao voltar ao ministério, por volta das 18 h (10 minutos após ter deixado o escritório da [[Rede Globo]]), Nóbrega foi cumprimentado pela secretária, que acabara de ouvir no plantão do [[Jornal Nacional]] a confirmação da efetivação dele como ministro da Fazenda. Em seguida, recebeu um telefonema de Sarney, convocando-o ao [[Palácio do Planalto]] para tomar posse do cargo.<ref name="Brasileiros">{{citar web|url=http://www.revistabrasileiros.com.br/2010/11/24/ex-ministro-mostra-o-poder-de-roberto-marinho-no-governo-sarney/|título=Ex-Ministro mostra o poder de Roberto Marinho no governo Sarney|língua=português|autor=Alex Solnik|editor=[[Brasileiros (revista)]]|data=24-11-2010|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/showNews/jd051199.htm|título=Mídia & Mercado|autor=Guilherme Canela de Souza Godoi|editor=[[Observatório da Imprensa]]|língua=português|data=05-11-1999|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/sai-em-e-book-autobiografia-de-mailson-em-que-conta-entre-outros-episodios-como-sarney-so-o-nomeeou-para-a-fazenda-depois-da-aprovacao-de-roberto-marinho/|título = Sai em e-book autobiografia de Mailson em que conta, entre outros episódios, como Sarney só o nomeou para a Fazenda depois da aprovação de Roberto Marinho|autor=[[Ricardo Setti]]|editor=[[Veja (revista)]]|língua=português|data=21-11-2011|acessodata=10-11-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://super.abril.com.br/cultura/voz-brasil-445717.shtml|título=A voz do Brasil|autor=[[Leandro Narloch]]|editor=[[Superinteressante]]|língua=português|data=junho de 2005|acessodata=10-11-2013|citação=Antes de assumir o Ministério da Fazenda, em 1988, Maílson da Nóbrega conversou por 2 horas com Roberto Marinho. “Era como se eu estivesse sendo sabatinado”, contou Maílson para a revista Playboy. 10 minutos após a conversa, o Jornal da Globo dava o furo: ele era o novo ministro da Fazenda.}}</ref>
Desde 1994 publica seus artigos em renomados veículos da imprensa: Folha de S. Paulo, entre 1994 e 2000; O Estado de S. Paulo, de 2000 a 2008; e Veja, desde então.
 
Depois da posse, Nóbrega e o "Cidadão Kane" encontraram-se para um almoço, desta vez no [[Rio de Janeiro]], na sede da [[TV Globo]]. Marinho teria confidenciado à Nóbrega que indicara dois outros ministros de Sarney: [[Antônio Carlos Magalhães]], das [[Ministério das Comunicações (Brasil)|Comunicações]], e [[Leônidas Pires Gonçalves|Leônidas Pires]], do [[Exército Brasileiro|Exército]]. Segundo Nóbrega, "não sei se era verdade, nem se ele exibia que era poderoso".<ref name="Brasileiros"/>
== Bibliografia ==
 
* [[2010]] - Maílson da Nóbrega, Louise Z. Sottomaior e Josué Leonel - Além do feijão com arroz – Maílson da Nóbrega – Autobiografia; Editora Civilização Brasileira.
Embora houvesse começado de forma cordial, a relação entre Nóbrega e Marinho azedaria nos meses seguintes. O primeiro problema foi o cancelamento de um programa governamental de incentivo às exportações, no qual Roberto Marinho pretendia vender um bilhão de dólares em casas pré-fabricadas. O programa foi cancelado, mas o interesse de Marinho acabou sendo divulgado pelo "[[Jornal do Brasil]]", principal concorrente de "[[O Globo]]" (jornal dos Marinho) no Rio de Janeiro. Irritado, Roberto Marinho pressionou o presidente Sarney para que Nóbrega desmentisse a informação. Mesmo após Nóbrega ter se recusado a dar um desmentido formal, Marinho fez divulgar no principal noticioso da TV Globo, o Jornal Nacional, que o desmentido havia sido dado.<ref name="Brasileiros"/><ref>{{citar web|url=http://archive.is/aCCct|título=Feijão com arroz da abertura política e econômica|editor=[[Brasil Econômico]]|autor=Luciano Feltrin|data=22-11-2010|língua=português|acessodata=10-11-2013}}</ref>
* [[2005]] - Maílson da Nóbrega – O futuro chegou: instituições e desenvolvimento no Brasil. O livro discute o papel das transformações institucionais no desenvolvimento de um país. Comparando instituições brasileiras e inglesas, principalmente, Maílson busca mostrar ao leitor que a evolução institucional do Brasil criou as bases para a preservação de duas conquistas essenciais ao desenvolvimento: a democracia e a estabilidade econômica.. Editora Globo.
 
* [[2000]] - Maílson da Nóbrega – O Brasil em Transformação: é uma coletânea de 100 artigos de Maílson da Nóbrega, complementados por outros três, inéditos até então. Editora Infinito (Gente).
Com a escalada da [[hiperinflação]], aumentou a pressão contra Nóbrega. Ele descobriu-se "demitido" pelo jornal "[[O Globo]]" na manhã de 4 de agosto de 1989 ("Inflação derruba Maílson", dizia a manchete),<ref>{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/consulta-ao-acervo/?navegacaoPorData=198019890804|título=Inflação derruba Maílson|editor=[[O Globo]]|data=4-08-1989|língua=português|acessodata=10-11-2013}}</ref> e no dia seguinte o jornal afirmava que o presidente Sarney escolheria um novo coordenador para a economia.<ref>{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/consulta-ao-acervo/?navegacaoPorData=198019890805|título=Sarney escolherá com Congresso o novo coordenador da economia|editor=[[O Globo]]|data=5-08-1989|língua=português|acessodata=10-11-2013}}</ref> Não aconteceu nem uma coisa nem outra, e Nóbrega manteve-se ministro até 18 de março de 1990, quando [[Zélia Cardoso de Mello]] assumiu o ministério da Fazenda.<ref name="Brasileiros"/> Segundo a revista "Veja" em sua edição 1091 (9 de agosto de 1989), a ação para precipitar a queda de Nóbrega foi organizada em Brasília pelo empresário e [[Lobby|lobista]] Jorge Serpa, homem de confiança de Roberto Marinho.<ref>{{Citar periódico|editora=[[Veja (revista)]]|data=09-08-1989|título=Vai acabar em pizza|local=[[São Paulo]]|paginas=56-57|issn=0100-7122}}</ref> Serpa foi o mesmo que em 1988 havia tentado - sem sucesso - intermediar o negócio de um bilhão de dólares em casas pré-fabricadas proposto pelo Dr. Roberto.<ref name="Brasileiros"/>
 
=== Nóbrega vs ISTOÉ ===
Em 28 de abril de 1999, com o escândalo Marka/FonteCindam na berlinda, a revista semanal "[[ISTOÉ]]" publicou um [[editorial]] ("Moralização Já") onde criticava as relações "promíscuas" entre o mercado financeiro e o poder público, evidenciado pelo fato de que autoridades monetárias passavam a trabalhar como consultores imediatamente após deixar o governo - ou vice-versa - e cita especificamente Maílson da Nóbrega como exemplo.<ref>{{citar web|url=http://www.istoe.com.br/assuntos/editorial/detalhe/30611_MORALIZACAO+JA|título="Moralização já"|língua=português|editor=[[ISTOÉ]]|data=28-04-1999|acessodata=26-05-2013}}</ref> Em consequência, com base na [[Lei de Imprensa]], Nóbrega entrou com uma ação contra o semanário, pedindo explicações sobre as ilações feitas no editorial.<ref name="ISTOE">{{citar web|url=http://istoevip.terra.com.br/reportagens/32602_PUBLICACAO+DAS+EXPLICACOES+PRESTADA|título=Publicação das explicações prestadas|autor=Domingo Cecilio Alzugaray|editor=ISTOÉ|língua=português|data=14-07-1999|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
As explicações foram dadas na edição 1554 da revista, em 14 de julho de 1999. Nelas, o editor da "ISTOÉ", Domingo Cecilio Alzugaray, esclarece que tanto Maílson da Nóbrega quanto seu sócio Gustavo Loyola ressaltavam a expertise em órgãos públicos nos próprios currículos, mas que não havia nisso qualquer insinuação de que tivessem repassado informações privilegiadas aos bancos citados - tanto assim que eles foram à [[bancarrota]].<ref name="ISTOE"/>
 
== Obras publicadas ==
* [[2010]] - Maílson da Nóbrega, Louise Z. Sottomaior e Josué Leonel. - ''Além do feijão com arroz'' – Maílson da Nóbrega – Autobiografia;(autobiografia). Editora Civilização Brasileira.
* [[2005]] - Maílson da Nóbrega. – ''O futuro chegochegou: instituições e desenvolvimento ono BrasiluBrasil''. Ed.Editora Globo, São Paulo 2004:.
* [[2000]] - Maílson da Nóbrega – ''O Brasil em Transformação''. Editora Infinito
 
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* - Maílson da Nóbrega, Louise Z. Sottomaior, Josué Leonel. Além do feijão com arroz – Maílson da Nóbrega – Autobiografia: Ed. Civilização Brasileira, São Paulo, 2010.
* - Maílson da Nóbrega. O futuro chego: instituições e desenvolvimento o Brasilu. Ed. Globo, São Paulo 2004:.
* - José Júlio Senna. Política Monetária: Ideias, experiências e evolução. Ed. FGV, 2010.
* -Gremaud, A., Vasconceslos, M.A., Toneto Jr., R. Economia Brasileira Contemporânea. São Paulo: Atlas, 2006.
* - A. Gremaud, F. Saes, R. Toneto Jr.. Formação Econômica do Brasil. Ed. Atlas, 1997.
* - Fabio Giambiagi. et al. Economia Brasileira Contemporânea (1945-2004). Ed. Elsevier, 2005.
* - M. P. Abreu. A ordem do progresso. Cem anos de política econômica republicana, 1889-1989. Ed. Campus, 1989.
* - Luiz G. Belluzzo, J.G. de Almeida. Depois da Queda. A economia brasileira da crise da dívida aos impasses do Real. Ed. Civilização Brasileira, 2002.
* - Antonio Kandir. A dinâmica da inflação. Ed. Nobel, São Paulo, 1990.
* - Guido Mantega. Economia: Plano Verão e Neoliberalismo. Revista Teoria e Debate, no. 6, 1989.
 
== Ligações externas ==
* [http://www.mailsondanobrega.com.br Sítio oficial de Maílson da Nóbrega]
* [http://www.diariodocentrodomundo.com.br/legou-uma-inflacao-de-80-ao-mes-aos-brasileiros-e-virou-estrela/ Legou uma inflação de 80% ao mês aos brasileiros e virou estrela]
* [http://www.tendencias.com.br Tendências Consultoria Integrada]
* [http://veja.abril.com.br Revista Veja]
 
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