De revolutionibus orbium coelestium: diferenças entre revisões

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{{Info/Livro
[[Ficheiro:De revolutionibus orbium coelestium.jpg|thumb|direita|200px|Folha de rosto do livro ''De revolutionibus orbium coelestium'']]
| nome = De revolutionibus orbium coelestium
| título_língua_pt= Das revoluções das esferas celestes
| imagem = Nicolai Copernici torinensis De revolutionibus orbium coelestium.djvu
| legenda = Folha de rosto da primeira edição
| autor = [[Nicolau Copérnico]]
| idioma = [[Latim]]
| origem = [[Alemanha]]
| assunto = [[Astronomia]]
| gênero =
| série =
| tempo =
| espaço =
| ilustrador =
| artista_capa =
| editor = [[Johannes Petreius]]
| lançamento = [[1543]]
| formato = Impresso
| páginas = 405
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'''''De revolutionibus orbium coelestium''''' é o nome original em [[Língua latina|latim]] do livro '''Das revoluções das esferas celestes''', do astrônomo polonês Nikolaus Koppernik ([[1473]] — [[1543]]), mais conhecido pelo nome latinizado [[Nicolau Copérnico]], publicado em [[24 de maio]] de [[1543]] em [[Nuremberga]]<ref name=RONAN>
{{citar livro
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== Publicação ==
Na primavera de [[1539]], Georg Joachim ([[Rethicus]]), professor de matemática da [[Universidade de Wittenberg]] estudou junto com Copérnico a nova teoria. Rethicus porém teve que assumir outro posto em [[Leipzig]] e deixou a supervisão técnica do livro para o c clérico luterano local, Andreas Osiander. Osiander acrescentou um prefácio não assinado que afirmava que o livro não era um retrato real do universo, mas "um cálculo coerente com as observações"<ref name=RONAN/> .
 
== Conteúdo ==
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Da sua publicação, até aproximadamente [[1700]], poucos astrônomos foram convencidos pelo sistema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente 500 cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os padrões científicos da época). Entretanto, muitos astrônomos aceitaram partes de sua teoria, e seu modelo influenciou muitos cientistas renomados que viriam a fazer parte da história, como [[Galileu Galilei]] e [[Johannes Kepler]], que conseguiram assimilar a teoria de Copérnico e melhorá-la. As observações de Galileu das fases de [[Vénus (planeta)|Vênus]] produziram a primeira evidência observacional da teoria de Copérnico. Além disso, as observações de Galileu dos [[satélites de Júpiter]] provaram que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a Terra.
 
[[FicheiroImagem:Nicolai Copernici torinensis De revolutionibus orbium coelestium.djvujpg|thumb|esquerdadireita|200px|OFolha livrode ''Derosto revolutionibusda orbiumedição coelestium'',de em1566 publicada na [[latimBasileia]].]]
O sistema de Copérnico pode ser resumido em algumas proposições, assim como foi o próprio Copérnico a listá-las em uma síntese de sua obra mestra, que foi encontrada e publicada em [[1878]].
 
As principais partes da teoria de Copérnico são:
* Os movimentos dos astros são uniformes, eternos, circulares ou uma composição de vários círculos ([[Epiciclo]]s).
* O centro do universo é o Sol<ref name=RONAN/> .
* Perto do Sol, em ordem, estão [[Mercúrio (planeta)|Mercúrio]], [[Vénus (planeta)|Vênus]], [[Terra]], [[Lua]],[[Marte (planeta)|Marte]], [[Júpiter (planeta)|Júpiter]], [[Saturno (planeta)|Saturno]], e as [[estrelas fixas]].
* A Terra tem três movimentos: [[Rotação da Terra|rotação diária]], [[Ano trópico|volta anual]], e inclinação anual de seu [[Eixo terrestre|eixo]].
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Se essas proposições eram revolucionárias ou conservadoras era um tópico muito discutido atualmente.[[Thomas Kuhn]] argumentou que Copérnico apenas transferiu algumas propriedades, antes atribuídas a Terra, para as funções astronômicas do Sol. Outros historiadores, por outro lado, argumentaram a Kuhn, que ele subestimou quão revolucionárias eram as teorias de Copérnico, e enfatizaram a dificuldade que Copérnico deveria ter em modificar a teoria astronômica da época, utilizando apenas uma geometria simples, sendo que ele não tinha nenhuma evidência experimental.
<br clear=all>
 
== Recepção ==
Antes mesmo da publicação, a teoria tornou-se conhecida e [[Martinho Lutero]] manifestou sua desaprovação<ref name=RONAN/> :
 
{{quote2|O louco vai virar toda a ciência da astronomia de cabeça para baixo. Mas como declara o Livro Sagrado, foi ao Sol e não à Terra que Josué mandou parar.|Martinho Lutero}}
 
Realmente a teoria revolucionava a astronomia. Porém a inquietação de Lutero referia-se ao fato de, por esta teoria, o homem não estar mais situado no centro de todas as coisas, como uma imagem de Deus, mas num mero planeto como tantos outros<ref name=RONAN/> . Mas na [[Inglaterra]], a recepção foi melhor: [[Robert Recorde]] em seu livro "Castelo do Conhecimento", de [[1556]] demonstra simpatia pela teoria, o mesmo acontecendo com [[John Dee]]<ref name=RONAN/> .
 
Nos países católicos, não houve reações imediatas, talvez devido à dedicatória ao papa [[Júlio III]] ou talvez devido ao prefácio de Osiander<ref name=RONAN/> . A situação mudou na segunda década do [[século XVII]], devido em parte ao apoio à [[teoria heliocêntrica]] dado por [[Giordano Bruno]]<ref name=RONAN/> .
 
== Edições ==