Jô Bilac: diferenças entre revisões

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" Caixa de Areia” (2013) é a última parte da Trilogia Pessoal, escrita por Jô Bilac, antecedida por “Savana Glacial” (2010) e por “Popcorn” (2011). Se, na primeira, estava em cena o criador, na segunda, a questão era a criação. Agora, quem figura no centro da narrativa é a crítica. Mais uma vez, Bilac oferece excelentes diálogos e uma construção dramatúrgica não linear que, para quem está acostumado com narrativas mais contemporâneas, tem, em sua forma, muito mais a dizer do que propriamente no conteúdo. O jogo de palavras no diálogo, a sua organização fala após fala, com pontos de virada específicos traduzem em conjunto o ponto de vista do autor sobre os personagens: eles não estão ali por acaso, simplesmente contando uma “historinha”, mas têm funções bem definidas e com vários níveis e possibilidades de fruição. Como nas duas peças já citadas, “Caixa de Areia”, dirigida por Sandro Pamponet e pelo próprio Bilac, só faz sentido enquanto todo, adiando para o fim o seu sentido mais pleno. (…)“Caixa de Areia” não é um espetáculo que espera um público disposto a rir, se alienar e a engordar sua carga de divertimento semanal com um programa cultural de junk art. Suas cortinas se abrem para quem quer desfrutar arte de alta qualidade e oferece, em retorno, além de belos trabalhos estéticos, conteúdo sólido para pensar a vida em relação contrária a simplesmente vivê-la. Jô Bilac ganha mais uma vez."
 
Rodrigo Monteiro. Crítica Teatral.
 
== Companhia Teatro Independente ==