Neguev: diferenças entre revisões

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Depois de visitar a então Palestina, em 1867, Mark Twain, em seu livro The Innocents Abroad, fez a seguinte descrição sobre o deserto do Neguev: "Total desolação, nem mesmo a imaginação pode conceder-lhe a graça da vida e da ação...". Sem dúvida, uma definição adequada para uma região na qual o clima e solo são do tipo árido e semi-árido e as chuvas abundantes apenas no inverno e no início da primavera. Mas, segundo a Torá, este foi o cenário no qual o homem encontrou D'us. Lá, Abraham se comunicou com o Todo Poderoso, e, séculos mais tardes, o profeta Elias se dirigiu à Montanha do Senhor para um encontro com o Criador.
 
Segundo David Ben-Gurion, fundador do Estado de Israel e, à época, seu Primeiro Ministro, o Neguev representava o futuro de Israel. Ele tinha um sonho e costumava dizer: "É no Neguev que serão testados a criatividade e o vigor pioneiro de Israel". "O Velho" - como era carinhosamente chamado por seus seguidores, sempre acreditou que a determinação dos israelenses faria florescer o deserto. Assim, em 1947 e 1948, quando nos fóruns internacionais as fronteiras dos futuros estados - um judeu e um árabe - estavam sendo discutidas pelos diplomatas, Ben-Gurion insistiu para que o Neguev fosse parte da nova nação judaica. Nunca quis abrir mão dessa faixa desértica de terra, pois sabia que a área seria importante para o desenvolvimento do recém-formado Estado de Israel. Ele acreditava que o deserto poderia ser cultivado e transformado em um lugar onde os judeus se poderiam estabelecer e prosperar. Mais de 50 anos depois, sua visão se realizou e o deserto floresceu.
 
O Neguev, que em hebraico quer dizer "sul", representa atualmente mais de 60% do território israelense e abriga menos de 10% da população do país. Ainda assim, atualmente, a região possui grandes centros urbanos como Arad, Beersheva, o balneário de Eilat e grandes atrações turísticas, como o Mar Morto e Massada. Possui, ainda, uma das principais universidades do país, que ostenta o nome do ex-Primeiro Ministro - Universidade Ben-Gurion do Neguev, além de importantes instituições de pesquisa agrícola. Uma destas é o Centro de Pesquisas Guilat, que busca soluções às necessidades dos agricultores da região, além de se estar tornando um dos celeiros agrícolas de Israel e berço de inúmeras inovações na área, como o uso de água salobra para o cultivo de tomates, melões e abacates. Com cerca de 13 mil km2, a região do Neguev possui a forma de um triângulo invertido, cuja fronteira ocidental é contígua à desértica Península do Sinai, e, a oriental, ao Wadi Aravá. Faz fronteira com Egito e Jordânia. Durante séculos a área foi habitada apenas por beduínos que, gradativamente, foram trocando seu estilo de vida nômade pelo assentamento em vilarejos.